A manhã em Nova York estava mais fria do que o habitual, e uma névoa fina pairava sobre os prédios, obscurecendo o horizonte. Kiara sentou-se na ampla mesa de mármore da cozinha, olhando para a xícara de café em suas mãos. Sergey estava ao telefone na sala ao lado, discutindo algo em russo com Viktor. O tom era firme, quase cortante.Desde que começara a participar das operações de Sergey, Kiara sentia que uma linha havia sido cruzada, mas não se arrependia. As horas de prática no campo de tiro, as longas discussões sobre estratégias e sua recente experiência no armazém haviam transformado algo dentro dela. A antiga Kiara, vulnerável e insegura, parecia cada vez mais distante.Quando Sergey entrou na cozinha, ela ergueu o olhar. Ele parecia cansado, mas havia um brilho nos olhos dele que ela reconhecia como determinação. Ele sentou-se ao lado dela, pegando a mão dela entre as suas.— Preciso de você hoje — disse ele, sem rodeios.Kiara inclinou a cabeça, surpresa. — O que está acontec
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