A noite estava quieta, mas meu coração não. Desde o sequestro, desde aquela sala escura onde Matteo me tocou, me ameaçou, me fez sentir tão pequena e impotente, eu não conseguia encontrar paz. As sombras no quarto pareciam ganhar vida, se esticando pelas paredes como monstros que me espreitavam, e cada barulho fazia meu corpo se contrair, como se estivesse sempre à beira de outro pesadelo.Luca estava ao meu lado, como sempre. Ele me abraçava com uma força quase possessiva, sussurrando que eu estava segura, mas eu sabia que ele também lutava contra seus próprios demônios. Ele havia matado, ordenado execuções, cometido atrocidades das quais nunca falava. As cicatrizes que ele carregava eram profundas, e, ainda assim, eu o amava com uma intensidade desesperadora. Ele era minha perdição e minha salvação.Naquela noite, ele entrou no quarto com um olhar distante, sombrio. Seus ombros estavam rígidos, como se uma tempestade estivesse prestes a romper. Ele se aproximou da cama, e a tensão n
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