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Todos os capítulos do A vingança da Luna rejeitada: Capítulo 141 - Capítulo 150
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Capítulo 141: Aliança dividida
POV AbigailAs provas que eu havia conseguido, que poderiam provar quem eu realmente era, estavam na casa e eram fruto de um arrombamento e roubo. Se contasse que invadi a mansão do falecido alfa em busca de documentos, mesmo se acreditassem em mim, eu seria presa e condenada. Precisava trazer tudo o que havia descoberto a tona sem levantar qualquer suspeita sobre mim, mas seria quase impossível sem a ajuda de Felix. Minha única opção naquele momento era ganhar tempo, então contar para Edgard e Maurício o que eu havia feito e revelar os documentos que estavam em meu poder.― Mesmo que o alfa Nightshade tivesse me contado algo, seria muita coincidência que o nome da minha mãe fosse exatamente o mesmo que o de uma das concubinas e que ela falsificou nossos documentos e certidões em uma tentativa de fuga. ― Retruquei a acusação, olhando para Rubens. ― O falecido alfa Angenna não era um homem conhecido por cometer erros, então, se ele usou a minha mãe e a mim para tentar chantagear a alia
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Capítulo 142: Poder falso
POV AbigailOs alfas estavam divididos. De um lado havia Rogers, Rafael e Esmeralda apoiando a ideia absurda de me enviar para a morte certa, enquanto do outro lado estavam Maurício, Edgard e Dominic, que me defendiam com unhas e dentes. Frederick parecia preferir se manter em silêncio, sendo o primeiro a deixar a sala debaixo de protestos da luna viúva. Aquela situação só ficava mais complicada a medida que as discussões continuavam. Baixei minha cabeça, colocando a mão sobre a testa para tentar aliar a forte tontura que sentia em meio a todo aquele caos, então senti um toque suave, mas firme em meu ombro.― Preciso lhe falar por um momento. ― Ele disse, indicando a porta com o queixo.Para nossa sorte, o caos na sala era tão grande que nem notaram que saímos. Maurício me acompanhou, guiando o caminho até um espaço tranquilo, de onde tínhamos visão de todos os lados, caso alguém aparecesse de surpresa.― Nightshade entrou em contato com você? ― Seu questionamento me fez ficar um pouco
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Capítulo 143: Seja paciente
POV AbigailCaminhei pelos corredores, ouvindo os passos apressados que me seguiam. Os saltos batiam com força no chão conforme se aproximavam. Me virei bem atempo de ver Esmeralda, ainda pálida, se aproximar com a mão estendida na minha direção. A loba agarrou meu pulso, me puxando com força e aproximando seu rosto do meu.― Repita o que disse. ― Ela ordenou com um tom firme, apertando seus dedos em minha carne. Puxei minha mão, me soltando e quase derrubando Esmeralda para frente.― Já disse, você não manda em mim, Esmeralda. ― Com um sorriso trêmulo, Esmeralda percebeu que muitos olhos se voltaram em nossa direção.― Vamos conversar em outro lugar, Abigail. Parece que a reunião te deixou um pouco assustada. ― Novamente, Esmeralda usava seu tom doce e gentil enquanto tentava se aproximar de mim.Com um movimento da minha mãe, a afastei bruscamente, acertando seu braço. O choque, não apenas no rosto de Esmeralda, mas de todos ao nosso redor, chegava a ser engraçado. Aquela loba realm
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Capítulo 144: Uma criança perdida
POV AbigailEnquanto passávamos por becos e ruas movimentadas, enviei uma mensagem para Lena, informando o que estava acontecendo e que ela deveria voltar sem mim, que explicaria tudo depois. Finalmente, conseguimos despistar os lobos que nos perseguiram e entramos em um pequeno café. O ambiente era aconchegante e o perfume de bebida quente me envolveu, parecendo relaxar meu corpo no mesmo instante.Sentamos em uma das mesas mais afastadas, respirei fundo, sentindo a tensão diminuir um pouco mais. Henrique, por outro lado, parecia indiferente com o que havia acabado de acontecer. Claro, em sua vida como beta ser seguido e ter sua vida em risco não deveria ser nenhuma novidade para ele. ― O que gostariam de pedir? ― Uma garçonete se aproximou, com um largo sorriso e o bloquinho na mão.― Um expresso e uma água. ― Henrique pediu, então a jovem olhou para mim, esperando. Nunca havia ido a um café antes, então não fazia ideia do que deveria pedir. ― Ela vai querer o mesmo que eu. ― Henri
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Capítulo 145: As reais presas do lobo
POV AbigailPerguntas surgiram na minha mente, inclusive a razão para que Felix tivesse mentido para mim. A história que ele havia me contado parecia que Lucian foi alguém que o salvou após a queda do alfa anterior. Me senti um pouco deprimida, também entendia que Felix não confiava plenamente em mim na época para me contar sobre o seu passado. Olhei para Henrique, que arqueou uma sobrancelha na minha direção, como se entendesse o que estava passando pela minha cabeça naquele momento.― Não pense muito sobre isso. Felix tem suas razões para ocultar seu passado. ― Henrique explicou, tomando outro gole de seu café.― Quanto mais cavo, mais parece que Lucian era um lobo terrível. Mesmo que alguns tentem me mostrar um lado positivo, como a prosperidade do território, ou o fim de guerras entre as grandes alcateias. Como se as coisas que ele fez de ruim não significasse nada. ― Olhei ao redor, vendo tanto humanos quanto lobos vivendo suas vidas, alheios ao caos e a guerra dentro da aliança.
