Todos os capítulos do ÔMEGA - O destino entre duas matilhas: Capítulo 11 - Capítulo 20
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11
Respiro fundo não querendo olhar pro palito, me levanto devagar, sem querer olhar, e lentamente vou descendo meus olhos até o palito, e lá está, as temidas listrinhas bem escuras, quando verifico na caixa o que significa, meu medo se torna pavor, significa que estou esperando um filho, meu filho com Matt, meu coração para por alguns segundos, minha loba fica enlouquecida em minha mente, ela já havia notado algo diferente em nós, mas nem me informou, ela abana o rabo contente, e eu me desespero por fora, elevo as mãos ao cabelo e ando de um lado para o outro com a outra mão na boca, eu choro, choro muito, porque era uma vida que eu queria estar vivendo e compartilhando com o Matt, paro em frente ao espelho, e me pego encarando minha barriga, vendo se já dá pra peceber alguma coisa, passo a mão por cima, acariciando o pé da barriga, e sinto algo estremecer, meus olhos se arregalam de surpresa, é como se ele estivesse me confirmando que está ali, meu coração dispara e lágrimas saem descon
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Decidimos que era melhor esconder o filhote de todos, até sairmos daqui, então, minha loba camufla nosso filhote, assim, ninguém ouvirá seu pequeno coraçãozinho bater. As semanas passam e a matilha está cada vez mais agitada com a aproximação dos eventos, decido que será a oportunidade perfeita para ir embora também. Ninguém prestará atenção ou perceberá a minha falta, afinal, sou só uma ômega insignificante, isso me beneficiaria nesse momento. As semanas passaram rapidamente e a barriga já começa a dar sinais de crescimento, já sinto o bebê mexer e isso significa que já devo estar bem mais adiantada na gestação do que imaginei, nem cogitei ir ao médico para saber mais, eles me encheriam de perguntas que não saberia como responder e isso me levaria direto ao conselho. Nessa semana será o tão aguardado casamento, e meu coração dói só de pensar em Matt com outra, mas a prioridade agora é o meu filhote e somente ele. Acordo bem mais cedo que de costume, ainda está escuro lá fora, ac
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Levanto bem cedo, passo em uma lanchonete e tomo café antes de seguir viagem, nos próximos dias ficarei na floresta mesmo, isso vai me poupar tempo, de estar entrando e saindo da mata e evitando questionamentos também, a barriga já está evidente, e tenho muitos olhares sobre mim viajando sozinha, é melhor ficar pela floresta mesmo, o máximo de tempo que der. A noite paro próximo a uma clareira e com uma parede de rochas que vão evitar o vento gelado de apagar minha fogueira a noite, pego algumas madeiras e faço minha fogueira, como algo e me acomodo perto do fogo para dormir, de manhã cedo, apago as cinzas que ainda queimavam jogando terra em cima, e continuo. Já faz semanas pela mata, mas nem de longe estou perto de chegar, muito menos na metade, preciso aumentar meu ritmo, mas a barriga já está maior, me dificultando a caminhar mais rápido, sinto dores nos pés e as costas, uurghh nem se fala, me sento para descansar alguns minutos enquanto tomo minha água, o bebê mais uma vez se
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Respiro fundo entre uma contração e outra, meu corpo todo treme, procuro na mochila um pequeno kit de primeiros socorros que coloquei, e algumas toalhas e deixo próximo a mim, me acomodo em algumas pedras e lá vem mais uma, me fazendo arfar e apertar minhas roupas, tiro a calça e a roupa íntima, e volto a ter contrações, respiro fundo e tento ao máximo não fazer barulho e chamar atenção de algum predador, agora não seria o momento apropriado para isso, estou vulnerável demais, seguro meus gritos presos na garganta, enquanto outra contração me atinge, em pouco tempo, não aguentando mais, sinto vontade de empurrar, e mesmo exausta, junto todas as minhas forças e empurro, e empurro até sentir a cabeça do bebê saindo, procuro fôlego e, de novo empurro, vejo admirada o pequeno corpinho do meu bebê escorregando para fora enquanto ele puxa seu primeiro sopro de ar. O cansaço e o alívio das dores me fazem querer fechar meus olhos, respiro fundo e acomodo minha cabeça na pedra enquanto me rec
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Na manhã seguinte me levanto mais disposta, ter me alimentado e ter tido uma boa noite de sono realmente me ajudou, pego minhas coisas e retorno a minha caminhada. Já faz algumas semanas que estou na rota final para chegar a matilha, sinto o cheiro de lobos e sei que estou em terrotório novo, acho que devo estar nas fronteiras da matilha, meu pescoço se eriça, e fico em alerta total, felizmente Ethan dorme tranquilamente por dentro do casaco bem acomodado e quentinho. Minha loba me alerta para tomar cuidado, estamos em território da matilha já, caminho com cautela e mentalizo a chegada a matilha em poucas horas, finalmente minha jornada está quase acabando, espero ser recebida e aceita pela matilha. De repente meu pescoço se eriça de novo e sinto um sopro de ar, mas antes que possa me virar para ver, sou derrubada no chão e rosno tentando me defender mas, tenho várias ármas de prata apontadas para mim, deixo as bolsas cairem e levanto as mãos em rendição, lentamente sinto meu capuz
