Orion BlackEstamos sentados na sala de espera de um hospital materno com os nervos à flor da pele. Realmente não foi combinado, mas Lorenzo estava comigo quando recebi a notícia de que Lilian estava em trabalho de parto.Nesse exato momento, eu, Lorenzo e Guillermo estamos sentados um ao lado do outro, nervosos e em silêncio, esperando ouvirmos algum choro da sala de parto.Há exatas 4 horas, Lilian me ligou enquanto eu estava na empresa. Por conta da sua dificuldade em dirigir, ela decidiu que iria trabalhar em casa e com isso ficou comprometida em me ligar caso precisasse de ajuda, mas o que eu não esperava é que sua bolsa iria romper durante uma reunião com um novo cliente e Lorenzo estava presente.Eu estava apresentando a proposta quando vi que meu celular acendeu a tela, mas prossegui a apresentação, pois se fosse algo urgente iriam ligar para Judith.Para minha felicidade, a proposta havia sido aprovada, os clientes estavam muito satisfeitos com as soluções que apresentei a el

Orion Black Assim que fomos liberados para entrar no quarto de visitas, eu e Lorenzo nos direcionamos pelo corredor e em meio a minha euforia, percebi que Guillermo não estava conosco, então voltei para a recepção e vi o exato momento em que a Doutora Caroline acenava com a cabeça e se afastava de Guillermo, que parecia atônito e surpreso com algo e franzindo a testa, eu o chamei: — Vamos, seu puto. Vamos conhecer minha princesa. Nesse momento, Guillermo virou para mim e sorriu, mas pude perceber que não era o seu sorriso costumeiro. Algo aconteceu aqui, mas seja o que for, conhecendo Guillermo como conheço, ele vai falar depois. Assim que atravessei o corredor, minha cunhada e irmão estavam na porta me aguardando, Guillermo ficou para trás e eu abri a porta com minhas mãos trêmulas sentindo o nervosismo e ansiedade saírem por cada poro do meu corpo, e assim que atravessei a porta, eu engoli em seco quando vi pela primeira vez o retrato de amor mais lindo que vi em toda a minha v

Guillermo Ruschel Já faz alguns anos que não me sinto descontrolado a tal ponto como vem acontecendo nesses últimos dias. Confesso que não sei me portar diante das outras pessoas, pois nenhuma delas merece ver o quão incomodado e ressentido eu estou. Elas não merecem nem saber a dor que sinto sempre que a vejo. Mas não tem como fugir disso, ou eu encaro ou fujo. E nem fodendo vou ser considerado o fujão da história. Engulo o whisky que tem no meu copo enquanto meus olhos vão além da visão panorâmica à minha frente. Meus pensamentos me fazem sentir uma angústia tão profunda que não sinto nem vontade de sair de casa, o que é muito estranho, eu sei. Por isso estou sem atender as ligações insistentes do meu melhor amigo. Ao menos, eu acho que seja Orion, pois ele é o único que tem o telefone fixo daqui, e para falar a verdade, nem sei por que eu ainda tenho isso. Depositando o copo em cima do aparador, me afastei da varanda e me joguei no sofá, sentindo uma sensação ruim se apodera