No final, Ian não tinha mais o que dizer e só pôde se virar e sair.Ângela, que estava dentro do carro, levantou a cabeça lentamente, seus olhos estavam sem brilho, sem vida. Se não fosse por sua respiração, poderiam pensar que ela já estava morta.Mas, para ela, viver ou morrer agora não fazia muita diferença.Ela não derramou uma lágrima do começo ao fim, porque sabia que chorar não adiantaria nada; só traria mais tortura por parte dele, que ainda perguntaria com que direito ela chorava.Exato, aos olhos de Reginaldo, Ângela não podia ter as emoções que uma pessoa normal teria: alegria, tristeza, dor, nem mesmo uma comunicação normal com as pessoas, porque ela não merecia. Para ele, sua vida era apenas uma penitência. Nos últimos cinco anos, tudo o que restou foi um entorpecimento, como um robô sem qualquer emoção ou sentimento.Mesmo que estivesse ferida até os ossos, ela não podia gritar de dor; mesmo que seu coração estivesse sendo estraçalhado por ele, golpe por golpe, ela não po
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