Todos os capítulos do Nas mãos de um CEO (Em suas mãos I): Capítulo 41 - Capítulo 50
78 chapters
41.
Assim que chegou em casa, terminou de arrumar a mala, tomou um banho e colocou uma roupa mais informal. Não queria passar a impressão que queria algo a mais depois do jantar. Como a hora combinada estava distante, resolveu conversar com suas amigas. Queria muito desabafar. Aquela descoberta era demais para manter em segredo. Queria compartilhar com as amigas e saber a opinião delas. “Meninas, já estão em casa? Preciso conversar. É urgente”, Alex digitou no grupo. “Oi Alex, cheguei a pouco. Pode falar, estou fazendo um lanche”, Carol digitou. “Cheguei em casa, o que aconteceu?”, Sato digitou. “Sabem quem é o fazendeiro que passarei meses implantando aquele sistema?”, Alex digitou. “Claro que não. Amiga, não tenho bola de cristal”, Carol digitou. “Nem imagino”, Sato digitou. “Vocês não têm nenhum palpite?”, Alex digitou. “Nenhum, fala logo”, Carol digitou. “É o Arkel”, Alex digitou. “Quem? “, Sato digitou. “O Arkel”, Alex digitou. “Arkel? O seu Arkel? O Arkel do final de se
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42.
Faltando mais de uma hora para o jantar, Alex lembrou que a caminho do hotel existia uma loja de artigos de presentes em um centro comercial. Na última vez que entrou na loja, o dono que era um homem muito simpático e de cabelos grisalhos, comentou que até o início do mês chegariam canecas com infusor de chá. Colocou uma roupa mais informal e um tênis casual de solado alto. Para terminar de se acalmar, resolveu caminhar até o hotel. Desceu até a portaria e seguiu à esquerda, após sair do prédio. Antes do centro comercial, existia um condomínio bem antigo, com moradores de classe média. A qualquer hora do dia ou ao anoitecer, principalmente durante as férias escolares, as crianças jogavam futebol e andavam de bicicleta entre os blocos de apartamentos. Ao lado, existia uma casa caindo aos pedaços. Um cachorro e um idoso carrancudo, como descreveu a senhora que, um dia parou ao lado dela, aguardando o semáforo de pedestres abrir, moravam no lugar. Não tinha como não saber sobre o cachorr
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43.
- É isso que eu preciso que você entenda, não poderemos ficar juntos nesse ... - Você pode me explicar por quê? – Arkel falou corrigindo a postura e adotando uma expressão de poucos amigos. A dor por esquecer de tomar o medicamento, as poucas horas de sono nos últimos dias e a reunião exaustiva na Corp., o deixaram irritado e para piorar a conversa tomou um rumo que não imaginou que tomaria. - Eu tenho um trabalho para executar – Alex queria que Arkel entendesse o quanto estava comprometida com o projeto. - Tem mesmo, a responsabilidade do fracasso ou sucesso do projeto será sua – Arkel queria que ela entendesse o tamanho da responsabilidade. Alex percebeu que ele se transformou totalmente. Arkel era um homem de negócios, outra personalidade, além das que já conhecia. Alex preferia qualquer uma delas, menos a que o empresário estava revelando. - Só me responda uma coisa e seja sincera: você não quer ou não pode? - Você não entende que ... – Não querer ou não poder era uma questã
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44.
Como era segunda, o restaurante tinha poucos clientes. Uma sensação de abandono e frustração caíram sobre seus ombros como uma avalanche. Alex não conseguiu mais segurar as lágrimas e desabou a chorar, como aconteceu no seu apartamento, assim que leu as notas a respeito do empresário e do grupo. Alex tomou água e iniciou, mais uma vez, o exercício de respiração para se acalmar. Não adiantou de nada. - Cooper, deixe a senhora Alex no apartamento dela e combine o horário que passaremos amanhã para pegá-la. - Senhora, Alex? - Sim, ela trabalha para mim – Arkel falou e saiu na direção dos elevadores. - Senhora, Alex – Cooper repetiu. – Para mim, é Alex. Cooper conhecia Arkel tempo suficiente para saber que as coisas não saíram como o empresário planejou. Aconteceu mais alguma coisa para ele querer atingi-la daquela forma. Aguardou alguns minutos, mas percebeu que Alex não parava de chorar. - Aquela senhora jantou com o senhor Arkel e parece que não está passando bem, não seria melhor
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A imagem dela não saia da sua cabeça e, como não conseguia se concentrar, apagou a luminária e dormiu. Quer dizer, rolou de um lado para o outro na cama e conseguiu dormir no início da madrugada. Arkel sonhou que transaram em pé no quarto do hotel que se hospedou; Alex de costas para ele, inclinada para frente e com as mãos apoiadas na parede e Arkel logo atrás com as mãos segurando os quadris dela. *** Alex chegou ao seu apartamento ... Assim que entrou no apartamento, fechou a porta atrás dela e respirou fundo. Lembrou do momento em que Arkel a segurou pela cintura assim que se desequilibrou no bar. Com as costas apoiadas na porta, deixou que as lágrimas caíssem. Após alguns minutos conseguiu se acalmar, mesmo assim as lágrimas continuaram a cair. Para se acalmar, entrou no banheiro e lembrou do momento em que Arkel a deixou de calcinha e sutiã na sacada da casa do lago, ergueu as mãos até os seios e os apertou. Após 29min desligou o registro, saiu do box e limpou o espelho embaça
