Miguel Ylmaz Meu coração parecia um tambor descontrolado enquanto segurava Anny nos braços. Ela estava desmaiada, frágil, mas viva. Era como se o peso dos últimos meses finalmente tivesse caído sobre mim, ao mesmo tempo em que uma nova responsabilidade nascia em meu peito. Eu a segurei com todo o cuidado, com medo de que qualquer movimento errado pudesse machucá-la. — Verônica, dirija! Agora! — gritei, enquanto entrava no carro com Anny ainda em meus braços. Verônica não hesitou. O motor rugiu, e o carro disparou pela estrada, deixando para trás o caos, as chamas e o grito final de Kemal. Não olhei para trás. Aquele inferno era o passado, e tudo o que importava estava nos meus braços. — Anny, você vai ficar bem — murmurei, baixinho, mesmo sabendo que ela não podia me ouvir. Seus cabelos caíam sobre o rosto, e eu os afastei delicadamente, observando sua respiração suave. Cada vez que ela inspirava, eu agradecia. Cada vez que ela expirava, meu coração se aliviava. A viagem ao
Ler mais