Valentina RavescroftEu sorri como uma boba deitada no sofá da sala, observando Ethan se vestir apressadamente enquanto falava ao telefone. Ele estava tentando explicar, com ainda de cueca, cabelos bagunçados, sem camisa, com uma combinação de satisfação e pressa, por que havia adiado uma reunião importante. A minha refeição havia sido adiada mais uma vez, e o som do meu estômago roncando era quase uma sinfonia de insatisfação depois de uma tarde intensa.Ainda assim, a visão de Ethan se esforçando para justificar o atraso me trouxe uma alegria inesperada. Era um prazer bobo e simples, mas era meu. Levantei-me do sofá, pegando as minhas roupas devagar, e não pude deixar de sorrir ao vê-lo tentando encontrar palavras convincentes para acalmar o interlocutor do outro lado da linha.O ambiente estava envolto em uma leve penumbra, com as luzes da sala lançando um brilho suave sobre os móveis. Eu me movia lentamente, desfrutando da tranquilidade daquele momento após uma tarde cheia de ativ

Ethan CarlucciApós o jantar, um sentimento de desconforto pairava no ar entre Valentina e eu. Mesmo com sua relutância visível, eu a levei até a escola de direção onde, ao observar seu empenho, algo me desconcertou. O montante de livros espalhados pelo centro da sala no apartamento não passou despercebido para mim, e, após apreciar a refeição, percebi que, ao longo desses três anos, Valentina havia vivido de maneira muito diferente do que eu imaginava. Ela parecia ter optado por uma vida mais simples, distante da opulência que conhecia.Sendo fácil se camuflar, quem acreditaria que uma herdeira bilionária prepararia sua própria refeição? Quando chegamos à escola, Valentina pegou sua bolsa e me ofereceu um breve sorriso. Segurei seu braço, e ao vê-la me olhar com curiosidade, decidi agir de forma inesperada. Coloquei a mão na nuca dela e a beijei nos lábios, um gesto que foi tanto de afeto quanto de possessividade.— Boa aula! — Eu disse com um sorriso fraco. Ela retribuiu o sorriso,

Valentina RavesncroftApós a aula de direção, sai da escola a espera de um táxi, alguns colegas passavam me cumprimentando, após ter estado algumas horas juntos numa sala parecia ser normal. Esperei por alguns minutos, uma chuva fina caia, sendo inesperado quando o carro de Ethan apareceu na portaria, a situação parecia esta se tornando mais complexa, ou ele simplesmente estava disposto a me mostrar que poderia ser um cavalheiro após um casamento forçado, na minha situação é impossível acreditar que se transforme em amor.— Eu pedi um táxi. — Avisei quando abaixou a janela de vidro, após não ter me visto entrar, Ethan parecia estar num conflito consigo, já que comigo, ele sempre estaria em um, a maneira como se mostrou nervoso, cabelo bagunçados, mais que o normal.— Entra Valentina, depois você paga a corrida. . — Falou com firmeza exagerada.O carro de Ethan estava quente e abafado após o tempo chuvoso lá fora. O contraste entre o frio da chuva e o calor do interior do veículo fazia

Ethan Carlucci— Não posso irmão, enquanto você se diverte com a sua amante...— Desci os degraus apressadamente, seguindo Elliot. — ...estarei aqui para o que for preciso para Valentina, afinal ela não merece está nesta sujeira de família. — O que disse? — Perguntei-lhe nervoso, mas o meu irmão diferente das outras vezes, desta, não parecia ser um covarde. — O que há Ethan? O que pretende com tudo isso? Me agredi? Me expulsar desta casa? — Jogou-se no sofá, me deixando contrariado. — Também sei que é você que está passando informações por aí, Elliot! — Mas isso parecia não causar nada. — Do mesmo jeito que dei notícias da Valentina para Desiré? — Engoli em seco. — Com quem se informou a respeito disto, Ethan? A própria Desiré lhe disse isso? Em que momento enquanto você...— Cale a boca seu idiota, você sabe perfeitamente que eu não posso estar com outra mulher. — Uma risada forçada fora dada, Elliot saiu do sofá me olhando. — Deixe a Valentina, Ethan, você poderá ficar com a Desiré

Valentina RavenscroftO som insistente do celular tocava ao fundo, rompendo a tranquilidade do meu sono. A primeira tentativa de alcançá-lo foi uma sucessão de movimentos hesitantes e desajeitados, até que o silêncio se instalou novamente. Agradeci pela pausa e voltei a me enroscar sob as cobertas, ainda cansada. As demandas diárias como estudante de administração, aulas de condução e a nova vida como esposa estavam começando a cobrar seu preço, e eu estava exausta.O calor do corpo ao meu lado e a sensação de Ethan perto de mim eram confortantes, mas quando a luz da manhã começou a infiltrar-se pelo quarto, minha mente alertou-me para a necessidade de despertar. Levantei-me com dificuldade, espreguiçando-me e tentando afastar o sono. A primeira coisa que percebi foi que Ethan ainda estava ao meu lado, seus olhos verdes fixos em mim com uma expressão que misturava curiosidade e um toque de humor.— Bom dia. — O cumprimentei ao despertar, indo em direção ao banheiro, a minha bexiga che

