Capítulo 17MORGANA Não deveria ligar para o olhar indiferente de Vicente, mas confesso que me incomoda. Quando entro no quarto, finalmente resolvo olhar as notificações em meu celular. Não tinha nada de relevante, me sento na beirada da cama e suspiro olhando para o teto.Passo a mão na barriga involuntariamente, ouço o barulho da porta sendo lentamente aberta e percebo que não a tranquei, quando olho na direção vejo o gato laranja, vindo em minha direção. Nunca tive nada contra animal de estimação, até gosto, apesar de só ter tido um cachorro quando eu era criança. Mas depois de ser avisada que ele machuca, e lembrar dos arranhões profundos no braço de Tina me deu medo.— Por favor gatinho, vai para lá. Falo quase em um sussurro, mas ele continua se aproximando de mim lentamente, seu rabo balança e seu olhar é fofo, ele não parece querer atacar. Fico parada, não consigo me mexer.É quando seu rabo roça nas minhas pernas que o grito sai da minha garganta sem que eu consiga evit
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