LunaA manhã avança de forma lenta, quase sufocante, enquanto cada movimento meu na Villa Castillo parece ser observado. A tensão entre mim e Alejandro, que havia começado a se solidificar, agora era palpável, como uma corda esticada ao máximo. Estou na sala de estar, ajustando as flores sobre a mesa, um pequeno ritual que me ajuda a manter a cabeça no lugar. O silêncio do ambiente é apenas quebrado pelo som distante de risadas vindas do jardim. Marta e outros funcionários conversam ao longe, mas aqui dentro, a atmosfera é completamente diferente.De repente, sinto uma presença forte, inconfundível. Alejandro. Sem precisar virar, sei que ele está se aproximando, seus passos silenciosos, mas carregados com uma intenção que me arrepia. Tento continuar meu trabalho, ajustando as flores, focando em manter as mãos firmes, mas o nervosismo me consome.Ele para ao meu lado, tão perto que posso sentir o calor de seu corpo. Seu cheiro amadeirado é sutil, mas invade meus sentidos, me desarmando
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