Breno escolheu suas palavras com precisão, referindo-se à Gabriela como sua avó de parentesco, sem mencionar simplesmente que ela é sua avó.Francisca sabia que Breno certamente conheceu Gabriela online, mas não sabia o que dizer. Breno então falou:- Mãe, se a avó não for gentil com você, eu não a reconhecerei. Se ela ousar te maltratar, me avise, eu te protegerei.Ao ver a expressão séria de Breno, Francisca sentiu um genuíno alívio. - Fique tranquila, eu posso me proteger, não vou deixar ninguém me maltratar. - Instruindo-o novamente. - Nos últimos tempos, fique perto da tia Claudia e não dê problemas a ela.Claudia, que estava ouvindo ao lado, corou de vergonha. Sinceramente, na verdade, era ela quem estava causando problemas para Breno. Se não fosse por ele, ela nem saberia como responder às perguntas dos mais velhos. E o pai também só estava sendo gentil com ela por causa de Breno.- Fique tranquila, Breno é mais responsável do que nós adultos. - Disse Claudia.Claudia ainda quer

Gabriela pegou o documento confusa e abriu para ler, para sua surpresa, era uma carta de um advogado. Na carta, estava escrito que antes de falecer, Domingo deixou um testamento onde todo o seu patrimônio seria dado a Francisca. Agora, Francisca queria que Gabriela e Lorenzo devolvessem todas as propriedades do Grupo Oliveira. Isso acontecia porque quando Gabriela se casou com Domingo, não era querida pelo pai de Domingo, então eles assinaram um acordo pré-nupcial, onde todos os lucros da empresa Grupo Oliveira pertenciam somente a Domingo e não tinham relação com Gabriela. Portanto, o testamento que deixava todo o patrimônio para Francisca era válido.- Essa maldita garota, ela realmente ousou me processar! - Xingou Gabriela.Cristina resmungou friamente:- Mãe, você precisa resolver essa situação adequadamente, caso contrário, isso também afetará a empresa do pai.Cristina sabia que Alex chegou até onde estava agora graças a Gabriela, então ela lhe deu alguma consideração. Mas desde

Admir falou e, de repente, a porta foi empurrada e Antônio estava parado na entrada:- Escondendo algo?Assim que soube que Admir estava lá, Antônio voltou imediatamente. Admir virou-se para ver Antônio e um olhar frio passou por seus olhos:- Irmão, você voltou. Eu estava prestes a perguntar para minha cunhada como você consegue trabalhar sem enxergar.As sobrancelhas de Antônio se franziram ligeiramente:- Se há algo a ser dito, diga lá fora.Somente então Admir se levantou, lançou um olhar para Francisca e seguiu Antônio para fora. Lá fora, a neve caía em profusão. Os dois irmãos saíram, mas não pareciam harmoniosos.- O que você quer afinal? - Perguntou Antônio.Francisca não estava presente, e Admir não tinha mais vontade de continuar fingindo. Ele falou calmamente:- Não foi isso que eu disse antes? Eu quero recuperar o que é meu. Irmão, desde que éramos crianças, você sempre pegou tudo de bom. Agora você quer levar minha Francisca também. Isso é justo?Antônio riu levemente, zom

Francisca viu que ele estava de bom humor e não insistiu mais.- O que mais o Admir disse?Antônio não conseguiu se conter e perguntou.- Adivinha.Francisca o provocou de propósito.Antônio se inclinou, a abraçou e sussurrou lentamente em seu ouvido:- Não importa o que ele disse, você tem que confiar em mim. De agora em diante, não importa o que aconteça, eu nunca mais vou te machucar.Francisca ficou um pouco confusa, por que ele usou o termo nunca mais?- Mamãe, tio Antônio. - Gritou Fábio diretamente lá de cima.Num descuido, o pai começou a agir de forma inadequada com a mãe novamente. Francisca ouviu a voz de Fábio e rapidamente se afastou de Antônio. Seu rosto ficou vermelho como fogo. Antônio ficou novamente perturbado, seu humor piorou.Fábio desceu e ficou em frente a Francisca:- Mamãe, eu também quero que você me abrace.- Tudo bem. - Respondeu Francisca.Francisca o pegou no colo. Fábio fez uma careta para Antônio, mas ele não podia vê-lo.- Tio Antônio, se você quer ser

Chegaram ao shopping Cidade Sambo. Francisca desceu do carro para fazer compras, e Simão a seguiu, de repente parando:- Tem pessoas nos seguindo.Francisca, ao ouvir isso, também parou:- Será que são os seguranças do Antônio?Francisca não gostava de ter um monte de gente a seguindo, afinal eles não deveriam estar ali.- Não, são rostos desconhecidos. Vamos fazer as compras primeiro.- Tudo bem.Francisca sempre confiava em Simão. Henrique já havia dito que vinte pessoas comuns não seriam páreo para Simão. Afinal, ele havia sobrevivido a uma pilha de cadáveres.Dentro do shopping, Francisca escolheu roupas para a família. As roupas das crianças e de Helena eram fáceis de escolher, mas quando chegou nas roupas do Antônio, ela hesitou um pouco. Antes, as roupas que Antônio usava eram todas caras e de alta costura, todas em tons de preto e branco, sem nenhuma vivacidade.Pensando nisso, Francisca escolheu algumas roupas mais baratas e em tons vibrantes especialmente para Antônio.- Simã