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Mas antes, eles revistam minhas mochilas e seguimos por uma trilha até chegar a civilização, a cidade é enorme e mesmo estando no meio de vários patrulheiros, as pessoas não parecem ligar para mim, o homem que ainda não sei o nome, segue ao meu lado, e eu apenas seguro firme meu bebê, querendo sair dessa chuva. Finalmente chegamos, é um prédio grande, com bastante movimentação, vários andares, subimos as escadas e logo sou guiada até a ala hospitalar, ele aponta para que me sente e chama uma enfermeira para me avaliar, mas os movimentos bruscos da enfermeira me fazem rosnar, sem saber o que ela iria fazer, novamente colocando minhas mãos na frente de Ethan, ela estranha e se afasta, mas logo percebe que não estou sozinha. “Você está com um filhote?” sua voz doce e calma, me deixa mais tranquila e apenas aceno com a cabeça confirmando. Ela sorri docemente e diz, “Me chamo Mary, posso avaliar vocês?” eu respiro fundo e abro o zíper do casaco novamente, Mary olha para Ethan e faz aquel
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Saio do banho e já vejo uma bandeja na cama, o cheiro está maravilhoso, como tudo rapidamente e assim que termino a porta se abre novamente, com o grande homem de preto entrando e dizendo, “Agora pode me responder mais algumas questões?” respiro fundo e digo “sim, o que você quer saber?”.Me ajeito na cadeira, enquanto ele caminha pelo quarto. “Primeiro, me chamo Jayden, comandante da patrulha, quem você procura aqui na matilha do sul?” ele diz se sentando em uma cadeira próximo a porta bem relaxado. “Procuro por uma mulher chamada Marta, e tudo o que sei sobre ela, é que ela era da matilha do norte”, ele acena pensativo, mas não convencido. ” E por que fazer uma viagem tão longa, com um bebê recém nascido?”, eu olho para Ethan dormindo e digo, “Calculei mal a data prevista do parto, e acabei dando a luz sozinha, mas agora estou aqui e espero poder procurar pela minha familia”. “E o seu par? Deve estar preocupado com você fazendo todo esse caminho sozinha?” Jayden me questiona. Eng
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Entro num quarto simples, mas aconchegante, uma cama de casal no meio do quarto, um pequeno berço ao lado, um closet enorme e um banheiro, algumas mudas de roupas estão em cima da cama, tanto para mim quanto para Ethan, e alguns kits de higiene para o bebê também, o que agradeci. “Bom, esse será seu quarto, até que saibamos algo sobre a sua família, o que pode demorar um pouco” ele diz parado na porta, enquanto eu ando pelo quarto observando tudo. “Eu vou te deixar á vontade, o jantar é servido no refeitório ás 19h, alguém virá te ajudar se precisar”, eu apenas aceno e ele fecha a porta me deixando sozinha com Ethan, exausta da viagem e do parto, me deito com Ethan ao meu lado e adormeço. Quando acordo já está tarde demais, nem percebi e já era 22h da noite quando olhei no relógio, Ethan se remexeu apenas para mamar e voltou a dormir, parece que está bem cansado também, o que agradeço, e apago de novo. Acordo assustada com alguém batendo na porta, mas quando me levanto, uma ton
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Marta finalmente me entrega Ethan, e diz “Prontinho, pacotinho, feliz, amamentado e de fralda trocada” ela sorri e se senta na cadeira ao meu lado, inalo o perfume do meu pequenino em meus braços enquanto me acomodo relaxada na cama. “Você fez uma longa viagem até aqui não é?” Marta me pergunta e falo com sinceridade, “A maior caminhada que já dei na vida”, ela sorri enquanto olha para Ethan, “Eu sei o que acontece na matilha do norte, e sei que não sairia de lá sem ter certeza das coisas, e muito menos prestes a dar a luz, sem algum motivo” ela agora me olha esperando minha reação, respiro fundo e digo. “Sei que posso confiar em você, era do norte também, então sabe que ômegas são rejeitados..., e ele não o fez, e também não sabe da criança, mas está acasalado com outra agora” explico sem dizer nomes, nem títulos, apenas informando. Marta acena concordando, “Obrigada por me dizer a verdade, não vou exigir que me diga nomes, muito menos títulos, já entendi o que houve, você fez o que
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20
Finalmente vou conhecer meus avós, estou ansiosa, chego numa casinha simples, mas bem aconchegante, assim que minha avó abre a porta, seu sorriso se torna mais largo e ela me abraça me pegando de surpresa, “Você parece muito com sua mãe, venha, entre” ela diz apontando para o sofá animada, “Ei, Luter, olha quem está aqui”, e logo vejo um senhor com um pouco de dificuldade em andar, se apoiando em uma bengala entrar na sala, ele fica paralisado na entrada me observando, e diz abrindo um sorriso, “Parece que estou vendo minha filha adolescente, bem sentada ai” todos sorriem e Marta completa, “Ela se parece mesmo com sua filha Sr. Luter, mas é sua neta, Alice”, ele se apressa e vem me abraçar, em meus braços o pequeno Ethan se ajeita abrindo seus olhos e deixando meu avô ainda mais surpreso, “Esse é seu bisneto, Ethan” eu falo mostrando o rostinho de Ethan para ele, que arregala os olhos surpreso, “Eu posso?” ele fala apontando para o bebê e eu o coloco em seu colo, meu avô abre o maior s
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