Minha vida com o Otávio voltou ao normal uma semana após eu ter voltado para a minha casa, pois foi só a Lilian saber que eu não morava mais lá para dizer que queria a Lelê de volta.No fundo acho que ela sabia que poderia criar um conflito introduzindo a criança no nosso convívio direto de uma hora para a outra e achou que mandando ela para morar com o pai atrapalharia nós dois de alguma forma.Ela fez de propósito para minar nosso relacionamento, pois se o Otávio não tivesse sido compreensivo o suficiente para entender o meu lado, era bem provável que tivesse me mandado passear.Eu amo a Lelê mas as outras não conseguiram se adaptar a ser mãe por tabela, fazer tudo por ela, cuidar, amar e no final saber que nada disso a torna realmente nossa filha.Quando a Lilian soube pela própria Leonora que eu havia voltado para a minha casa, mas que meu namoro com o pai dela continuava firme e que nós vamos até nos casar, resolveu que queria a menina de volta.A princípio o Otávio não queria, s

Eu e a Natalie decidimos que vamos morar na casa dela após o casamento, mas eu vou manter o meu apartamento para os dias que a Fernanda, ou qualquer uma delas resolver que quer ficar sozinha.Para conseguir me adaptar as quatro também recorri a terapia... Eu precisava de auxílio profissional para me adaptar a convivência com uma esposa com TDI.Sempre tentei ao máximo lidar com a condição dela com todo meu amor, mas as vezes não é o suficiente... É necessário paciência, conhecimento e força de vontade para não desistir nos momentos mais difíceis.Se me perguntassem há um tempo atrás, quando eu nem sonhava em conhecê-la, se eu me relacionaria com uma mulher que tem um transtorno psicológico tão difícil desse jeito, provavelmente eu responderia que não... Mas isso só duraria até meu olhar cruzar com o dela.Sim, pois foi na primeira troca de olhares assim que ela desceu do carro, que eu a quis para mim.Aquele pequeno acidente mudou minha vida, reinventou minha história e me trouxe a mu

-Como você está em relação ao casamento ser daqui a quatro dias ?-Quase surtando, mas estou feliz !-Achei que não viria a terapia essa semana, com tantos detalhes para organizar.-Eu não poderia faltar justo hoje, as vésperas do meu dia... Precisava conversar, pois apesar de querer isso mais do que tudo, eu estou com medo.-Medo do que Natalie ?-De que a convivência diária tire o Otávio de mim ! -Querida vocês já tem um convívio diário há bastante tempo.-É diferente, agora seremos casados... É um laço muito sério.-Você acha que assinar alguns papéis vai mudar o que vocês já vivem porque ? O "laço" que tem entre os dois já existe há muito tempo e é sério o bastante não é ? -Sim, lógico que é ! -Então não entendo o que você acredita que irá mudar.-Não sei te explicar...-Tenta, afinal você mesma disse que veio aqui para conversar.-Eu moro sozinha a tanto tempo... Tanto que essa semana meus pais que já vieram para o casamento na sexta passada, estão ficando lá em casa e eu esto

É hoje ! Penso assim que abro os olhos...Estou dormindo no meu apartamento desde que os pais dela já vieram na semana passada para o casamento.Com a correria toda e a presença dos sogros nós não transamos nem uma vez e eu estou doente de saudades de estar dentro dela.Sorte a nossa que ficaremos dez dias em Punta Cana na lua de mel... Só praia e sexo.O casamento é dentro de quatro horas, meus pais pelo que eu saiba ainda nem chegaram na cidade e os dela estão aí há uma semana.O pai dela é o paizão, já deu para perceber ! Fala da trajetória dela com orgulho e se derrete em elogios quando o assunto é a filha.Também após a morte da irmã dela, os pais se concentraram totalmente nela, tudo por ela e para ela.A ligação com eles é intensa, mesmo morando longe dá para notar a afinidade deles.Claro que como se trata da minha namorada, a presença contínua deles dentro da casa dela a estressa, mas não por falta de amor e sim porque as personalidades são individualistas.Numa conversa com

Sete meses depois:Ele me olha com muito carinho enquando segura minha mão...Já tomei a anestesia e me sinto relaxar... Escolhi parto cesárea, pois quero fazer a laqueadura junto.Ele está concentrado e olhando tudo, mas não deixa de segurar minha mão e as vezes acariciar meu rosto.No tempo que estava em cirurgia tive algumas sensações estranhas... Era como se eu tivesse meditando durante todo o processo.Meu corpo ficou tão leve que parecia levitar, senti tranquilidade e paz... Eu estava consciente e vendo tudo, mas hora e outra eu ficava assim, como se tivesse em outra dimensão e foi maravilhoso.Voltei a mim quando escutei o choro de bebê, vi ele sorrindo e chorando ao mesmo tempo, escutei novamente o choro...Foi rápido na minha percepção, e logo já me entregaram ela... Tamara !A peguei no braço direito e em seguida, no braço esquerdo, a enfermeira acomodou a Maitê.Sim... Os Deuses nos deram exatamente o que pedimos lá no começo do relacionamento, duas filhas para completar no