A voz de Gustavo estava cheia de vigor. Ele disse: — Que dia é hoje? Ano Novo! Para onde você vai? Todo mundo está em casa com a esposa! Lucas já estava vestido, sem sinal de seu comportamento animalesco da noite anterior. Mariana desceu as escadas e ouviu Lucas dizer: — Tenho coisas para resolver, vou sair e volto à tarde. — Volta à tarde? Por que não passa a noite fora? — Gustavo estava tão irritado que seu bigode tremia: — Isso porque estou de olho em você, nem quero imaginar como era quando você e Mariana moravam sozinhos, deve ter sido um horror! Mariana sentou-se ao lado de Gustavo, segurando seu braço: — Vovô, estou aqui com você, assuntos de trabalho são inevitáveis, deixe-o ir. — Veja como Mariana é compreensiva, — Gustavo ainda estava cheio de raiva: — Que trabalho é mais importante que a família? Mas no final, Lucas saiu. E, do começo ao fim, ele não disse uma palavra a Mariana, nem sequer olhou para ela. Gustavo ainda consolou Mariana: — Esse garoto sempre

Foi naquela época que ela viu outro lado de Lucas e se apaixonou por esse rival de infância. Mais tarde, ela até salvou Lucas e algumas pessoas. Só que, devido à situação especial na época, ela se machucou ao salvar os outros e, depois, o exército emitiu um comunicado proibindo a divulgação do ocorrido. Portanto, até agora, Mariana nunca conversou com Lucas sobre isso. Mariana também nunca pensou em usar o favor de ter salvado sua vida para exigir algo de Lucas. Ela se virou, levantando uma perna e apoiando-a no travesseiro ao lado. O pijama de seda deslizou facilmente, então, quando Lucas entrou, viu uma cena encantadora de uma bela adormecida. A pele de Mariana era branca como neve, e a seda preta destacava ainda mais sua pele, que parecia leite, suave e sedosa. Seus pulsos finos, pescoço longo, belas pernas e cintura delicada. Até mesmo seu pequeno pé branco parecia apetitoso aos olhos de Lucas. Seu pomo de Adão se moveu, e ele ficou em silêncio na porta por um t

Mariana não quis respondê-lo, apenas murmurou um "sim". — Fazer o quê? — Lucas tinha uma expressão de desaprovação: — O hospital não tem mais ninguém, para ter que mandar você? Mariana discordou completamente dele: — Por que eu não poderia ir? Lucas a olhou de cima a baixo: — Pele delicada, criada com mimos, o que você pode fazer no exército? Atrair atenção ou flertar? — Lucas! — Mariana ficou furiosa, levantando-se de repente: — Você é quem tem um comportamento ruim e moral corrompida, acha que todos são como você? — De quem você está falando? Os olhos de Mariana estavam cheios de raiva: — Claro que estou falando de você, grande presidente Oliveira! Lucas ficou tão irritado que quase a estrangulou: — Você sabe o que é o exército? É cheio de homens que acham até uma porca bonita! Você sabe como você é? Mariana cerrou os dentes: — Sim, eles estão em treinamento fechado, não veem o sexo oposto. Mas eles têm a responsabilidade de proteger o país, são leais, corajosos, disp

— Não. — Lucas disse: — Além disso, se as evidências forem insuficientes, será difícil convencer Gustavo. — Lucas, esse tipo de coisa... se você quiser, Mariana não poderá resistir. Ou será que... você realmente não quer se divorciar? Lucas respondeu impacientemente: — Eu saí para ter um pouco de paz, por que você fala tanto? Pedro ficou em silêncio por alguns segundos e então perguntou: — Lucas, há quanto tempo... você não fala com ela? Essa "ela" não tinha nome, mas ambos sabiam de quem ele estava falando. Lucas fechou os olhos, franzindo a testa: — Se você realmente quer conversar, saia e vire à direita, não me incomode aqui. Pedro disse: — Só estou te lembrando de não esquecer seu propósito original. Tudo bem, descanse, estou indo. Ele saiu e ligou para Joana: — Lucas está no clube, ele está sozinho, venha fazer companhia para ele. Joana chegou rapidamente, mas quando tentou entrar no quarto onde Lucas estava, descobriu que a porta estava trancada. Ela bateu, mas

Paulo estava dando algumas instruções a Mariana quando percebeu que o olhar dela estava fixo em algo atrás dele. Ele se virou e imediatamente franziu a testa: — O que você está fazendo aqui? A voz de Lucas estava carregada de sarcasmo: — Se eu não viesse, como veria vocês dois tão relutantes em se despedir? Paulo ficou irritado com o tom sarcástico: — Você... Mariana puxou Paulo. Paulo respirou fundo e disse a Mariana: — Mantenha contato. E então ele se afastou. Quando Paulo se afastou, Mariana perguntou: — O que o presidente Oliveira deseja? Lucas disse: — Eu estava preocupado com o que você faria no exército, mas não esperava que, antes de ir, você já estivesse flertando com outro homem. Mariana olhou para ele e sentiu uma vontade de dar um tapa em seu rosto. Ela se controlou e se virou para sair. Mas Lucas segurou seu pulso. Ela gritou furiosa: — O que você quer afinal? Lucas também não sabia o que queria. Ele pretendia ir para a casa de Joana, mas acabou

