Início / Romance / O anjo que veio do inferno / Capítulo 211 - Capítulo 220
Todos os capítulos do O anjo que veio do inferno: Capítulo 211 - Capítulo 220
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Anjos (II)
Danna levantou-se imediatamente:- Não quero ouvir o resto!Minha mãe abaixou a cabeça, não contendo um gemido certamente causado pela dor e vergonha que sentia naquele momento.Então, num gesto que impressionou a todos, Danna foi até ela e abaixou-se, pegando suas mãos de forma carinhosa. As duas se olharam e Danna limpou as lágrimas de minha mãe:- Sinceramente, não me importo com a forma como Vanessa foi gerada, Isla. Esta história é sua e não minha... E todos tem um passado e com ele uma história, seja boa ou ruim. Faz parte do caminho que trilhamos e nele cometemos erros... E muitos deles em nome do amor. Para mim só importa uma coisa – ela me olhou – Eu tenho uma irmã... E sinceramente, se pudesse escolher, teria escolhido mil vezes Vanessa.Meu choro, antes contido, ficou intenso. Depois de ter visto Gabriel pela primei
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Anjos (III)
- Ele saiu de você. – Minha voz mal saiu quando disse aquilo, sabendo que poderia destruir minha vida.Danna deu um meio sorriso e Gabriel retribuiu, os olhos se iluminando com a imagem dela refletida em suas íris.- Cheguei a me perguntar porque eu amo Alegra... E não consigo ter o mesmo sentimento por ele. E então entendi – ela sorriu de novo e pegou-o do meu colo, me deixando trêmula e arrependida por ter feito aquilo acontecer – Que certamente é pelo fato de você ser minha irmã. Imagino que eu gosto dele desta forma porquê... No meu íntimo já sabia que ele era meu sobrinho. E aposto que é pela conexão que temos, que deve ter passado também para a miniatura. Talvez um dia eu me conecte com ele... Mas por hora o aceito como meu sobrinho – ela alisou o rosto de Gabriel, sem demonstrar qualquer tipo de emoção extrema – Ei, miniatura
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Um beijo
POV ISLAAbri a porta com cuidado, não querendo atrapalhar a conversa de Danna e Vanessa. Então observei Vanessa com Gabriel no colo e Danna a olhando seriamente.- Tem certeza disto, Danna? – Minha filha perguntou num tom de voz baixo.- Sim, eu tenho certeza.Danna virou na minha direção e acenou, com o semblante de quem havia sido pega no flagra. Pensei que elas pudessem estar aprontando alguma coisa, mas daí lembrei que eram adultas e que por mais “burradas” que pudessem fazer, nenhuma superaria a minha.- O jantar... Está pronto! – Avisei, sem jeito.- Ok, vamos lá! – Danna sorriu e puxou Vanessa pelo braço.Não demorou muito e estávamos todos à mesa, como uma família feliz. Talvez a única ali que não tinha motivos para satisfação e alegria era eu, já que tinha cometido um erro gigan
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Um beijo
Vanessa só me olhou e foi em direção a porta. Consegui contê-la antes de sair, me pondo em sua frente:- Quanto tempo irá me ignorar? Eu não aguento mais! Nem Danna me julgou.- Tem que entender que eu não sou a Danna.- Ser ignorada por você é meu pior castigo.Vanessa suspirou e me deu um beijo. Abracei-a, mas ela não correspondeu e logo se desvencilhou. Tive um abraço mais frio que o de Júlio.- É difícil para mim aceitar que fui enganada todo este tempo pela pessoa em quem eu mais confiava.- Perdão... Mil vezes perdão. Eu já expliquei os motivos que me levaram a tomar esta decisão.- Mãe, eu sei que este rancor que sinto irá passar. Mas me dê um tempo, por favor.- Você... Não me ama mais?Ela sorriu:- Bem que eu gostaria. Mas isto é impossí
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As meninas
Aos poucos todas foram levantando as cabeças e fiquei preocupada.- Que porra eu fiz? – Pus as mãos na cabeça – E não gritem porque está todo mundo dormindo e se as irmãs verem que fiz esta algazarra irão cortar a minha cabeça.- E você vai morrer também? – A pequena que eu não lembrava o nome perguntou, preocupada.- Bem, se eu morrer acho que vou para o céu pelo menos, afinal, sou uma boa moça, já que estou aqui com vocês... Falando de...- Morte? – Tauane foi sincera.- Ok, ninguém vai morrer. Vai ficar todo mundo para semente.- Mas você disse que iríamos morrer. – Ananda não esqueceu aquela porra.- Eu estava brincando! – Comecei a gargalhar – E vocês caíram direitinho! – tentei reverter a situação de desespero.- Voc&eci
