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Todos os capítulos do Ardente Paixão: Capítulo 51 - Capítulo 60
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Lucca— Não acredito nisso! — Alice retruca frustrada, entrando no meu carro em seguida. — Esse é o quinto apartamento que visitamos e a resposta é sempre a mesma. — Ela põe o cinto de segurança e pega o jornal, fazendo mais um rabisco nele. — Mais que droga está acontecendo?Estamos a algumas horas fazendo algumas visitas aos apartamentos que ela mesma pesquisou nos classificados. Contudo, antes da visitá-los, ela ligou para os corretores marcando o horário para analisar o apartamento que estava disponível e por incrível que pareça, antes mesmo de ela chegar a olhá-lo, somos informados de que o apartamento não está mais disponível.— Eu não faço ideia — resmungo, ligando o carro para entrar no trânsito. — E se o seu pai estiver envolvido nisso? — Jogo um questionamento perigoso. Ela me encara extasiada.— Acha que o meu pai faria uma coisa dessas comigo? — Dou de ombros.— Ele é o único que não quer que você saia de casa — retruco evasivo. Ela parece ponderar as minhas palavras.— Dr
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LuccaLuccaUm acidente?Mas como isso aconteceu?Me pergunto enquanto corro feito um louco pelo trânsito caótico do Rio, praticamente colado no carro de Daniel. E quando estaciono bruscamente no acostamento, encaro a poucos metros alguns cones do resgate no meio da pista, impedindo a circulação dos outros carros.Meu coração acelera violentamente e ando apressado para o local. Apavorado, levo minhas mãos a cabeça, quando vejo o seu carro destruído e virado de ponta cabeça. Alice está desacordada, suja de sangue e presa ferragens. O tal do Guto está do seu lado e em um estado bem pior do que ela. Tento aproximar-me, mas Joe me segura no lugar.— Me solta, Joe! — Faço força para me libertar. — Me deixe ir ajudá-la! — peço com desespero.— Voc&eci
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AliceMomentos antes do acidente…Uma bela vista, uma sala só minha e uma deliciosa xícara de café com leite para acompanhar. Penso, apreciando o meu escritório e a sua calmaria. Na minha frente, a tela do computador mostra a imagem de Renan Backer. Um candidato exemplar que implantou mais uma causa a sua nobre campanha; crianças que sofrem abusos sexuais.Filho da puta, escroto do caralho! Xingo mentalmente e respiro fundo, bebericando mais um gole do meu café.Devo dizer que a atração pela curiosidade sempre foi algo forte em mim desde criança. E foi exatamente isso que me trouxe até aqui."Jornalista Alice Ávila, transmissora de informações." Era assim que eu me chamava quando brincava de intervistas com as minhas amigas. E agora essa coisa tornou-se bem real.Só não esperava
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Alice— Ah, acho que estou perdidamente apaixonada! — Ela resfolega.— Você acha? — rio. — Você com certeza está perdidamente apaixonada e eu estou muito, muito feliz por vocês. E já tem ideia de quando será o casório? — Ela dá de ombros.— Ainda não. Mas o Léo já deixou bem claro que não quer demorar muito com isso.— Olha lá, hein? Não seja ingrata comigo. Eu quero ser a sua madrinha.— Ah, quanto a isso não tenha dúvidas. — Rimos. — Ok, vamos ao que interessa. Qual a emergência? — Ela pergunta, arrancando o meu sorriso feliz. No entanto, a encaro procurando um jeito de iniciar essa conversa.O que estou dizendo? Não existe uma maneira menos dolorosa de falar sobre esse assunto. Penso e vou direto ao ponto.— Renan Backer. — Mila
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Alice— Perfeitamente entendidos— diz sério demais.— Ótimo! Agora, foco no que precisamos fazer!Observo Renan Becker tirar algumas fotos próximo de algumas faixas que carregam o tema da festa beneficente:“Diga não ao abuso sexual contra crianças e adolescentes!”Meu sangue ferve quando ele sorrir, fazendo um gesto do seu bordão.Como pode defender aquilo que ele mesmo pratica?— Olha, é o senador Mário Azevedo. Soube que ele está se reelegendo. — Guto comenta, tirando a minha atenção de cima do homem.— Vamos ver o que ele tem para dizer sobre o desvio do dinheiro público? — ralho um tanto sarcástica. — Verifique a câmera.— Relaxe, está tudo em ordem. Eu testei no caminho para cá.&mda
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Alice— Que tal tirar as suas mãos de cima de mim agora, Senhor Backer? — Ele olha sutilmente ao seu redor, soltando o meu braço e ajeita o terno caro.— Escuta aqui, menina, se eu fosse você não me meteria em assuntos ao qual não foi chamada. Isso não é saudável.— Está me ameaçando, candidato? — inquiro com ousadia.— É só um aviso.— Gravou tudo, Guto? — pergunto, encarando o meu acompanhante.— Cada palavra. — Renan parece completamente aturdido agora. Contudo, ele me lança um olhar quase assassino.— Não diga que eu não te avisei! — Ele rosna, se afastando. Tira o celular do bolso e começa a falar com alguém.Solto a respiração que estava presa dentro dos meus pulmões, dispensando toda a tensão sobre mim.
