Após a reunião no meu escritório, todos saíram, deixando apenas eu e meu pai. Ficamos tentando elaborar um plano para pôr um fim nos vampiros e conseguir trazer nossos lobos desaparecidos de volta para nossas alcateias. Papai me contou mais ou menos como foi o ataque de minha avó aos vampiros no passado e como ele conseguiu ter êxito. — Não foi bem um êxito, meu filho, pois muitos perderam a vida nessa guerra. Só não sei como esses vampiros conseguiram sobreviver, pois meu pai contou que não tinha sobrado nenhum deles. — E o senhor sabe explicar o motivo para tal extermínio? Qual foi o motivo de meus avós se juntarem com outros lobos e exterminá-los? — Eles não tinham pudor, matavam qualquer um que aparecesse à sua frente. Teve um deles que matou em um lugar cheio de humanos, e quando cansaram dos humanos, eles vieram atrás da nossa raça. Os que sumiram esses dias não eram nada comparados com os que desapareceram na época do seu avô. — Papai contou tudo o que ele sabia sobre os v

Tamara, graças a Deus, estava bem ocupada com sua amiga. No primeiro dia de Rosana em nossa alcateia, Tamara ficou pouco ao lado dela, pois queria que Rosana e Luís tivessem um momento a sós. Já no segundo dia, minha companheira grudou em sua amiga; ela fez um tour pela alcateia, mostrando tudo para Rosana. Achei incrível a forma como uma se relacionava com a outra; parecia que se conheciam há muitos anos. Tamara sorria fácil com Rosana; ela parecia até esquecer de tudo que estava acontecendo ao seu redor, e isso era tudo que eu queria: vê-la feliz e esquecendo dos problemas. Não precisava ter Tamara envolvida em qualquer assunto que envolvesse os vampiros ou até mesmo seu ex-namorado, o tal de Ian. E por lembrar de Ian, estamos tentando contato com ele, mas não conseguimos; ele ficou incomunicável. O pior é que não podia mandar nenhum dos meus guardas atrás dele, pois eles poderiam não retornar.Passei um dia trancado no meu escritório com meu pai e meu sogro. Tulio e Eliot também es

Meu mundo tinha desabado sobre meus pés. Acordar e ver Tamara dormindo ao meu lado era uma das coisas mais maravilhosas que já aconteceram em minha vida, mas aquela sensação foi arrancada de mim. Foram três dias sem notícias, sentindo a ausência dela como uma dor cravada em meu peito, dor essa que era infinita, pois, sem ela ao meu lado, eu apenas existia. Estava um caos em minha alcateia; todos os meus guardas e soldados ficaram em alerta, esperando por qualquer ordem. Meus planos eram ir atrás de Tamara o quanto antes, mas, para isso, precisaríamos de toda a ajuda possível.Tentei entrar em contato com Ian, mas seu celular continuava desligado. Então, recorri à única opção que me restava. Se fosse para trazer Tamara de volta para mim, eu até faria um pacto entregando a minha vida pela dela. Pedi ao meu pai que chamasse nossa última opção e, pela Deusa, eu esperava que essa pessoa pudesse trazer de volta todo o sentido da minha vida.— Oi, meu filho! — Papai entrou em meu escritório.

Pensei que nunca mais sentiria a sensação de ficar trancada em uma cela, mas a sensação pior era não saber onde estava; era não ter notícias das pessoas que amamos. Dentro daquela cela, eu não conseguia saber quantos dias ou horas já tinham se passado, e tudo era um gatilho para eu ficar ainda mais ansiosa. Desde o dia em que me jogaram naquela sala, ninguém mais entrou; estava apenas eu e Ian, que se encontrava um pouco melhor, mas ainda tinha ferimentos por todo o seu corpo. Ele dormia muito, e o que mais me preocupava era que Ian não estava conseguindo entrar em contato com o lobo dele; tinha certeza de que era por causa do veneno em seu corpo. — Acho que era esse teu jeito que me fez esquecer tudo que me movia e querer ter uma vida contigo. — Estávamos sentados um ao lado do outro. — Que jeito? — Tentava ao máximo chamar a atenção dele para mim, pois meu medo era grande de que ele fechasse os olhos e não os abrisse mais. — Essa tua forma de demonstrar tudo o que sente apenas

Aproximamo-nos mais da casa onde Ravenna disse que era o local onde Tamara estaria. Meus nervos já estavam à flor da pele; meu coração mandava que eu fosse atrás dela e não esperasse mais nenhum segundo. Já minha razão dizia que, se eu agisse precipitadamente, poderia colocar tudo a perder. As palavras que meu pai me disse na porta da casa da alcateia, antes de sairmos para resgatar minha deusa, não saíam de minha mente.— Sei que, em algum momento dessa operação, teu amor por ela vai gritar alto, pedindo para você agir rápido; porém, meu menino, é isso aqui que você deve ouvir. — Ele colocou o dedo na minha cabeça. — Jamais deixe isso aqui tomar as rédeas da situação. — Sua mão saiu da minha cabeça em direção ao meu peito.E ele tinha razão; se eu fosse ouvir meu coração, todos os meus soldados já estariam mortos. Eu respirava fundo, tentando manter a concentração. Estávamos todos em alerta, esperando o momento certo para agir, e minha pretensão era que o máximo de lobos vivos voltas