Alicia procurou Yan para me avisar que Emília viajou a trabalho a mando da minha mãe o que não me admirei muito faz parte do trabalho dela. O que não saiu da minha cabeça foi o tal do Clóvis e mandei investigar um pouco da sua vida e acabei descobrindo que ele viajou para o mesmo estado em que Emília foi trabalhar, o que me deixa intrigado. Maldita hora que o meu passaporte foi preso, se pudesse viajar iria até Emília preciso saber mais dessa amizade, na investigação que fiz não fala nada sobre a Emília ter se envolvido com Clóvis e a minha dúvida fez-me ir até à casa da minha mãe e ao chegar lá dou de cara com o maldito juiz que prendeu o meu passaporte. — Olha só, que horas são Tarso? Bem cedo aqui! Será mais problemas — Mamãe pergunta vindo na minha direção. — Virei um santo agora senhora Elis, só vim para saber o porquê mandou Emília viajar no seu lugar. — Porque Emília trabalha para mim, ele tem deveres a ser cumprido e quando não posso ir, ela vai, não somos como você um vaga

Foi três dias incansáveis de muito trabalho, pensei até que iria demorar mais, com muita paciência e eficiência concluí todo o trabalho pendente e já era de voltar, mas jamais imaginei chegar e ver Tarso ali esperando-me vestido do seu jeito largadão de moletom a esperar-me os seus olhos encaravam-me, e só assim percebo como ele é lindo. Mas Tarso está a diferente eu não sabia o que tinha acontecido, mas ele não estava normal, durante o caminho percebi que não estávamos indo para o meu apartamento e sim para a casa dele e pude contemplar o novo e quão lindo ficou tudo, mas não resisti aos gatos que lá estavam nos esperando ao abrir a porta. — Tarso tudo está lindo, mas posso pedir-te algo? — Pergunto sentada no chão com gatos no colo. — Pode! — Tarso fala se apoiando no sofá. — Quero plantar umas flores, preparar um jardim. — Fica a vontade Emília. — Estou muito cansada, Tarso vou falar com Mirtes para ela contratar um jardineiro para me auxiliar em tudo. Tarso fica na sala,

Acordei e ainda sonolento, abri as cortinas da janela do meu quarto e vejo um homem sarado cuidando do jardim e Emília do lado, a cena dos dois me incomodou muito, eles pareciam muito à vontade, fui rapidamente ao banheiro fazer a minha higiene e desci para olhar de perto quem era aquele sujeito e fui direto para a cozinha. — Mirtes você sabe de onde saiu aquele homem sarado, cheio de intimidade com Emília? — Pergunto nervoso. — É o meu sobrinho senhor Tarso, Emília pediu um jardineiro e eu o trouxe comigo, está com ciúmes, senhor Tarso? — Mirtes pergunta. Mudei de cor com a sua pergunta e sai da cozinha sentindo uma raiva, fecho os punhos e respiro fundo tentando ter autocontrole ao ver esse homem perto da Emília. A mesma não parece se importar com o rapaz, porque eu estou incomodado até demais, tento controlar-me, mais não aguentei e fui lá onde estava os dois mostrar a ele que Emília tem dono e lembrar ela que também é casada comigo. Marquei presença onde estavam os dois e b

Ao chegarmos na igreja tive que me vestir de sorrisos, Tarso a todo instante segurando a minha mão a impressão que eu tinha era que ele tinha medo de soltar-me e eu fugir, o ambiente ao nosso redor era de gente simples como eu gosto, o bom da vida que me adaptei bem aos dois mundos, sei muito bem de onde eu vim e para aonde vou. Tudo está perfeito no casamento, menos a hora em que chegamos na festa que vejo Tarso bebendo um copo de bebida atrás do outro, tenho medo dele perder um pouco o controle aqui. Mas a sua bebedeira tinha um motivo criar coragem para me pedir desculpas, Tarso é daqueles que precisa beber para falar do que o coração está cheio e o dele está cheio de carência e solidão quando o mesmo pediu para ficar comigo. Por mais solidão que eu tenha na minha vida, jamais ficaria com um homem na situação em que Tarso está, tudo o que eu queria também era ficar com ele, entregar-me inteiramente, mas tenho medo de acontecer o mesmo que aconteceu no passado, ser rejeitada como

Não soube lidar muito com o doce que a Emília faz, eu não fazia ideia de como ainda existem mulheres difíceis, aliás não sei porque tentei ficar com ela, Emília e eu somos muito diferentes. Emília por um momento parecia ter gostado do nosso beijo, mas enfim decidi não insistir mais, de onde sei que não vai sair nada e fiquei afastado dela, só conversávamos o necessário e Emília cuida de tudo muito bem, mas ela desistiu do jardim e antes de sair de casa encontrei Mirtes na cozinha e resolvi perguntar pelo jardineiro. — Mirtes foi Emília quem pediu que Mário não viesse mais? — Pergunto curioso. — Foi senhor Tarso, mas Mário sentiu-se culpado por causar ciúmes entre vocês. — Mirtes fala sem graça. — Ligue para ele e avisa que o quero aqui trabalhando nesse jardim. — Ordeno. Mirtes imediatamente ligou para ele, e fui trabalhar enquanto Yan viajou no meu lugar para resolver problemas profissionais. Sempre que tenho tempo vou visitar o Cristian no orfanato e ordenei a Yan que comprasse

