Catarina Marchetti Despertei lentamente, os olhos piscando à medida que a luz da manhã invadia meu quarto. Minha tia, Gia, estava sentada à beira da cama, com uma expressão preocupada.— Bom dia, você pode me explicar o que aconteceu ontem à noite?Esfreguei os olhos e sentei-me na cama, tentando lembrar dos eventos da noite anterior. Meu rosto corou instantaneamente ao recordar a noite mágica que passei com Dante.— Ah tia! Você não acredita! Eu sai escondido e passei a noite com o Dante! — falei baixinho sorrindo de orelha a orelha.— Eu sei muito bem disso Catarina, acordei com uma mensagem da Cecília no meu celular falando para eu manter a vagabunda da minha sobrinha longe do irmão dela. — ela me mostrou a tela do celular.Eu franzi a testa enquanto lia a mensagem. A mensagem estava repleta de xingamentos e acusações, “vagabunda” era elogio perto do que ela tinha escrito. Fiquei chocada, lembrando da confusão que ela arrumou de madrugada com o irmão, e com raiva por ela estar se

Dante BaldiniEu estava absorto em meus próprios pensamentos quando ouvi a notícia. Eu havia sido frio e grosso com Catarina, magoando profundamente seus sentimentos, acreditando que isso a afastaria. Mas agora, ao saber que ela estava de mudança para a mesma cidade, meu coração disparou, e senti um misto de choque e confusão.Eu havia imaginado que, com ela indo embora, seria mais fácil esquecê-la, enterrar as lembranças e superar o que haviamos compartilhado. Porém, a realidade era diferente, e eu não sabia como seria capaz de lidar com a proximidade constante de alguém que mexia tanto com meus sentimentos.Além disso, um medo me atormentava: e se Catarina decidisse contar para alguém sobre o que aconteceu? Eu não estava preparado para enfrentar a exposição pública de seus segredos e as consequências que isso traria, e essa perspectiva me deixava ainda mais inquieto diante da decisão de Catarina de se mudar para a Itália.Alguns dias se passaram, e eu tentava não pensar muito, mergul

Catarina MarchettiDurante o almoço com meu pai, olhei para ele ansiosa, e disse:— Pai, acho que está na hora de eu ir para o Brasil buscar as minhas coisas.Ele assentiu, mas com uma expressão preocupada.— Você sabe como sua mãe se sente em relação a isso, Catarina. Ela não está muito feliz com a ideia de você se mudar. Quando eu liguei para conversar com ela sobre isso, ela surtou brigando comigo. Eu te apoio mas você vai ter que resolver isso com ela.Eu suspirei, compreendendo a preocupação da minha mãe. Nesse momento, a tia Gia entrou na sala, ouvindo a conversa.— Bem, por que não deixamos que eu e o Marco vamos junto com Catarina? Podemos conversar com a sua mãe, tranquilizá-la e assumir a responsabilidade por você aqui.Olhei surpresa para minha tia, agradecida pela proposta. Meu pai sorriu, concordando. — Isso pode ser uma boa ideia. Vai tornar as coisas mais fáceis.— Então está decidido, amanhã vamos todos juntos convencer sua mãe! — ela estava determinada.Durante o voo

Dante BaldiniEu me encontrava em um dilema interno, imerso em pensamentos tumultuados sobre o casamento que minha mãe estava ansiosamente organizando. Embora a tradição e as expectativas familiares pesassem sobre meus ombros, uma sombra de desânimo obscurecia minha alma.Caminhando pelos corredores frios da mansão, os ecos dos preparativos nupciais penetravam meus ouvidos, aumentando minha sensação de aprisionamento. Eu me perguntava se o matrimônio deveria ser uma celebração do amor ou uma transação social, uma aliança costurada pelos interesses da família.Ao contemplar a mulher que seria minha futura esposa, senti uma falta flagrante de conexão. A frieza nos olhos dela refletia a ausência de entusiasmo compartilhado, e isso deixava um gosto amargo em minha boca. O casamento parecia ser mais uma formalidade vazia do que uma celebração de união verdadeira.Apesar disso, eu tentava persuadir a mim mesmo de que essa era a decisão correta. A voz da minha mãe ressoava em minha mente, i

Catarina MarchettiEu observava Dante cuidando do Ventania, perdido em seus próprios pensamentos. Meu coração se aquece ao ver a atenção carinhosa que ele dispensa ao animal. Antes que eu pudesse me aproximar, meu pai me chamou.— Vamos principessa! Vamos comemorar sua mudança! Minha família e os amigos do meu pai estavam todos ali para jantar, a animação tomava conta do ambiente, e aproveitei para interagir com todos. Dante chegou agora mais descontraído, participava das conversas e ria com os familiares. A mudança nele não passou despercebida por mim, que o observa de longe, satisfeita ao vê-lo mais leve. Gia, percebendo a transformação de Dante, se aproximou de mim e comentou em voz baixa:— Você notou como ele parece mais relaxado perto de você? Acho que sua presença está fazendo muito bem a ele.A confusão tomou conta de mim ao notar a aparente felicidade de Dante, contrastando com a frieza de sua última conversa. Ele era doido ou eu não estava sabendo de algo. Até que eu escuto

