Ao ouvir essas palavras, um vislumbre de dor passou pelos olhos de Iolanda. Já se passavam dois anos e Aurora ainda não conseguiu reconhecer Anselmo. Ele era muito apegado a Aurora, frequentemente se sentava em casa à espera dela. Iolanda se agachou, afastou gentilmente o rosto infantil de Anselmo com a mão e sorriu, dizendo:— Que tal eu esperar com você por Aurora? Pode ser?Anselmo acenou com a cabeça, obediente. Pouco depois, ele viu o carro de Aurora chegando. Seus grandes olhos negros e brilhantes se arregalaram e, então, com um sorrisinho, ele disse:— Mamãe, tia Aurora chegou, vou encontrar ela.Iolanda deu um tapinha na cabeça dele e disse, sorrindo:— Corra devagar.Assim que Aurora desceu do carro, viu Anselmo correndo em sua direção como um passarinho, gritando enquanto corria:— Tia Aurora, por que você demorou tanto? Eu senti tanto a sua falta.Aurora imediatamente se abaixou e o abraçou, beijando suas bochechas rechonchudas e dizendo com um sorriso:— Meu querido, desc
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