Todos os capítulos do A virgem é mãe do meu filho: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Leo Garcia
Recebi uma mensagem da Laís enquanto estava assistindo as apresentações da seletiva individual no teatro, a propósito, eu amo esse teatro, ele combina história e modernidade, cada detalhe da sua arquitetura remete à história, e ele é o maior teatro da cidade. A capacidade do auditório onde está sendo feita a seleção é de mil e quinhentas pessoas, claro cheguei cedo só pra sentar-se na frente, assim também posso ficar ouvindo os comentários dos juízes que estão na primeira fila. Eu estava distraído com a mensagem de Laís então não vi quando Anne começou a sua apresentação, mas notei que a atmosfera mudou e as pessoas pareciam prender a respiração, então deixei o celular de lado e parei para ver o que estava acontecendo.Anne dançava com tamanha intensidade que parecia carregar todos junto com ela para dentro da história contada pela dança, logicamente, cada um tinha liberdade de entender como quisesse, mas eu via a história de uma jovem procurando proteção. Eu não sabia a motivo, mas lá
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Anne Johnson
Consegui aguentar apenas tempo o suficiente para Leo sair da enfermaria e depois desabei, tudo o que eu estava sentindo naquele momento estava sendo pesado demais, a pressão da apresentação, de me abrir daquele jeito mesmo que em forma de dança, de ver Leo frente a frente, de estar ali com Patrícia, de pensar no Will e no direito que tinha de ter um pai. Chorei amargamente. Eu não me considero uma garota amarga apesar de tudo o que me aconteceu, mas nesse momento eu me senti como se fosse a pior e mais amarga das mulheres, ressentida por tudo, culpando Leo que nem sabia de nada. Pior de tudo, ele não fazia ideia de que eu tinha ouvido sua confissão que agora não parava de ecoar na minha cabeça.“Sinto muito Anne, minha vida está uma droga, quando a vi no palco, achei que era uma coisa boa, mas está na cara que fui um idiota com você também... estou tentando mudar sabe? Meu avô morreu... eu descobri que fiquei estéril, não tenho onde cair morto e recentemente ainda descobri algo horrív
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Leo Garcia
Dormi muito mal, eu não parava de pensar na forma que Anne me olhava, em alguns momentos eu vi tanta dor naquele olhar que me senti a pior pessoa do mundo. Quantas outras garotas eu tinha tratado assim, como se fossem apenas mais uma da minha coleção. Eu tinha orgulho disso, de ser um grande garanhão, cheio de garotas à minha volta, não se apegando com nenhuma, mas agora até isso estava mudando, eu estava sentindo nojo da minha própria atitude.O dia seguinte teve mais apresentações individuais no período da manhã e na parte da tarde haveria a divisão das duplas para a próxima fase. Eu vi Anne de longe conversando com algumas pessoas, ela sorria gentil e dava atenção a cada um, fiquei ali observando até que ouvi uma voz enjoada ao meu lado.- Não sei o que todos viram nela, todo mundo em volta da perfeitinha...como sempre. - A garota reclamou com o olhar cheio de inveja e maldade.- Você não viu a dança dela ontem? - Perguntei intrigado.- Vi, ué, nada demais...- Ela disse grosseirame
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Lana Dias
Quando Anne me ligou contando que o advogado tinha entrado em contato, tive certeza que era hora de pedir demissão do café e ir para Belo horizonte ficar com ela e Will, eu sabia que existia muita gente ruim nesse mundo e que esse tal advogado dos Garcia era um deles, já que tinha orquestrado tudo junto com o velho Samuel. Ele foi igualmente responsável pelo que aconteceu com Anne e certamente agora queria tirar vantagem, mas eu não ia deixar que ele encostasse em um fio de cabelo sequer do meu afilhado.Fiz minhas malas e parti para Belo Horizonte na manhã seguinte, eu sabia que Anne estaria na seletiva e Will na escolinha então viajei tranquila e depois aproveitei meu primeiro dia de férias na piscina do hotel. Minha mãe logo retornou a mensagem que eu havia deixado para ela mais cedo avisando que estava na cidade.- Oi Lana, o que houve? Porque vocês estão em Belo Horizonte e qual o assunto urgente que você precisa falar comigo?- Ela disparou a falar assim que eu atendi o telefone.
