134. O príncipe e o seu monstro, parte 2
ValériaMe lembro de todas as vezes que me deu avisos. Falava sem parar sobre os riscos de ser a sua esposa, que eu tinha que tomar cuidado, que era preciso para não deixar que pessoas ruins me pegassem, pois não teriam pena de mim somente por eu ser mulher, que acabariam comigo sem ter pena.Cada vez que deixei palavras como: “Sei que vai me proteger” saírem da minha boca sentia náuseas, pois seu cheiro me incomodava. O modo como me olhava me fazia odiá-lo ainda mais. Porém, gostava de como era burro. Sempre quis uma vida onde eu pudesse ser o que eu quisesse ao aproveitar das coisas da vida sem me preocupar com a pobreza de novo.Fiz o que era necessário para chegar a lugares mais influentes da sociedade. Uma boa faculdade. Mantive uma beleza indiscutível. Criei personagens com o melhor papo. Queria ter tudo à minha disposição.Para
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