BetoNão demora muito e somos chamados para voltar ao consultório do André, que nos aguarda com a porta aberta. Dou uma leve batidinha na porta entrando em seguida e a fechando atrás de mim.— O laboratório acabou de entregar seu exame, Ágata, deixei para abri-lo na presença de vocês e espero, de coração, que esteja tudo certo — diz abrindo o envelope, Ágata aperta minha mão, ela está nervosa.André fica alguns minutos olhando para o exame, seu semblante não transmite nenhuma emoção. Não sei como os médicos conseguem não expressar nada quando precisam dar alguma notícia aos pacientes.— Bem, Ágata, pelo que podemos ver em seus exames há uma pequena concentração de zaleplon, que é um tipo de sonífero...— M

Beto— O Barcelos é um grande amigo e hoje estava meio indisposto, como sou uma alma muito caridosa, me ofereci para vistoriar o apartamento e já posso falar que sua equipe é muito talentosa, está tudo perfeito — fala se aproximando e me oferece uma taça, pego a taça e sigo para sala, onde a deposito na mesa de jantar sem ao menos tocá-la.— Bem, pelo que posso ver, você já conheceu o apartamento, então, se está tudo aprovado, posso ir, já que tenho outro cliente para visitar.— Não tão rápido, baby, acho que o quarto precisa de alguns ajustes e acredito que o Barcelos não ficará feliz se eu falar que a decoração não está tão bonita como ele espera. Acho que esqueci de mencionar que ele sempre me ouve. — Dá um gole em seu vinho depositando s

ÁgataTomo um banho gostoso, e vou para a cama, só em pensar no que acontecerá amanhã me dá um frio na barriga e com a imaginação a mil, começo a adormecer.Não sei quanto tempo dormi, mas acordo com meu celular tocando sem parar.— Droga! Quem será que está me ligando a essa hora! — Tateio a mesa de cabeceira à procura do celular. — Alô... — falo, sem ao menos ver quem está ligando.— Até que enfim, Ágata! — A voz de Ana, me faz despertar na hora.— O que aconteceu, Ana? É o Davi? — pergunto, me sentando na cama.— Não, é o seu namorado!— Namorado? — pergunto sem entender o que ela quer dizer com isso.— Isso mesmo, seu namorado. Não sei o que aconteceu entre você e o Beto, mas ele est&a

Ágata— Beto. Beto. Acorda, grandão — Tento acordá-lo assim que estaciono no prédio, fico feliz porque a vaga dele é próxima do elevador, pois não aguentaria ter que carregá-lo por todo estacionamento.Ele balbucia algo que não consigo entender e abre os olhos, me lembro que ali perto tem uma torneira, busco algo que possa pegar um pouco de água, acho dentro do carro uma garrafinha vazia, ele vai me matar por molhar o estofado do carro, mas nem ligo. Tenho que arrumar algum jeito de acordá-lo e assim faço.— Hãm — ele fala se assustando depois que jogo um pouco de água em seu rosto.— Desce, vamos subir para o quarto. — Abre um sorriso malicioso.— Hummm... quarto...— Nem vem, hoje quem não quer sou eu. Anda logo, estou perdendo a paciência

BetoNão tirar meus olhos dela e sinto meu coração bater em descompasso. Assim que a música termina, ela fica na ponta dos pés e me beija lentamente remetendo a tudo o que ela acabou de cantar. Seu beijo traduz tudo o que sentimos um pelo outro.— Eu te amo! — ela diz assim que encerra o beijo.— Eu... eu...— Shiii — Colocando o dedo em meus lábios. — Não precisa dizer nada, seu beijo já disse tudo. Sei que um dia você vai conseguir dizer e não é porque não me diz, que vou te amar menos, agora vem aqui... — Me puxando pelas mãos indo em direção ao meu quarto.— Mas... o jantar?— O jantar pode esperar, temos algum tempo antes.Sinto um frio na espinha ao imaginar o que ela vai fazer, não quero que se sinta forçada a nada.A