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Anne Johnson
Depois do feliz reencontro com minha prima Valentina eu e Leo nos sentamos para as orientações da seletiva que viriam em seguida, houve até um diálogo decente entre nós e senti um peso no coração novamente quando vi a tristeza nos olhos dele ao confessar que não podia ter filhos. Vou acabar contando para ele antes do que eu imaginava, não vou suportar esconder que ele já tem um filho.Antes que os nomes começassem a ser sorteados para a seletiva de duplas, meu celular vibrou, era uma mensagem de texto, abri rapidamente para ver do que se tratava, era uma mensagem do Alex dizendo que precisávamos conversar sobre a criança. Perdi o chão, naquele momento nada mais importava para mim, eu só queria sair dali buscar meu filho e levar ele para longe, não queria mais saber da seletiva nem de qualquer outra coisa. Me levantei para sair, Leo me olhou assustado, certamente viu que eu estava séria e decidida a sair dali.- Eu te dou cobertura- Ele disse baixinho.- Obrigada, mas provavelmente não
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Lana Dias
Aquela noite levei Anne e Will para jantar no restaurante chique do hotel, isso porque também queria ver como estava funcionando tudo por ali, mas mesmo assim foi um ótimo jantar, Anne estava preocupada de eu estar gastando muito sendo que tinha acabado de deixar meu emprego mas expliquei a ela que tinha conseguido esse trabalho de consultora, contei a história toda deixando de lado só o quanto eu achava o gerente atraente.Anne também me contou sobre seu dia, contou como conversar com Helen Brown havia acalmado ela e o quanto Patrícia foi incrível não deixando que ela desistisse da seleção. Eu notei que ela falou de Leo com um pouco demais de emoção, mas achei melhor não comentar nada, quem sabe fosse só por causa de Will que a propósito se comportou muito bem no nosso jantar, ele adorou o macarrão com queijo.Logo subimos para o quarto e fomos descansar pois Anne iria cedo para mais um dia de seletiva, Will tinha sua colônia de férias e eu, muito trabalho com essa consultoria do hot
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Anne Johnson
Cheguei no teatro e fui informada que encontraria meu parceiro dessa fase no palco, quando entrei e vi Leo eu gelei, mas logo depois vi a bailarina junto com ele, eles estavam concentrados vendo um vídeo em um tablet e depois tentavam imitar alguns movimentos, já estavam preparando sua coreografia da seletiva. Então Leo não seria meu parceiro... melhor assim, eu acho... na verdade me deu uma pontinha de ciúme da atenção que ele estava dando para a moça, nos últimos dias eu havia me acostumado a ter toda a atenção de Leo em mim e eu gostava disso mais do que gostaria de admitir. Eu estava observando os dois na lateral do palco quando alguém falou ao meu lado.- Esse Leo é bom mesmo, vai ser difícil competir com ele, mas eu tenho meus truques. E você, deve ser a Anne, minha nova parceira. Sou Iago.- ele estendeu a mão para me cumprimentar.Iago tinha cachinhos dourados, usava regata ao invés de camiseta, provavelmente para se mostrar, seus olhos eram castanho mel, um tipo bem bonitinho
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Leo Garcia
- Eu estou bem, obrigada- Anne disse meio tonta ainda quando a coloquei na maca da enfermaria. Eu estava muito nervoso.- Moça, você esta querendo a estrelinha de quem mais visitou a enfermaria na seletiva?- A enfermeira brincou, pois era a mesma que veio tirar o acesso do soro de Anne no outro dia. – O senhor pode aguardar ali fora, aliás, por gentileza, pegue um pouco de água para ela, tá?- Sim, eu... to indo- Eu não conseguia nem falar direito, acho que a adrenalina havia passado e eu estava até meio tonto então foi um favor que a enfermeira me fez, quando saí ouvi a conversa delas pois me sentei ao lado da porta quando deixei de sentir minhas pernas.- Namorados as vezes atrapalham, deixa eu ver aqui esse machucado- ela disse limpando o ferimento, notei que Anne nem respondeu- Quer me contar o que houve?- Fui atacada por um dos participantes do concurso, me defendi e ele me deu um tapa.- Que covarde, ele fugiu?- Ela perguntou já finalizando o pequeno curativo.- Não, pegaram el
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Anne Johnson
- Leo, eu...- eu sentia que precisava contar tudo para ele, realmente Leo era outra pessoa, alguém quem seria bom ter perto de mim e também seria ótimo para o Will mas aí meu telefone tocou e era da escolinha, avisando que Will tinha passado mal e que eu precisava busca-lo. – É meu filho, ele esta com febre, preciso ir buscar ele.- Tudo bem, eu te levo.- Não!- eu falei quase gritando- Digo... não precisa se incomodar- fui arrumando minhas coisas.- Eu faço questão, acho melhor você não andar sozinha até termos certeza que o Iago foi preso, ele quer se vingar.- Ele deu uma boa justificativa.- Esta bem, vamos então.- Peguei minhas coisas, fomos até o carro de Leo que diferente do que eu imaginava, era um carro até bem simples e fomos em silencio até a escola.Buscamos Will e depois Leo estava nos levando para o hotel, Will gostou dele logo de cara, até convidou Leo para fazer um lanche com a gente quando viu um fast food de dentro do carro.- Vamos lanchar lá, tio?- Will apontou para
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Anne Johnson
Na tarde de sábado decidi levar Will na confeitaria tradicional que meu pai me levava quando eu era criança, eram ótimas minhas lembranças daquele lugar, lembranças boas que eu gostaria que Will tivesse também, até convidei minha mãe mas ela já tinha outros planos, Lana estava mega ocupada com o hotel (to achando que ela esta meio afim do gerente mas tá disfarçando, resolvi esperar que ela mesma me conte para não constrange-la, ela merece toda felicidade do mundo, e o Lucas pareceu um cara bem legal pelo que ela tem me contado), enfim, decidi ir apenas eu e Will.A confeitaria era toda em estilo colonial, quando passávamos pelas portas no estilo francês logo após um pequeno hall de entrada, parecia que tínhamos sido transportados no tempo, era muito lindo, pequenas mesinhas com vasos de flores e cadeiras brancas, tudo parecia doce, não pude deixar de me emocionar olhando tudo e mostrando a Will enquanto entrávamos... até que vi em uma mesa um homem que me olhava com os olhos cheios de
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