Mariana disse: — Estou bem. — Que bom. Ah, ontem foi o primeiro dia do ano, ainda não te desejei feliz ano novo. — Obrigada, feliz ano novo para você também. — Mariana lembrou que ele também estava sozinho, e sua voz suavizou: — Você ainda está na Cidade A? — Sim, ontem foi feriado, não quis incomodar. Será que hoje eu tenho a honra de te convidar para jantar? — Desculpe, ultimamente eu talvez não tenha tempo. — Mariana disse: — O hospital tem um evento, eu vou... viajar a trabalho por um tempo, falamos quando eu voltar. Felipe estranhou: — Vocês médicos também viajam a trabalho? Para onde vai? Embora, ao entrar no exército, os celulares precisassem ser entregues, não fosse permitido tirar fotos ou divulgar informações básicas do exército, a parceria entre o Hospital São João e o exército era divulgada pela mídia local todos os anos. Isso não era segredo. Mariana originalmente não queria dizer, mas pensou que não havia necessidade de esconder: — Nosso hospital tem uma p

Jaime olhou para o relógio: — Aqui não é o lugar para falar sobre isso, primeiro se acomode, mais tarde eu te procuro. Depois que as atividades terminaram, Jaime voltou para o escritório e ligou para Lucas. Lucas ficou assistindo o ônibus partir do hospital, sem saber quanto tempo ficou parado no vento frio, apenas sentindo sua raiva aumentar. Seu telefone tocou, era Joana. Ele então lembrou que deveria buscar Joana. Quando chegou ao prédio de Joana, ela sorriu docemente: — Está muito ocupado? Se não puder, eu posso ir sozinha, não precisa vir me buscar. Ao ver o rosto dela, Lucas começou a se acalmar. Quando Jaime ligou, ele estava dirigindo, ainda não tinham chegado à empresa. — O que aconteceu entre você e a cunhada? Por que ela disse que quer se divorciar? — Jaime foi direto ao ponto. A raiva de Lucas voltou imediatamente: — Ela te disse que quer se divorciar? — Ela veio ao nosso batalhão para participar do treinamento, acabei de vê-la. — Jaime disse: — Então, o

Lucas disse: — Você não entende. Ele disse que Jaime não entendia, mas na verdade ele mesmo não entendia. Não entendia por que sua raiva era tão grande. Não entendia por que a mudança de Mariana era tão grande. Jaime suspirou: — Então, o que você quer dizer? O casamento continua? Lucas disse: — Eu vou me divorciar, mas não agora. — Por quê? Não é melhor se libertar logo? — Essa decisão só pode ser minha. — Lucas disse: — Ela quer se divorciar e eu devo concordar? Não vou deixá-la ter o que quer. Jaime ficou em silêncio por alguns segundos antes de dizer: — Lucas, é a primeira vez que vejo que você é um homem tão mesquinho, e ainda por cima com uma mulher. Lucas disse com raiva: — Você ainda é meu amigo? Jaime disse: — Deixa pra lá, acho que você está emocionalmente instável, é melhor não falarmos sobre isso agora. Mas ainda te aconselho a pensar bem sobre o divórcio. Lucas quase jogou o celular longe de tanta raiva. Poucos minutos depois, Pedro ligou, começando

Como Felipe estava aqui? Embora ele tivesse mudado de roupa, seu rosto era inconfundível, bonito e distinto, e Mariana o reconheceu imediatamente. Ela estava pensando se era alguém parecido. Mas então, Felipe olhou para ela e deu um leve sorriso. Era realmente ele! Pela manhã, os soldados precisavam correr cinco quilômetros com peso. Para o pessoal médico que acabara de chegar, bastava correr três quilômetros, sem peso. Mariana era a mais alta entre as mulheres, correndo atrás. Logo, alguém apareceu ao seu lado. — Mariana. — Felipe a chamou. Mariana, embora fizesse exercícios regularmente, achava difícil correr cedo no inverno. Ela ajustou a respiração e perguntou: — O que você está fazendo aqui? Felipe disse: — Corra primeiro, depois conversamos. Mariana assentiu. Correr cinco quilômetros com peso não era difícil para os soldados, eles terminavam com facilidade. Em contraste, a equipe médica estava exausta, ofegante e desajeitada. Depois, era hora do ca

Jaime imediatamente reagiu: — Você quer que eu cuide da sua cunhada, certo? Fique tranquilo... — Claro que não! — Lucas estava irritado: — Eu quero saber se ela está se comportando adequadamente, afinal, ela está representando a família Oliveira. Jaime franziu a testa: — Primeiro, sua cunhada é excelente, e os problemas que você teme não existem. Segundo, em que época estamos? As mulheres são livres, e ela está representando a si mesma, ninguém sabe que ela é a esposa do presidente da família Oliveira. Lucas só queria um motivo para ligar, queria saber como Mariana estava no exército. Mas ele jamais diria isso diretamente. — E o que vocês fazem normalmente? Não podem realmente fazer com que eles treinem como soldados, certo? Ele ainda se preocupava com o período menstrual de Mariana. Essa mulher tinha uma língua afiada, mas era bastante sensível. Uma vez ele a viu chorando de dor e descobriu que era por causa do período menstrual. Agora ela não estava descansando em c