Hardin Holloway – Eu não sei como eu consegui ser tão idiota. – Eu ri. – Eu nem sei se você está conseguindo me ouvir, Maila. Mas eu estou com tanta raiva de você agora. Eu me sentei ao lado dela, como costumava fazer todos os dias. Hoje, em especial, era diferente. Mais doloroso. Não por que aquilo me magoava. Eu não sentia mais nada por ela a muito tempo. Mas descobrir que tudo que eu vivi. Tudo que eu deixei de fazer por ela. O quanto eu fui fiel, o quanto eu dei de mim. E agora? Agora eu descubro que foi tudo mentira. – Desde que eu soube que nós nunca fomos um casal, queimei as nossas fotos. Não é a coisa mais idiota que você já ouviu? Eu guardei as nossas fotos antigas. – Passei as mãos pelo cabelo, e então, eu voltei a encarar aquela mulher. Estava tão diferente. As cicatrizes no rosto que era tão perfeito. Aqueles tubos passando por ela. Aquela coisa estranha que entrava pelo pescoço cortado desde a última vez. Eu não conseguia imaginar o quanto aquilo parecia doloroso. – E

Hardin Holloway Uma rosa... Eu esperava que ela fosse o suficiente. Levando a peça única nas minhas mãos, ela tinha a cor do signo da Livy. Eu nunca acreditei em horóscopo. Ainda não acredito. Mas eu gostava de pensar que ela teria ficado feliz pelo cuidado com as escolhas. Um tipo de buque para cada pessoa que já foi importante na vida dela. Livy sempre se atentou a esse tipo de coisa, e eu não ligava a mínima. Agora, eu havia passado um dia inteiro pesquisando sobre isso, apenas para enviar as flores certas. Eu me sentia um tanto estupido por tentar mais uma vez, depois de tantas recusas que eu já recebi. Eu sei, ela só quer ser minha amiga, pela nossa filha. Mas, eu tinha que tentar. Eu não podia viver com esse remorso. Eu estava quase entrando no prédio da Livy, mas parei para ajeitar a gravata na frente do espelho na fachada do prédio. Meus reflexo estava bem ali, em perfeito estado. Eu estava exatamente como havia imaginado, exceto pelo nervosismo. Mas, o espelho também troux

Hardin Holloway. Eu não queria vir nessa droga de coquetel, mas o idiota do Heric me convenceu. Agora eu entendi por que não queria vir. Eu estava pressentindo que algo daria muito errado. Que merda... Eu olhei nos olhos da Livy, e ela tinha aquele brilho no olhar. Estava prestes a chorar? Ela estava emocionada? Eu não sabia, mas eu estava. Se eu cometi um crime por tudo que fiz, estava pagando aos poucos, da forma mais dolorosa e intensa que eu poderia. Eu sentia as pontadas no meu peito, como se estivesse sendo golpeado. Eu estava morrendo, bem ali, diante de todos. Olhando no fundo dos olhos dela, eu procurei por respostas. Por que, nós parecíamos nos amar tanto, mas ficar juntos... Ah, isso estava fora da realidade. Os aplausos me irritavam. Eu estava a beira de ficar louco. Então, ele disse algo no ouvido dela, e Livy colocou seu sorriso amarelo nos lábios. Aquilo me deu alguma esperança. Ela não estava feliz? Bom, aquilo não durou muito tempo. Não, quando ele a segurou pela

Maila... O movimento das pessoas me deixava estressada. Que droga! Eu nem conseguia me mexer. O bebê irritante não parava de chorar, e estava bem ao meu lado. Quem o colocou aqui? Quem foi o idiota? Eu estava tão brava, e só queria me levantar e jogar alguém pela janela, mas eu não movia um único músculo, não importava se estava o tempo inteiro tentando. Alguém entrou no meu quarto, mas eu não conseguia ver quem ela era. Eu só sabia que aquele cheiro doce invadiu o meu nariz, se impregnando nos meus pulmões. Eu cuspiria nessa mulher se pudesse mexer meus lábios. Apenas os meus olhos se movimentaram, e quando ela entrou no meu campo de visão, eu senti que estava a beira de explodir de ódio. – Oi, Maila... – Aquela voz irritante... Eu conhecia bem aquela voz. E por que eu não era mais o estorvo, se era exatamente o que eu havia me tornado? Ela parecia ter previsto isso, como se fosse planejado. Talvez... Talvez isso tenha sido, por ela. Eu a encarei, tentando gesticular meu ódio, m

Livy Clarke. Eu entrei naquele carro praticamente coagida. Aquela foi a condição para não levar o Hardin preso. Agora, eu estava nas mãos do Lewis mais uma vez. Eu não fazia ideia de como ele havia conseguido os papeis, mas agora, ele podia provar que eu nunca havia estado sem memoria durante o julgamento. Isso acabaria comigo se ele divulgasse, e ele seria muito capaz se eu o deixasse. A angústia tomou conta de mim. Eu não queria estar com ele, mas era obrigada. Eu fui levada até a cobertura de um hotel. Eu tive que deixar a minha filha com o pai, enquanto saia com outro homem e que não era com quem eu queria estar. Lewis passou o braço pelo meu ombro, me abraçando. Eu me senti dentro de uma prisão. Eu nem sabia por que havia começado algo com ele. Agora eu podia ver quem realmente ele era. Eu sentia tanto, tanto nojo... Eu só precisava juntar alguma prova do que ele fazia, e eu teria a solução para os meus maiores problemas. – Você está chateada comigo? – Ele disse aquilo como