Quando os meus olhos se abriram, a dor foi a primeira coisa que senti. Uma agulha fina, cortante, por todo o meu corpo. Meu cérebro estava nublado, minhas mãos tremiam, mas minha mente já estava focada em uma única coisa: Ela atirou em mim.Aquela maldita... Fernanda.Mas antes que eu pudesse analisar tudo direito, ouvir a voz que menos queria ouvir naquele momento. Meu pai. Ele estava ali, sentado ao lado da minha cama, com um sorriso presunçoso nos lábios, como se estivesse esperando para ver o quanto minha raiva o faria se divertir.— Finalmente acordou, né? — Ele disse, quase rindo da minha cara.Eu queria xingá-lo, queria arrancar a arrogância daquele velho, mas as palavras mal saíam. Tentei me mexer, mas a dor nas minhas costelas e na cabeça me fez recuar.Ele se inclinou, seus olhos insensíveis fixos em mim. Não havia preocupação, apenas um prazer sádico por mim ver fraco, em recuperação. Eu já sabia o que viria a seguir.— Eu sabia que você não ia morrer assim, Luigi. A garota
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