Sílvio levantou a cabeça, sentindo uma dor ainda mais profunda no coração. Ele ergueu os olhos para o céu, como se assim, suas lágrimas não derramassem.Sua mão acariciava suavemente as costas de Lívia.- Olhe para cima, eles estão nos observando lá do céu.Mas Lívia se recusou a se mover, sentindo sua mente anestesiada.Como se vários pequenos seres habitassem seu interior, um xingava Aurora, outro Diogo e um terceiro Sílvio, enquanto o maior de todos repreendia a ela mesma.- Você é uma tola. Você é uma tola.Lívia dialogava com “isso”.- Sim, eu sou uma tola, eu falhei com meus filhos, não deveria ter ficado apreensiva, triste durante a gravidez, nem tão lenta, eu deveria ter percebido que algo estava errado com Diogo... - Ao terminar, ela subitamente empurrou Sílvio, retirando a certidão de divórcio. - Olhe, olhe.Ela falava com o vazio:- Eu me divorciei, não serei mais infeliz, nem tola, mas você pode me devolver meus filhos? Eu os levaria para longe da Cidade C, para um lugar on
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