Tarso resolveu se afastar de mim de vez e eu respeitei o seu momento, para melhor falar o nosso momento e resolvi cair de cabeça no meu trabalho e foquei no meu bem-estar físico e psicológico, aproveitei essa semana e fui para a terapia, preciso realinhar os sentimentos, e as emoções. No caminho para a casa lembrei de ligar para Alicia, estou tão ocupada que quase não nos vimos mais depois que ela resolveu ir morar sozinha, liguei para ela mas ninguém atendeu o telefone. Liguei para o hospital para saber se Alicia já chegou para o seu plantão e fui avisada que ela não apareceu e teve que ser substituída. Já estava um pouco tarde, passei no seu apartamento e fui avisada pelo porteiro que Alicia saiu, voltei para a casa, e ao chegar ela estava esperando. — Alicia passei no seu apartamento, não sabia que tinha vindo para cá. — Falo surpresa. — Posso dormir aqui? — Alicia pergunta quase chorando. — Claro que pode só não entendo o porquê está chorando! — Estou grávida Emília. —

**TARSO Para muitas pessoas posso ser um louco rebelde, mas sou um homem observador e esse um mês de casamento com Emília percebi ela muito regrada em relação a sua alimentação e as suas vestimentas. Ela tem um corpo bonito, mas não se permite mostrar, parece que tem medo até do meu toque ou que eu descubra algo. Na cozinha enquanto ela preparava a nossa comida, sinto um pouco a sua insegurança principalmente quando chego perto de mais ou Emília ama outra pessoa, ou ela foi abusada algo do tipo, segurei-me para não estragar a nossa amizade que é o único sentimento que estamos empurrando com a barriga nesse casamento. — Tarso tenho uma coisa para falar, queria muito guardar segredo, mas não consigo — Emília fala sorridente. — Se quiser compartilhar. — Falo. — Vou ser tia! Alicia está grávida! — Emília fala animada. — Os meus parabéns pela chegada de um bebê, porque o segredo? Bebês trazem alegria e união. — Pergunto sem entender. — Obrigada Tarso, o bebê que ela espera é d

A cada dia que passa sinto-me mais envolvido com Emília é algo forte que não sei explicar, não quero saber se o que vivemos é de mentira ou de verdade, só queria ficar mais perto, mas ela sempre dá um jeito de fugir de mim. Foi maravilhoso o nosso momento a sós no restaurante que a levei, embalado por músicas românticas, fico somente com a vontade de ir além da dança, mas tive que me controlar. Às vezes quero entender Emilia, outras vezes não, nunca fui de implorar por nada, muito menos amor, mas Emília é como a mulher que o padre citou no dia do nosso casamento, ela não me impõe medidas, mas sempre fala que sou uma pessoa importante e isso tem me colocado em mal costume. O dia da festa de aniversário da minha mãe chegou e com ela a dúvida se vou ou não vou acompanhar Emília, ela saiu para trabalhar mais cedo do que o habitual para poder terminar cedo o expediente para ir a essa festa e fui conversar com Yan porque ele ligou avisando que tem uma ótima notícia para mim e ele está tão

Já estava imaginando o que diria a alguns convidados da festa da senhora Elis quando me vissem sem Tarso do meu lado, mas enfim não posso forçá-lo a vir comigo, se tem uma coisa que nunca farei é tentar moldar Tarso com uma personalidade que não é sua. Cheguei em casa cedo e Tarso não estava, me arrumei devagar e já estando quase pronta resolvi ir e ao descer as escadas surpreendo-me com o Tarso perfeito a me esperar, sorrir com a esperança dele vir comigo e sim, ele veio! Como é bom ver Tarso todo a vontade, ele está lindo de barba feita e os meus olhos brilham por ele. Fomos para a festa e era certo que Clóvis estaria lá, fiquei do lado do Tarso, fui cumprimentar alguns conhecidos e Alicia que está um pouco enjoada pela gravidez a acompanhei ao banheiro e na volta continuamos a conversar e Clóvis fica de longe a me encarar e a senhora Elis vem até onde estou levando-me para me apresentar a alguns homens que estão na presença do Clóvis e já preparo o meu psicológico. Recebo vário

Emília veio atrás de mim após tudo o que vi e ouvi sobre ela e o tal Clóvis, mas jamais imaginei que ela trazia cicatrizes e uma bagagem muito dolorida eu nunca esquecerei essa noite, a imagem da Emília despindo-se a minha frente mostrando a sua cicatriz me fez ver o quanto estava errado em relação a ela e pude reconhecer que tenho um coração apaixonado por Emília, pois naquele instante eu só queria enxugar as suas lágrimas e tirar todo o sofrimento dela. A vesti com uma camisa minha, retirei os seus sapatos e Emília em silêncio olha para mim a seguro nos meus braços. — Tarso para onde está levando-me? — Emília pergunta enquanto caminho em direção a sala. — Vou pedir comida para nós dois, para te falar a verdade estou com fome. — Falo sentando ela no sofá. — Tarso desculpa por tudo o que aconteceu hoje eu estava cansada de tudo sufocada, eu tinha que gritar para você ouvir e ver que eu estava falando a verdade. — Emília fala aliviada. Agacho-me na sua frente e a beijo na boca