Todos os capítulos do A PROMESSA DO ALFA Á FEITICEIRA PROIBIDA - LIVRO 2: Capítulo 51 - Capítulo 60
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51 – UM CONSELHO AMIGO
POV: KEENAN— Por que me trouxe aqui, Aaron? — Questionei, encarando-o enquanto os ventos frios da montanha cortavam a tensão entre nós.De cima da montanha, a visão era de tirar o fôlego. A alcateia central se estendia como uma tapeçaria viva, delimitada pelas fronteiras naturais e cortada pelo rio que serpenteava lá embaixo. O frio da noite fazia os pelos do meu lobo se eriçarem enquanto eu erguia o focinho para a lua, que parecia próxima o suficiente para ser tocada. O céu estrelado brilhava intensamente, mas a tensão entre nós era palpável.Aaron se aproximou, sua presença era tão marcante quanto o peso de sua posição. Sentando-se sobre as patas traseiras, ele seguiu meu olhar, deixando um rugido contido vibrar no ar.— Sou o seu rei, Alfa do Norte, mas também... — Ele pausou, a força de suas palavras ressoando. — Sou um amigo.Soltei uma risada curta, carregada de sarcasmo.— Olha só, nos tornamos lobos sentimentais. — Respondi, com um sorriso presunçoso. — Mas não posso desistir
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52 – PRESSÁGIOS OU PESADELOS?
POV: KEENAN— E os presságios? — Mutamos para a forma humana ao nos aproximarmos dos veículos, o tom grave de sua voz me alertando. — O que eles mostram?Aaron ficou em silêncio por um momento antes de soltar um suspiro pesado.— O fim dos Lupinos, causado por uma relação proibida. Nossos filhos... mortos. — Sua voz quebrou levemente, mas manteve o tom firme, como o líder que precisava ser. — Eu perdia o controle da minha fera e os massacrava, um por um. Era como se minha própria essência fosse corrompida.Minha mente girou com a informação. A conexão com Callie e seus presságios agora fazia muito mais sentido.— Por isso ela reagiu daquele jeito com a Yulli? — Perguntei, ligando os pontos rapidamente. — Ela estava com medo. Medo de perder todos que ama, com pavor de que seus presságios se tornassem reais.Aaron me encarou, seu olhar carregando um misto de autoridade e vulnerabilidade, antes de assentir levemente.— Alfa, não vou permitir que nada aconteça a você, Callie, ou seus filho
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53 – O DESCONTROLE DO ALFA
POV: YULLIA noite parecia interminável, e Keenan não dava sinais de retorno. Caminhava de um lado para o outro no quarto, os passos ecoando no silêncio, enquanto a bandeja com a refeição intocada permanecia sobre a mesinha. Não conseguia pensar em comida, apenas no vazio que sentia em sua ausência e no desconforto crescente que fazia meu peito apertar.— A senhora aceita um chá? — A voz da governanta me alcançou, interrompendo o fluxo de pensamentos. Seu tom era calmo, mas seu olhar avaliador não passou despercebido.— Não, obrigada. — Respondi sem rodeios, lançando um breve olhar para ela antes de me virar novamente para a imensa janela. A visão era ampla, o vidro quase tocando o teto, e o parapeito que antes fora palco de um momento íntimo entre mim e Keenan agora parecia frio e vazio. — Sabe me dizer quando o seu alfa irá retornar?— Não, senhora. — Disse a mulher com profissionalismo, inclinando levemente a cabeça antes de recuar para a porta. — Se precisar de algo, avise ao guard
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54 – NÃO SE APROXIME
POV: YULLIUm grunhido baixo escapou de sua garganta, e a vibração reverberou pelo meu corpo. Sua mão no meu cabelo apertou de forma possessiva, puxando-me para ainda mais perto. Senti sua outra mão deslizar pela alça do meu vestido, deixando-o cair por meu ombro com uma suavidade contrastante. Seus lábios abandonaram os meus apenas para traçar um caminho pela curva do meu pescoço, o nariz deslizando em minha pele enquanto ele inalava profundamente, quase como se quisesse gravar meu cheiro em sua alma. Suas presas roçaram contra meu ombro exposto, enviando uma onda de arrepios por todo o meu corpo.— Keenan... fale comigo. — Minha voz saiu como um gemido suave enquanto mordi os lábios, tentando conter as sensações que seu toque provocava. — O que está acontecendo?Ele não respondeu imediatamente, mas sua boca encontrou meu ombro, seus beijos se demorando ali antes de mordiscar a pele com delicadeza. Havia algo diferente nele, uma energia mais crua, mais selvagem, mais poderosa. Seus ol
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55 – O QUE VOCÊ FEZ?
POV: YULLISua voz veio como um comando, uma ordem impossível de desobedecer, tão firme que parecia uma parede invisível entre nós. A ferida em sua barriga começou a sangrar mais intensamente, o líquido escuro escorrendo ao chão em um fluxo constante.A porta foi aberta com violência, batendo contra a parede antes de ser fechada com igual brutalidade. O som de passos pesados no corredor foi seguido pelo estrondo de móveis sendo derrubados, e um rosnado animalesco ecoou perigosamente, como se a fera de Keenan estivesse em total descontrole. A pressão no ar mudou, tornando-se opressiva e carregada de uma energia obscura. Meu coração disparou, e os pelos de minha nuca se arrepiaram.Olhei para a poça de sangue que se formava no chão. Entre o líquido escuro, raízes negras começaram a se entrelaçar, serpenteando como algo vivo. Cai de joelhos, o olhar fixo naquele fenômeno enquanto minha respiração se tornava descompassada. Toquei a poça com a ponta dos dedos, o frio atravessando minha pele
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56 – QUEM ESTÁ NO COMANDO?