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- Alex, aqui na especificação do projeto está escrito que a carga dos dados no sistema estará pronta até às 8h da manhã de segunda-feira, dia da reunião de início do projeto, que foi ontem. Até onde eu sei, porque eu estava lá, você passou o dia inteiro apresentando o projeto, ou seja, você já está atrasada. - A carga já foi feita, deixei pronta antes de sair de férias, senhor Arkel. Neste momento, Cooper a olhou pelo retrovisor e Arkel a olhou, por alguns segundos, por cima dos óculos e voltou a ler o contrato. - No contrato, está escrito que você me entregará o relatório, com a análise dos dados carregados, até hoje às 08h da manhã. Arkel esticou o braço, aproximou o pulso do rosto e consultou as horas em seu relógio. - Você tem menos de 2h para me entregar o documento. Neste momento, Alex abriu a pasta e tirou um relatório com várias páginas. - Aqui está o relatório, senhor Arkel – Alex o encarou e entregou o maço de papéis nas mãos dele. Não se importaria de chamá-lo de senho
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O verão já estava acabando e apesar de chover e refrescar um pouco em alguns dias, em outros como aquele fazia muito calor e Alex tirou o blazer. - Encaminharei o invite imediatamente, senhor Arkel – o gerente de TI do grupo Arkel falou. Assim que saíram do perímetro do aeroporto, o motorista pegou uma avenida separada por um canteiro com torres. Pelo caminho, existiam semáforos e pardais com placas de 70hm/h. Foram muitos os carros que andaram e pararam, à medida que o semáforo abria e fechava, e não eram nem 8h da manhã. A avenida era longa e Alex avistou casas, comércios, restaurantes e postos de gasolina de ambos os lados. Após alguns quilômetros entraram a direita em uma autopista. O carro da frente ditava o percurso e parecia ignorar a direita ou esquerda. Andaram por uns bons quilômetros e Alex chegou a ver placas que indicaram que faltava mais de 400 km para São Paulo. O pisca alerta do carro da frente finalmente ligou e o motorista entrou a direita em uma área apropriada p
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Assim como a secretária dele, Catarina também o tratava de forma despachada e pessoal. Eram pessoas da confiança do empresário e com certeza Catarina o conhecia há anos. - Continue Alex. Alex demorou um pouco para voltar ao assunto de onde pararam. Consultou o cronograma e continuou a explicação. - O problema não é atrasar o cronograma e nem pagar os custos, é que o Elias, aquele que chegou atrasado no meeting, foi contratado para estar aqui na próxima ... - Sim, eu sei quem ele é – Arkel lembrou do beijou e da forma intencional que Elias falou com ela. Lembrar do especialista foi o suficiente para irritá-lo. - Agende para ele estar aqui na semana seguinte. - Acontece que na semana seguinte, o Elias começará um curso fora do país, com duração de um mês. Além disso, ele já está com a agenda reservada para outros clientes para o mês seguinte ao curso. - Não existe outro profissional que possamos contratar? – Na verdade, Arkel queria mesmo é se livrar de Elias. Não se importaria se
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49.
Eles foram até Catarina que já estava com o almoço pronto e a mesa posta. - O que você tem para hoje? – Arkel deu um beijo na testa dela e abriu as panelas para olhar. - O que você gosta e um pouco mais, coma logo antes que esfrie. - A Alex vai comer em pé? – Catarina olhou séria para o empresário, vendo Alex em pé ao lado da mesa. - Fique à vontade, Alex - Arkel puxou a cadeira para ela. - Obrigada – Alex não esperava que ele puxasse a cadeira para ela, apenas estava sem jeito. - Arkel, o que aconteceu no seu rosto? - Um acidente - Arkel não desgrudava os olhos da mulher atraente, que colocava a salada no prato para disfarçar o mal jeito. Alex se perguntou quantos mais questionariam sobre o ferimento na frente dela. - Um acidente? – Catarina encostou os quadris na pia, cruzou os braços em frente ao abdômen e o encarou. - Sim, na academia. - Sei – Catarina encarou Arkel e depois Alex. O almoço foi muito agradável, a comida caseira de Catarina trouxe uma sensação de bem-estar
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50.
Admirada com o tamanho do quarto, Alex deu uma boa olhada nele, um cômodo bem espaçoso e agradável, com a janela da largura da parede. A decoração era elegante, com tons neutros e móveis de design requintado, ressaltando o bom gosto e a fortuna do empresário. O piso, em madeira, era muito aconchegante. Ao lado esquerdo da porta do banheiro, um closet imenso com prateleiras, gavetas grandes, vários cabides de veludo pendurados em cada divisão e a parte baixo com um espaço para os calçados. Alex sempre quis comprar aqueles cabides, mas o preço e suas prioridades não eram compatíveis. Alguém bateu e Alex andou até a porta. - Boa tarde, dona Alex. Um homem com uma expressão reservada, estatura média e um pouco acima do peso, aparentando uns sessenta anos e vestindo um macacão azul, falou assim que ela abriu a porta. - Boa tarde, me chame de Alex. Você é o Joseph? - Sim, me chamo Joseph. Onde a senhora quer que eu coloque esta mesa? - Aqui – ela apontou para um espaço após a poltron
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