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Alice— Ai! Ai! — resmungo quando tento me mexer em cima da cama e quando abro os olhos, percebo que não estou no meu quarto. — Mas o que… — Fito um intravenoso na minha mão direita e fico apavorada quando percebo o gesso de canto a canto da minha perna. — Ai, droga! — resmungo outra vez quando o meu corpo reclama um movimento brusco.— Filha?— Mamãe? — Só então percebo Isabelly sentada do lado da cama estreita. E o meu pai em pé próximo de uma janela.— Que bom que você acordou, querida! — Ele diz, abraçando-me com cautela.Me pergunto o que aconteceu comigo e por que estou em um hospital… As lembranças caem como uma chuva pesada sobre a minha cabeça. Eu e Guto saindo da festa a altas horas da madrugada. Nós entramos no meu carro. Eu estava tensa. Sabia que havia cutucado Renan sem qualquer receio, que enfiei uma estaca na sua impinge. E por isso alguém estava nos perseguindo.… Quero que passe todo o material para a nuvem do meu celular.… Faça o upload para algumas contas que mant
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AliceÀ tarde…— Olha você! — Cris adentra o quarto de hospital acompanhado da sua pequena família. Contudo, o seu olhar preocupado me faz sentir culpada. — Como você está, Pinga Fogo?— Bem melhor. Já não sinto mais dor de cabeça. E a Jenny?— O que você acha? — Arqueio as sobrancelhas.— O que? Não!— Sim! — Cris não segura a sua empolgação. — Aconteceu na noite passada. Por isso não vim te visitar.— Menino ou menina? — Seu sorriso se alarga. — O que você acha?— Ah meu Deus! É um menino?— E se chamará Miguel.— E a Nicole?— Está em casa com a babá e ansiosa para conhecer o irmãozinho.— Meus parabéns, Cris! — O abraço do jeito que posso.— Onde ela está? — pergunto ansiosa.— No quinto andar. Aqui mesmo no TaoVida. E se o médico liberar, posso te levar de cadeira de rodas para ir vê-la.— Sim, por favor! Quero muito ver o meu sobrinho e a minha cunhada também.Diferente do primeiro parto de Jenny e apesar do susto da noite passada. Esse foi bem mais tranquilo. Visto que foi o Cr
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Alice—Senhorita Backer, tem uma pessoa...A balconista do hotel luxuoso fala ao telefone, lançando-me um olhar avaliador. Contudo, ela para de falar instantaneamente. Provavelmente a Mila a interrompeu.— Certo, Senhorita. Claro. Agora mesmo, Senhorita. Tenha um bom dia!Uau, dali Camila Backer! A mulher me encara sem jeito e me lança um sorriso profissional.— Pode subir, Senhorita Ávila.— Obrigada, Cinthia! — ralho, lendo o nome no seu crachá. No entanto, ajeito a minha bolsa no meu ombro e vou para um dos elevadores. Não vejo a hora de ver minha amiga. Penso ansiosa. Não que ela não tenha ido me visitar em minha casa o tempo em que fui forçada a ficar na cama por uma semana inteira.Daniel Ávila e Lucca Fassini juntos, é o inferno. E penso que estou ferrado com esses dois unidos em favor do meu bem-estar. Sério, ele
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AliceO som do seu choro e as respirações consternadas de Mila sobressai ao seu relato, que preenche os meus ouvidos através dos fones. É a terceira vez que o escuto, enquanto faço algumas edições e anotações. Faço uma nota mental para fazer duplicações do arquivo por precaução. E após fazê-las, tenho o cuidado de guardar uma delas dentro de um cofre atrás de um quadro decorativo do meu escritório.Duas batidas na porta me fazem olhar na sua direção e Téo passa por ela em seguida, me fazendo bufar na sequência.— Você demorou. — Ele resmunga com certo descaso, sentando-se em uma cadeira sem ser convidado.— E?— Henrico pediu que fosse até a sala dele. — Arqueio as sobrancelhas.— Você virou mesmo o garoto de recados dele, não &eac
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