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Todos os capítulos do Um CEO em minha vida: Capítulo 41 - Capítulo 50
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41. Um coração que sangra, parte 2
Archie— Levanta — manda Ane, mas apenas viro para o outro lado e ignoro o seu pedido. Não quero ir para lugar nenhum hoje, só ficar na minha cama é o bastante por enquanto. — Archie, se você não sair da cama, vou jogar um balde de água na sua cabeça.— Me deixa em paz, Ane — peço, me sinto um babaca por reclamar com ela dessa maneira quando está somente tentando me ajudar, mas hoje é um péssimo dia. Quero só dormir para que ele passe sem que eu veja.— Não posso, você é meu irmão e eu te amo — declara, também a amo, nunca negaria, entretanto, agora sinto mais raiva da sua tentativa de me tirar da cama do que do amor que cultivamos como família.— Me deixa — repito, no entanto, acabo me virando ligeiro, um instinto automático depois dela dar uma mãozada nas minhas costas. O local arde, todavia, é menos doloroso do que o meu coração. — Que caralho, Ane.— Levanta — ordena, dessa vez, no segundo em que vejo o seu rosto e como ele se contorce estranhamente enquanto ela tenta não chorar,
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42. Um coração que sangra, parte 3
ArchieEm que momento as coisas saíram de controle?Ter a minha irmã chorando novamente nos meus braços, dessa vez não por um bom motivo, mas por um aborto espontâneo, faz com que mais pedaços do meu coração sumam.Da primeira vez, foi dito a ela que, devido ao estresse contínuo causado pelo luto, seu corpo não conseguiu manter o feto, não só ela, mas toda a família recebeu o golpe da perda muito em cima do ocorrido com Kalissa. Estávamos tentando nos recuperar e a breve esperança que surgiu foi tomada de todos.Ane sofreu, no entanto, continuou apenas se apegando no seu trabalho. Fez o seu melhor para enfrentar todos os dias da melhor maneira que podia. Podia não ser uma gravidez planejada, porém, se animou com a possibilidade de ser mãe.Três meses depois, ela foi surpreendida de novo. A apoiamos, ouvindo muitos conselhos, ela diminuiu o seu ritmo. Esperava que dessa vez as coisas caminhassem bem, no entanto, não foi o que recebeu. Na segunda vez, ela ficou desiludida.A energia gas
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43. Um coração que sangra, parte 4
ArchieSento-me no banco experimentando uma sensação amarga na boca.O que acabei de fazer? Ainda consigo ver o rosto assustado da mulher depois que agarrei o seu braço. Devia ter ido direto para o estacionamento depois que Kenneth me liberou, mas como decidi dar uma volta em torno da quadra, acabei cometendo um engano.Como posso ter pensado que aquela mulher era a Kalissa?Ela se foi, ninguém volta dos mortos.Sei que, mesmo depois de ter pedido desculpas, a mulher continuará receando pela aproximação de outras pessoas, porque coloquei esse medo em sua cabeça. Que belo bastardo eu sou.Baixo a cabeça, apoiando os cotovelos em minhas pernas e sorrio, apesar das lágrimas descendo por meu rosto. Ninguém nunca me disse que demoraria tanto para eu me sentir meio inteiro de novo.Todos os pedaços que a minha família tenta reunir estão caindo aos meus pés.É minha culpa? Sou aquele que está se segurando a dor porque não quer enfrentar outras situações? O que eu deveria fazer agora? O burbu
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44. Um coração que sangra, parte 5
ArchieNão foi difícil segui-la.Ela manteve seus passos lentos para que não precisasse me dar muitas instruções.Quando parou, foi porque um homem começou a falar com ela.— Trazendo um homem para o trabalho, logo você — diz com o seu tom divertido e esperando não causar problemas para ela, decido por me livrar da cobertura que vinha usando. Será ainda mais complicado se ele pensar que sou um estranho. — Uau, oi, bonitão.— Deixe ele, chefe, só precisa de alguns minutos antes de ir para casa — fala a estranha e, depois de ver um aceno do homem que chamou de chefe, volta a me guiar. Entretanto, antes de segui-la, meus olhos puderam pescar muitos detalhes do ambiente e é bem diferente do que esperava do local de trabalho dela.Mas que tipo de conclusão posso tirar quando não faz tanto tempo que nos encontramos? Não sei nada dela, apenas me apeguei à gentileza que mostrou a mim.— Pode esperar aqui por enquanto — fala, indicando que me sente em uma das cadeiras em torno da mesa. A mulhe
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45. Uma luz no fim do túnel, parte 1
ArchieNão precisava que ela continuasse cuidando de mim, mas acredito que é impossível para ela ver uma situação problemática e não se envolver, é a única explicação na qual consigo pensar.O que uma pessoa comum teria feito no lugar dela? Se envolver com um estranho, trazê-lo para perto, é muito mais do que outros se disporiam a fazer, mas ela não comenta nada sobre retribuição.É um poço de bondade por acaso?— Se quiser pode continuar aqui ou então pode se sentar em uma das mesas lá fora — propõe uma solução que vejo como adequada, afinal sou um estranho enfiado no seu ambiente de trabalho e ainda que o seu chefe não tenha lhe criticado, o melhor que faço é impedir que haja motivos para reclamações.Apenas no caso de a sua ajuda acabar retornando para ela como um malefício.Não sou uma criança, preciso me ajustar aquilo que acabei de fazer.Creio que a maioria das possíveis consequências foram minimizadas.— É melhor sair, até que possa ir para casa — profiro, porém, minhas palav