Dante BaldiniEu senti um turbilhão de emoções ao beijar Catarina. Nossos lábios se encontraram suavemente, e a textura da pele dela era como seda sob meus dedos. O aroma único de Catarina envolveu-me, tornando o momento ainda mais envolvente. O beijo foi ficando mais intenso, quase furioso, ora na boca, pra eu descia até seu pescoço.Eu experimentava uma sensação vertiginosa ao tocar sua pele, como se estivesse flutuando nas nuvens. Cada contato dos dedos de Catarina em minha pele provoca arrepios elétricos que me fazem sentir-me eletricamente carregado. O interior do carro torna-se um santuário íntimo onde o calor de nossos corpos se mescla, transformando a atmosfera em algo palpável. Enquanto nos beijamos, meu corpo parece estar em chamas, uma combustão lenta e intensa que consome qualquer pensamento racional. Nós estávamos envolvidos em uma dança ardente, e eu queria explorar ainda mais seu corpo. Desci minha mão pelo corpo dela, até chegar no meio de suas pernas, que já estava ú

Catarina MarchettiFazia dias desde que me mudei definitivamente, e estava começando a me acostumar com a rotina de passar os dias com meu nonno. Nós passávamos o dia assistindo televisão, as vezes eu lia livros para ele, caminhávamos pela propriedade e eu desabafava com ele. Ele não falava mais, mas eu via que ele me entendia quando ele me olhava e assentia pegando na minha mão. Durante a noite, meus tios se revezavam para dormir aqui com a gente, acho que ainda estavam tensos pelo roubo.No final de semana, meu pai e minha madrasta foram passar o dia com meu nonno e comigo, mas como eu não me sentia à vontade com a Elma, eu decidi ir até o estábulo, e me deparei com Dante cuidando do Ventania. Ao me aproximar, encontrei Dante dedicado, dando um banho meticuloso no equino. O brilho do sol destacava os contornos de seus músculos, sem camisa, e suado, eu havia esquecido como ele era gostoso.Nossos olhares se encontraram, e um sorriso tímido surgiu nos meus lábios quando uma expressão

Dante BaldiniSenti um nó na garganta enquanto me aproximava do altar, um peso silencioso em meu peito. A tradição ditava que eu me casasse com Beatrice, mas meu coração resistia a essa imposição. Seus olhos vagueavam pela igreja, buscando algo, alguém que parecia não estar lá.A atração por Catarina me confundia, uma teia de sentimentos que eu mal compreendia. Ainda assim, sabia que precisava esquecê-la e seguir o caminho que a sociedade esperava de mim. A família de Catarina preenchia a igreja, mas ela não estava ali, testando a minha paciência.Ao chegar na metade do caminho até o altar, meus olhos se encontraram com uma mulher, e a surpresa me atingiu. Sem sombra de dúvidas, era ela, mas estava diferente, seu cabelo, antes castanho, estava agora tingido de loiro, destacando sua beleza de maneira provocante. A visão mexeu comigo, despertando emoções conflitantes.Enquanto aguardava a entrada da noiva, Catarina permanecia de pé, exalando uma aura de sedução que me fazia questionar mi

Catarina MarchettiEu observava Dante de longe, meu coração apertando com a notícia de que ele estava prestes a se casar com outra pessoa. Uma mistura de emoções tomou conta de mim: tristeza, raiva e uma pitada de resignação. Respirei fundo, sentindo a necessidade de seguir em frente, mesmo que isso significasse deixar para trás uma história que parecia eternamente entrelaçada com a minha.Ao me deparar com os detalhes do casamento iminente, eu não pude evitar um nó na garganta. As lembranças dos momentos compartilhados com Dante se misturaram com a amarga realidade de que ele estava prestes a iniciar uma nova vida ao lado de outra pessoa.O convite de Gia para ver a roupa que usaria no casamento de Dante me pegou de surpresa. Respirei fundo, decidindo enfrentar a situação de frente. Ao chegar à casa da tia, fui recebida com um misto de ansiedade e curiosidade.— Bambina como você está? — ela parecia com pena de mim.— Eu estou bem, ansiosa para a festa. — tentei falar com a minha voz

Dante BaldiniEnquanto nós dançamos, o cheiro irresistível de Catarina preenche meus sentidos, uma mistura de fragrâncias que me deixa embriagado. Ela vira de costas e rebola, roçando a bunda em mim. Eu agarro seus quadris segurando para mantê-los ali, e ela levanta os braços passando pelos meus cabelos.Seduzido pela dança e pelo aroma envolvente dela , observo enquanto ela prende o cabelo em um coque, revelando a nuca exposta pelo grande decote nas costas de seu vestido. O calor da pista de dança faz com que Catarina fique suada, e o cheiro sutil de sua pele misturado ao perfume instiga os meus sentidos.Tomado pela intensidade do momento, eu me aproximo ainda mais e, incapaz de resistir, passo o nariz pela nuca dela, buscando absorver cada fragrância que a dança e o calor deixam em sua pele. Esse gesto impetuoso intensifica a atmosfera sensual da dança, enquanto eu me deixo levar pelas sensações, mergulhando em um instante que desafia as convenções e as restrições impostas pelo m