Thiago CavalcanteEu estava em casa, sozinho, afundado em pensamentos e uísque. O líquido âmbar queimava a garganta, mas era um alívio temporário para a dor que eu sentia dentro de mim. O Natal, que deveria ser um momento de alegria, estava manchado por uma confusão que eu não conseguia compreender.Relembrava os momentos felizes que tive com Jessy, quando éramos uma família completa. Sua risada ecoava em minha mente, e as imagens de nós três juntos, felizes, eram como um punhal no coração. Peguei o uísque novamente, tentando enterrar essas memórias, mas elas persistiam, como fantasmas do passado.Fui abruptamente retirado de meus pensamentos quando Berta entrou na sala, carregando uma caixa de presente. Franzi a testa, não esperava receber nada.— Isso é para você. — Ela estendeu a caixa.— Não preciso de presentes, Berta. — Minha voz soou áspera.— Não é para você, é para o Pietro. — Ela explicou. — Isabel pediu para entregar a você. Disse que era para abrir sozinho.Aceitei a caixa
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