POV: YULLISussurrei, meus olhos escaneando a destruição à minha volta. O silêncio era inquietante, interrompido apenas pelo som de minha respiração. A luz da lua atravessava a janela, projetando sombras longas e sinistras no ambiente.Avancei com cuidado, meus pés evitando os pedaços de madeira quebrada espalhados pelo chão. Cada passo era calculado, mas ainda assim minha pele se arrepiou quando algo passou rapidamente por mim, um vulto silencioso que cortou o ar como um aviso.— Keenan? — Chamei hesitante, girando o corpo para tentar localizá-lo. Não havia nada visível, apenas o eco de meus próprios passos e o ruído suave da madeira estalando sob meu peso.Continuei andando para o fundo da biblioteca, tentando manter a calma enquanto o som de garras arranhando as paredes começou a se intensificar. Pareciam cercar o espaço, movimentando-se rapidamente de um lado para o outro, como se quisessem me desorientar.— Droga, sabe que odeio ser caçada... Olson, venha aqui agora! — Exigi, minh
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57 – DEVOÇÃO PROIBIDA
POV: YULLIMordi os lábios, os dedos tocando de leve o rosto de Keenan enquanto ele voltava à sua forma humana. Cada traço definido parecia esculpido com perfeição, exalando força e uma beleza que me aprisionava. Antes que eu pudesse reagir, ele puxou o robe com firmeza, deixando-o escorregar por meus braços. Instintivamente, tentei segurar o tecido, mas um rosnado baixo e ameaçador escapou de sua garganta.Sem esforço algum, ele enlaçou meus cabelos em um aperto que misturava controle e intensidade, erguendo-me do chão como se eu fosse peso nenhum. Minhas pernas foram colocadas em volta de sua cintura, firmemente seguradas por suas mãos quentes e possessivas, enquanto seu joelho se encaixava entre minhas coxas, mantendo-me suspensa e vulnerável. Quando minhas costas encontraram a parede fria, o contraste com o calor de seu corpo me fez arfar.— Você nos deixa loucos! — Sua voz grave reverberou como uma promessa, seus olhos famintos deslizando por cada centímetro de pele exposta. Ele u
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58 – MARCADA
POV: YULLIEle deslizou a mão pela lateral do meu rosto, o toque quente, sua presença inescapável. — Você pode tentar fugir da verdade, mas seu corpo não mente. Você me deseja tanto quanto eu te desejo. Negue isso, Yulli. Diga que não quer, e eu paro agora.Minhas palavras estavam na ponta da língua, mas meu silêncio falou mais alto.— Você mente para si mesma. — O sorriso presunçoso de Keenan se ampliou, a intensidade em seus olhos me deixando ainda mais exposta. Sua mão explorava meu corpo com precisão, cada toque enviando ondas de calor que traíam minha vontade de resistir. Meu corpo tremia sob a pressão de seus dedos, incapaz de conter as reações que ele arrancava de mim. — Sabe o que te entrega, encrenca?Neguei levemente com a cabeça, os lábios entreabertos, enquanto tentava recuperar o controle da situação. Ele aproveitou a deixa, se aproximando ainda mais, afundando o rosto em meus cabelos. Sua respiração quente percorreu minha nuca, seus movimentos deliberadamente lentos, como
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59 – NÃO HÁ VOLTA
POV: KEENANYulli permaneceu em silêncio, sua mente claramente um turbilhão. Seus olhos perfeitos, de um púrpura hipnotizante, estavam tomados por incerteza, e sua respiração acelerada denunciava o conflito interno que enfrentava. Suas mãos tremiam levemente, mas ela parecia determinada a manter distância.— Você acabou de me... — Suas palavras saíram em gaguejos, os lábios se movendo com hesitação enquanto ela dava um passo para trás, como se tentasse criar espaço entre nós. Com dificuldade, tentou se recompor, mas o choque estava estampado em sua expressão. — Keenan, você não tinha o direito!Quando ela se virou para fugir, estendi a mão em um reflexo rápido e agarrei seu pulso. Sua reação foi imediata, os pés vacilando no movimento. Antes que pudesse cair, puxei-a de volta com firmeza, envolvendo seu corpo pequeno em meus braços. A proximidade me permitiu sentir o calor de sua pele e o descompasso de seu coração batendo contra meu peito.— Me solte, Keenan! — Ela gritou, furiosa, er
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60 – UM TRÓFEU DE LOBO
POV: KEENAN— Yulli Fireveil. — Advertir voraz, explodindo em um rosnado grave, reverberando na sala, ecoando como um trovão. Avancei um passo, aproximando ainda mais nossos corpos. Minha mão foi até a base de seus cabelos, segurando-a firmemente, mas sem brutalidade, e a inclinei para me encarar. Seus olhos perfeitos estavam arregalados, mas ela não recuou. — Você realmente acredita que sou um homem tão pequeno? Acha que estou disposto a enfrentar uma guerra, ser banido do meu povo, manchar meu nome... apenas por um capricho? Por que quero usá-la?Ela abriu a boca para responder, mas fechei a distância entre nós ainda mais, meu olhar preso ao dela, feroz e inabalável.— Olhe bem para mim, feiticeira. — Continuei, a voz abaixando uma nota, carregada de autoridade. — Cada escolha que fiz, cada sacrifício que estou disposto a enfrentar, foi uma escolha e eu não me acovardo diante do que desejo!Yulli piscou rapidamente, sua expressão oscilando entre surpresa e algo mais profundo, algo qu
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