Valentina RavenscroftApós o café da manhã nas nuvens, Ethan e eu nos dirigimos ao Museu de Arte Moderna, e eu não podia deixar de sentir um misto de empolgação e apreensão. Ethan tinha prometido que o dia seria especial, mas nunca imaginei que isso incluiria uma visita privada ao museu. A ideia de explorar as galerias de arte sozinha com ele parecia algo saído de um conto de fadas.Chegamos ao museu e fomos recebidos por uma guia privada que nos conduziu através de uma entrada discreta, evitando as multidões habituais. A sensação de estar sozinha no vasto espaço do museu, cercada por obras-primas, era ao mesmo tempo intimidadora e fascinante. Ethan parecia radiante com a ideia de compartilhar isso comigo, e sua empolgação era quase palpável.Cada sala do museu era uma nova aventura. Ethan, com sua paixão evidente, falava sobre as obras com um entusiasmo que me fazia ver a arte de uma maneira completamente nova. Ele me explicou os detalhes, os significados por trás de cada peça, e eu

Ethan CarlucciApós um dia inesquecível, eu estava determinado a encerrar a noite de forma memorável. Ao dirigir em direção ao apartamento de Valentina, minha mente estava cheia de planos para fortalecer o nosso vínculo. A cidade de Nova Iorque brilhava ao nosso redor, mas eu estava focado em como tornar a noite ainda mais especial para nós dois.— Ethan, o que está fazendo? Estamos indo para o caminho errado. — Valentina me olhou com uma expressão confusa, enquanto eu mantinha a direção firme.— Sim, vamos terminar esta noite no seu apartamento. — Respondi, tentando manter o tom casual e confiante.Ela se recostou novamente na poltrona do carro, o olhar dela parecia perdido em pensamentos. Eu sabia que era um gesto audacioso, mas sentia que era um passo importante para nos aproximarmos ainda mais. Quando o carro parou em frente ao prédio, a chuva que caía parecia um convite para um momento mais íntimo e revelador.Ao sair do carro, a chuva já estava mais intensa, e eu rapidamente ret

Valentina RavenscroftHavia algo novo e inquietante dentro de mim após ter passado um dia inteiro com Ethan. Quando ele revelou seu interesse em estar comigo, sozinho em meu apartamento, a sensação que se seguiu foi algo que eu não conseguia categorizar. A atração que eu sentia por ele era palpável e perigosa. Não sabia para onde isso nos levaria, mas a intensidade dos sentimentos que estavam se formando entre nós era inegável. Sentia-me completamente envolvida, mergulhada na profundidade da conexão que estava começando a se estabelecer.Entre nós, o diálogo era escasso. Ethan era um homem de poucas palavras, e eu, por minha vez, sentia que as minhas eram superficiais e rasas. No entanto, essa falta de comunicação verbal parecia criar um espaço para uma conexão mais íntima e física. A ausência de palavras não diminuía a intensidade da atração; ao contrário, parecia aumentar o foco em outras formas de comunicação.O fato de estarmos sozinhos, longe de distrações e pressões externas, f

Ethan CarlucciSentir-me tão atraído por Valentina parecia quase um ato profano, algo que eu não conseguia compreender completamente. Desde que acordei, procurei-a na cama, encontrando apenas lençóis amassados e o meu celular. A sensação de sua ausência era palpável, e seu perfume ainda parecia pairar no ar, misturado com a brisa do mar. Era quase loucura como, em tão pouco tempo, eu já me sentia viciado naquele cheiro que me lembrava dela.Olhei ao redor, na esperança de encontrá-la em algum canto do apartamento, mas não havia sinais dela. Imaginando que ela pudesse estar na cozinha, fui até lá, mas a sala estava vazia. Meu coração acelerou enquanto pegava o celular e ligava para ela, mas a ligação não foi atendida.A maneira como Valentina parecia sempre estar fora de alcance, como se eu tivesse que buscá-la incessantemente, apenas intensificava o desejo e a frustração que eu sentia. Sua constante indisponibilidade se tornava um desafio irresistível, uma provocação que alimentava a

Valentina RavescroftPassava da metade do dia quando saí do banheiro e encontrei Ethan sentado na cama onde havíamos dormido. Ele estava com o olhar fixo no celular em sua mão, mas assim que me viu, sua atenção se desviou para mim. Em resposta, eu o ignorei deliberadamente. Uma decisão estava tomada: levar nosso caso ao tribunal parecia ser a melhor solução para resolver a complexa situação que estávamos enfrentando.Vesti um vestido cinza folgado, ainda com a toalha parcialmente pendurada em meu corpo, o que não fazia a menor diferença na minha mente tumultuada. Enquanto me preparava, senti a presença de Ethan se aproximando. Ele estava encostado na porta do guarda-roupas, o braço estendido como se tentasse barrar qualquer tentativa de evasão ou confronto.Virei-me para encará-lo, nossos olhares se encontrando em um momento carregado de tensão. A atmosfera entre nós estava carregada, e a decisão de enfrentar a situação de frente parecia inevitável.— O que está acontecendo? — pergunt