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As meninas (II)
- Nós sabemos, querida! – Ela pegou minha mão entre as suas, de forma carinhosa – Sei que está aprendendo!- Danna, não prometa coisas que não pode cumprir – Hemengarda me criticou novamente – Elas sonham em serem adotadas e terem uma família.- E... Eu não destruí o sonho delas.- Elas disseram que você irá adotá-las.- Você disse irá adotá-las, Danna? – Ouvi a voz de Killian atrás de mim.Quase caí de pavor quando o vi. Ele teria ouvido toda aquela porra?- Killian... Acho... Que precisamos conversar sobre... Isto! – Sorri, tentando não demonstrar a confusão que estava meu cérebro.As três nos olharam e entraram no quarto, nos desejando uma boa noite.Fui descendo as escadas com Killian atrás de mim. Não sei onde ele esperava que eu fosse. Na
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Danna e Lourenço
- Danna? - ele sorriu com ironia - Confesso que eu esperava qualquer pessoa aqui, menos você. Especialmente… Com uma criança. – Foi como se um ponto de interrogação surgisse na sua testa.- Precisamos conversar, Lourenço.Ele meneou a cabeça, com aquele sorriso que dava vontade de destruir com uma bala no meio dos olhos:- Não pedi sua visita. E também não sou obrigado a receber quem eu não quero - fez menção de levantar-se.O puxei pelas algemas, obrigando-o a sentar-se novamente e fiz o mesmo:- Acha que eu viria até aqui se não fosse importante? Tenho cara de ser a idiota da Luane que você manipula como se fosse um brinquedinho?Lourenço suspirou, o tom de deboche ainda claro em seu semblante:- Agora está com ciúmes? É tarde demais, querida, eu já fiz a minha escolha.Desta v
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Danna e Lourenço (II)
- Assim como você fez no julgamento, posso ter mentido um pouquinho. - Sorri.Lourenço olhou demoradamente para Gabriel:- Não… Pode ser!- Eu pedi que você usasse preservativo… - mesmo sem querer, voltei naquela tarde, me vendo no banco traseiro apertado da viatura, implorando por piedade e se não fosse possível ao menos o uso de camisinha.- Por que você não abortaria? Não… Tinha porque querer ficar com uma criança… Minha. - Ele não desfocava os olhos de Gabriel.- Tomei pílula do dia seguinte, me joguei da cachoeira, um telhado caiu sobre mim… E ainda assim este menino cresceu firme e forte. A chance de ele ter inúmeras sequelas eram grandes. Mas… Gabriel é um menino forte e persistente. Ele queria realmente estar aqui… Mesmo sabendo que seria rejeitado pela mãe e pelo pai.- Rejeitado? - E
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Danna e Lourenço (III)
Gabriel estendeu o braço na direção dele, com um sorriso. Lourenço tocou a mãozinha delicada e perfeita, que logo envolveu os dedinhos nos do pai, sorrindo com seus dois pequenos e solitários dentes.- Acho… Que ele gosta de mim! - Lourenço me olhou, o sorriso ainda estampado em seu rosto.- Aposto que sim, afinal, ele não sabe nada sobre você. Certamente nunca saberá, mas se um dia viesse a saber, o odiaria.- Tanto quanto a mãe - me olhou e logo depois abaixou o rosto.- Não sou mãe dele.- Sim, sou o pai e você a mãe e nada pode mudar isto. Por mais que eu quisesse voltar naquela tarde e fazer diferente, também não seria possível. Mas… Geramos uma vida… Uma criança perfeita… E… Ele é tão parecido com você… O sorriso… Os olhos…- N&atil
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Você disse que sempre estaria ao meu lado
Assim que eu e Vanessa nos separamos, já em Machia, eu estava indo na prefeitura quando vi pai José andando em direção à igreja. Corri até ele, obrigando-o a parar.- Danna? – ele arregalou os olhos quando me viu.Tinha sido um dia difícil para mim e creio que ainda estivesse com os olhos inchados. Mas ainda assim aquele homem me devia uma coisa bem importante.- Quando falará a verdade a Killian?Padre José abaixou o olhar:- Não posso fazer isto, Danna! Sinto muito.- Prefere que eu conte?- Se acha que é o melhor a fazer... Faça. – Me encarou e percebi a dor em seu olhar.- Você não pode mentir para o seu filho deste jeito, porra!- Então me dê mais tempo.- Você já teve mais tempo do que lhe dei, pai José. Isto não é justo com Killian.- Ele nunca me
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