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Capítulo 146: Boa noite, jovem loba
POV AbigailOs olhos de Henrique não focavam em mim. Ele olhou para todos os lados, como se estivesse procurando por alguém, ou como se alguém pudesse nos ouvir. Por fim ele se levantou, tirando da carteira o dinheiro necessário para pagar nosso pedido, mas uma gorjeta e se virou na minha direção.― Prometa que, tudo que foi falado aqui, ficará apenas entre nós. Se o Felix descobre que contei tudo isso para você, vou estar ferrado.Aquilo me pegou de surpresa. Acenei concordando, então Henrique me segurou pelo cotovelo, guiando para o lado de fora. Olhamos ao redor, buscando por qualquer sinal de perigo ou espiões, mas não encontramos nada.― Vou ligar para Rivermoon assim que chegar no hotel, informar o que aconteceu e sobre os documentos. Mais alguém além da Le… daquela loba, sabe sobre os documentos. ― Me irritava um pouco como Henrique evitava deliberadamente o assunto sobre a Lena, inclusive não querendo dizer seu nome, mas eu não tinha o direito de me intrometer naquele assunto.
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Capítulo 147: O primeiro teste
POV AbigailO ar frio ao meu redor fez minha pele se arrepiar, meus dedos dos pés e das mãos doíam muito, assim como a minha cabeça. Me movi lentamente, sentindo o vento cortante passar por cada centímetro do meu corpo. Lentamente, abri meus olhos, a claridade refletida no banco puro que me cercava tornava ainda mais difícil.― O que aquela velha jogou em mim? ― Sentei sobre os meus joelhos, tremendo com o frio.Abracei meu corpo, finalmente me dando conta de que estava completamente nua, sentada no meio da neve fofa. Meu corpo estava coberto de manchas vermelhas dolorosas. Tentei me levantar, mas estava muito tonta e caí com o rosto na neve. Os sons da floresta ao meu redor me colocaram em completo alerta. Não havia tempo para analisar a situação. Mudei para a minha forma lupina, e me foquei em aquecer meu corpo gelado. Quando, finalmente, minha mente ficou mais clara, olhei ao redor, para as grandes árvores cobertas de neve que me cercavam.― Onde eu estou? ― Farejei o ar, encontra
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Capítulo 148: Não desafie o alfa
POV FelixDepois da ligação de Henrique, fretei um voo de Duluth para Boise. Durante a viagem, li os documentos que Abigail havia encontrado, provas físicas e incontestáveis de que todas as minhas dúvidas estavam corretas, Esmeralda havia orquestrado a morte de Lucian e manipulado tudo ao seu favor. Deveria tê-los visto quando ela me mandou, especialmente por conhecer aquela magrela. Abigail não ficaria calada diante de uma provocação de Esmeralda e poderia deixar escapar que tinha conhecimento sobre os documentos, se colocando ainda mais em risco.Assim que o avião pousou, Henrique saiu do carro, quase correndo na minha direção. Ele estava pálido e agitado, o que me deixou em completo alerta. Olhei ao redor, farejei, mas não senti o cheiro doce da Abigail em nenhum lugar. Rosnei irritado, agarrando o colarinho do meu beta assim que desci o último degrau das escadas.― Onde ela está? ― Disse entre os dentes.― Não sabemos, ela desapareceu ontem a tarde e não foi vista desde então. ― E
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Capítulo 149: A luna traidora
POV FelixA sala estava em completo silêncio, os alfas trocavam olhares questionadores enquanto Esmeralda se apoiava no cachorro dela. Soquei a mesa, rachando a superfície. Não tinha tempo e nem paciência para lidar com aqueles lobos, tinha de encontrar Abigail quanto antes.― Em primeiro lugar, quero saber como uma loba sob os cuidados da Aliança foi levada para um lugar desconhecido e ninguém faz ideia de como isso aconteceu. ― Questionei olhando para Rogers, que se mantinha sentado e calado em seu canto, como o rato maldito que sempre foi. ― Também quero explicações sobre uma decisão tomada por uma loba que sequer faz parte da aliança, passando por cima das leis e dos alfas.― Sou a Luna Viúva, Felix Nigthshade. A minha palavra… ― Me levantei lentamente, calando Esmeralda e deixando Rubens em alerta.― A sua palavra não significa nada, loba. Nem deveria estar aqui, para início de conversa. ― Rosnei.― Não vejo qualquer problema com o envolvimento da Luna viúva. Afinal, ela é quem m
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Capítulo 150: Armadilhas e emboscadas
POV AbigailJá não sabia quanto tempo havia se passado, os dias eram implacáveis enquanto a neve caia e os ventos fostes chicoteavam, me empurrando para todas as direções. Não conseguia encontrar nenhum rastro que pudesse me ajudar e caçar estava ficando cada vez mais difícil. Com os ventos mais fortes, as pequenas presas evitavam sair e as maiores andavam em grandes bandos para se protegerem, tornando inviável para uma loba sozinha pudesse atacar. Se não voltasse rápido, seria o meu fim.Os dias mais curtos também não estavam me ajudando, pois perdia muito tempo buscando um abrigo seguro para a noite, gastando a pouca energia que me restava. Naquela noite, comi o último pedaço de lebre que guardei na bolsa, não tinha mais opções a minha frente.Com o estômago forrado, abandonei a toca antes do raiar do dia e me coloquei em movimento, na esperança de encontrar um animal desavisado para abater. Enquanto caminhava, farejando pelo chão, afundando meu focinho na neve, senti um cheiro metá
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