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46. Uma luz no fim do túnel, parte 2
Archie— Hum, esse lugar é bem interessante, quem diria que eu veria o meu irmão aqui — brinca Undine e seus olhos analisam cuidadosamente os arredores. Talvez eu devesse ter ignorado a sua ligação.Nada disso aconteceria se eu tivesse ignorado a sua ligação!Como atendi, usando seus superpoderes de irmão, notou a estranheza na minha voz. Como um cachorro, farejou o problema e me seguiu para ter a oportunidade de resolvê-lo com suas próprias mãos.Contudo, eu passei da fase em que preciso que me arranque do lugar.— Nunca pensei que veria meu irmão mais velho em um café cosplay — zomba outra vez. — Mas o lugar é bem legal. As garotas são lindas, os homens também — elogia, com seus olhos derramando a sua animação. — Como acabou aqui? — pergunta-se e o motivo para estar sentado aqui chega a nós como um flash.— Que bom que não está sozinho — murmura Chelsea bem baixinho. — Mas como estão aqui preciso seguir com o meu trabalho, espero que não me interpretem mal — esclarece a situação lig
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47. Uma luz no fim do túnel, parte 3
ArchieEu possivelmente estou louco, mas continuo fazendo visitas esporádicas no trabalho de Chelsea. Ela não tem qualquer problema com isso, já que sou um dos clientes, entretanto, às vezes me sinto como um esquisito.Não sei uma maneira melhor de interagir com ela, e Chelsea não se incomoda com minhas atitudes. Sei que seria franca caso esteja passando dos limites, e eu tento respeitar qualquer sinal de incômodo que demonstre, afinal, não sou um babaca.— Ah, o namorado da medusa está aqui de novo — fala um trio de mulheres passando por mim e acenam rapidamente, sequer me dão tempo de corrigir o que acabaram de falar.Essas palavras podem acabar causando um problema para Chelsea se ela for mal interpretada, e é tudo que menos desejo no momento. Falar com ela continua sendo confortável, por isso faço com que esses encontros aconteçam, não tem outros motivos por trás.Apoio uma palma contra os meus olhos e me questiono mentalmente se eu deveria falar para Chelsea sobre o que ouvi. Cor
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48. Inacreditável
AtualmenteChelseaSei que tudo o que Archie diz não é mentira. Uma parte minha tem certeza disso, mas francamente não me lembro desses acontecimentos. Quem sabe por ser um período tão complicado da minha vida, já que trabalhava tanto.Também teve uma época em que minha irmã adoeceu e eu só conseguia pensar nela. Deixei de trabalhar no café momentaneamente, e nesse tempo é provável que nós nos afastamos. Super compreensível, já que éramos conhecidos.— Sei que pode parecer estranho, mas eu ficava muito confortável com você — fala, parece temer que eu diga que é um mentiroso. Sendo que, na verdade, toda a sua história pode ser um dos motivos para que eu não tenha o rejeitado.Alguma parte do meu cérebro deve se lembrar de que tínhamos um relacionamento amigável. Ao invés de ser comovida pelo rosto bonito dele, um pedaço da minha mente queria que percebesse quem é.A imagem de um homem chorando no meio da rua não é fácil de esquecer.— Foi estranho quando fomos nos afastando, passei por
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49. Ele me enlouquece, parte 1  
Chelsea— Eu que vou jogar, mas é você que parece mais nervosa — profere Yahya sentando-se do meu lado e eu gostaria de dizer uma piada, mas minha mente ficou mais confusa desde que descobri que Archie e eu já nos conhecíamos.Sei que tem coisas que são impossíveis de ignorar, mas meu coração ficou mais maluco, como se tivesse achado a abertura perfeita para agir. É uma bagunça, e enquanto continuo o olhando não me recomponho, por conta disso, pensei que me afastar um pouco seria uma alternativa.Deixei ele cuidando de Melissa enquanto os membros do time tentam não morrer de fofura olhando para minha filha e vim tomar um ar, mas é claro que o meu amigo notaria que tem algo estranho comigo.O ponto é: que parte minha não enlouqueceu?— Quer um resumo em um minuto ou uma piada ruim? — Pergunto e o modo como ele finge pensar na resposta a dar, faz com que me sinta mais aliviada. De toda maneira, Yahya estará do meu lado.— A piada ruim — fala e reviro os olhos.Ao invés da piada, começo
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50. Ele me enlouquece, parte 2
Chelsea— Sinto que a minha cabeça continua vibrando — falo e Archie sorri. Ele não foi até as arquibancadas comigo para que o som alto não incomodasse Mel. Nós nos revezamos, mesmo que a ideia não tenha parecido boa para ele.— As pessoas estavam bem animadas, apesar de não ser um jogo oficial — comenta ele colocando Melissa na cama e preciso controlar os meus batimentos, já que eles se tornam insanamente altos depois de vê-lo tirar a sua camisa.No meio do caminho até o elevador, Melissa acabou golfando na sua blusa. O cheiro não é agradável, sei muito bem, mas ele em nenhum momento reclamou. Mostrou mais uma vez que está acostumado a lidar com uma criança.Porém, por que tinha que lançar um ataque assim que entramos no quarto?— Se importa se eu tomar banho primeiro? — Pergunta, quando já começou a tirar suas roupas. Isso não é meio injusto? Como eu poderia dizer que devo ir primeiro?— Não, pode ir — digo e me aproximo de onde colocou Melissa depois de deixar a bolsa que havíamos
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