Beto— Você é tão gostosa... está tudo bem? — Vejo que seus estão cheios de lágrimas.— Sim, se mexe, eu preciso gozar. — Sorrio do seu pedido, e logo começo a me movimentar de uma forma diferente, acredito que pela primeira vez em minha vida estou fazendo amor.Depois de alguns movimentos, sinto que não vou conseguir mais me segurar e meu maior desejo no momento é que ela venha comigo.— Não estou... aguentando mais... Ág... que delícia! Goza comigo... vem... — Sinto que ela começa a me apertar e agora me movimento com mais força.— Beto.... que gostoso.... — geme e na mesma hora gozo gritando seu nome.— Ág.... que delícia, estou no céu... — falo me movimentando enquanto ainda gozo, nunca tive um gozo tão prolongado assim, e na mesma hora que jorro pela última vez, caio por cima dela, mas ainda não satisfeito minha boca vai mais uma vez para seus seios, onde fico sugando por algum tempo.— Insaciável! — ela

ÁgataConsigo arrumar somente algumas coisas, e volto para a festa, que está correndo maravilhosamente bem e, com tudo acertado, decido que minha presença não é necessária, meu corpo dá sinais de cansaço já que a noite passada, não dormi quase nada.Volto para casa e percebo que ainda tenho muita coisa para arrumar, mas resolvo deixar as coisas para amanhã e vou tomar um banho para descansar. Quando começo a cochilar, meu celular toca e dou um pulo da cama.— Oi, lindo! — digo, assim que atendo, pois sei que só pode ser ele.— Oi, loirinha — fala e meu peito se enche de saudade.— Estava pensando em você... queria dormir agarradinha no meu homem, hoje.— Seu homem?! Assim você não me ajuda... já estou ficando duro aqui só de imaginar a gente agar

BetoAssim que chego ao Pub recebo uma mensagem do Edu dizendo que vai se atrasar um pouco, tinha me esquecido de como as noites são agitadas por aqui, o lugar está cheio, se não tivesse feito a reserva ia ser impossível de ficarmos por aqui, também hoje é o dia do tradicional karaokê.O segurança libera minha entrada indicando nossa mesa, dou uma olhada no local e logo penso em dar meia volta, pois como diria o velho Chacrinha: “lá vai o troféu abacaxi”, um canta pior que o outro.Deus proteja meus ouvidos esta noite, só o Edu para me trazer aqui. Sento e fico observando as pessoas em minha volta, não pense que estou atrás de mulher porque ontem nasceu um novo homem, um homem que só tem olhos para a sua loirinha, a minha Ág...Sou despertado dos meus pensamentos assim que ouço uma voz, um pouco melh

Beto— Cara, se eu te falar que Melissa voltou, você acredita? — Agora entendo sua tensão, na época em que estudamos juntos ele estava namorando com a Melissa e do nada terminaram e ela foi embora para Nova York seguir a carreira de modelo, sempre achei tudo isso sinistro demais, porque o amor entre eles era evidente.— Sua Mel? — pergunto ainda anestesiado pela notícia. — Aquela Mel? — Ele simplesmente afirma com a cabeça. — Cara, você está fodido!— E eu não sei? — Ele morde os lábios, nervoso. — Depois de cinco anos, Beto, ela volta. Cinco anos que eu tentei esquecê-la e focar minha vida em Fabrício e Letícia, ela volta e mexe completamente comigo. Não sei mais o que fazer. — Tento me colocar em seu lugar, sei que não é fácil, todo o tempo que tentei ne

Posso dizer que foi uma noite interessante e afirmo que essa brincadeira não deu muito certo, pois meus amigos se fuzilaram um bom tempo, e antes que isso acabe pior do que já estava, resolvo pôr um fim nessa brincadeira.— Que tal aproveitarmos que estamos num karaokê, e soltar a nossa voz?— Quem começa? — um deles pergunta e todos ficam olhando para mim, Mel se vira em minha direção, e quase consigo ler seu pensamento, mas aí que você se engana, minha amiga!— Bem... já vi algumas apresentações hoje e uma... — falo olhando dentro dos olhos da Mel e vejo seu sorriso morrendo lentamente — me chamou muita atenção hoje. — Olho para Edu, que não consegue disfarçar e está olhando para Mel. — Então, quero ter o privilégio de ouvir a Mel cantando novamente. — Edu me olha espantado, pois