— Responde, caralho, encontraram ela?— Sim, chefe, ela está no hotel Fhiliz, mas está com muito trânsito, teve uma batida de carro, só um dos nossos homens está lá, por ir a pé.— Me mantém informado. — Saí do evento e fui por um atalho, cheguei no hotel e fui direto a recepção.— Senhor Martinelli, não esperávamos o senhor hoje. — A recepcionista diz, um pouco assustada.— Em que quarto está a minha mulher?— Sua esposa está aqui? — Eu a encaro, provavelmente a assustei, pois ela começa a digitar. — Deixa eu checar um minuto. — Desculpa, mas não tem nenhum Martinelli hospedado, senhor.— Procura Sarah Bummer.— Ah, sim, no quarto duzentos e doze.— Me dá a chave da camareira. — A recepcionista me entregou a chave e eu subi as escadas correndo. Não queria esperar o elevador. Quando cheguei ao quarto, abro a porta com receio e a vejo deitada no meio da cama, apenas de roupão. Olho para o chão e encontro seu vestido todo molhado. Vou me aproximando devagar, para não a assustar. Ela est

SarahQuando acordo com Joseph no quarto, levo um susto, como ele pode entrar assim? Conversamos, e decido ir para casa com ele, mas continuo muito chateada para perdoá-lo. Com certeza vou deixá-lo de castigo. Chegamos em casa, eu tomei um banho e coloquei uma camisola branca de renda, muito sexy, mas antes desfilo nua, na maior cara de pau, dava para ver em seus olhos o desejo gritando por um toque meu ou um toque no meu corpo.Faço questão de deitar com a bunda para cima, sei que ele ma quando faço isso, ele tenta falar e querer me tocar, mas eu não deixo, eu resisto, não demoro a dormir.No café da manhã sou surpreendida com as panquecas que amo, ele sempre fazia para mim quando a gente namorava, eu até tentei fazer em casa, mas o Enzo não gostava e sempre reclamava. Não me julguem, sei que sou mole, mas quem resiste um homem daquele? Fizemos um amor gostoso, mas para variar acabei frustrada novamente.Estou aqui tomando banho, mas nada me tira que tem alguma coisa errada, por qu

Melissa Quando vi aquela cena patética, tive vontade de vomitar. Como ele pode gostar daquilo, eu sou muito melhor que ela. Vê-lo se abaixar e dar um beijo na barriga daquela filha da puta, fez eu odiá-la mais ainda. Passo o olho pela festa e vejo todos felizes, “que nojo”, menos o Enzo que a olha com um olhar mortal, “interessante senhor Enzo, acredito que temos muito para conversar.” Assim que o casal do ano se separa, eu observo Enzo a levando pelo braço para um canto, daqui não dá para saber se estão brigando ou se relacionando, bora mexer com o psicológico do maninho. Adoro o caos, e foi isso que consegui. “Oh! Que dozinha, minha cunhadinha saiu correndo sem destino!” Dou um sorriso triunfante, que dura pouco tempo, logo Joseph, aparece como um cachorrinho perdido, por não saber onde está seu dono. … Acordo um pouco tarde, tomo meu café tranquilamente, me arrumo sexy como sempre e verei meu querido irmão. Ele não está como eu esperava, que estaria, não acredito que já fize

Sarah — Me diga como? Se não confia em mim! — Ele segura meu rosto com carinho. — Me perdoa, é difícil para mim. — Você acha que não é difícil para mim? — Digo com a voz baixa, e lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Sei que é minha vida, mas estou resolvendo, prometo que quando tiver tudo sentamos e conversamos. — Tudo o que, Joseph? — Confia em mim, só mais uma vez? — Ele me olha, com u, olhar de súplica. — Juro que essa é sua última chance, se cometer um deslize, sumo no mundo, com Ian e nosso bebê. E você não nos encontrará. — Prometo que não vou te desapontar! — Ele me dá um beijo lento, mas com muito carinho e sentimento — Amor, vou ter uma reunião com a máfia agora, eu não quero você perto deles. — Vou te esperar em casa. — Dou mais um beijo nele e sigo para o estacionamento, estou pensando em nossas promessas, quando alguém para em minha frente. Quando levanto a cabeça para ver quem parou na minha frente, dou de cara com a Melissa. Forço um sorriso, finjo estar procur

Joseph Tales me liga e diz que eles chegaram, eu corro para casa, vou no nosso quarto, não tem ninguém, vou até o quarto do Ian, ele está dormindo tranquilo, eu dou um beijinho em sua testa e vou procurar a Sarah, vejo que a porta do antigo quarto está trancada. — Amor, abre a porta por favor. — Não quero conversar. — Pela voz, ela está chorando. — Amor, por que está chorando? Onde estava? Eu estava preocupado! — Vai para o inferno com suas promessas de merda. — O que fiz, meu amor, vamos conversar. — A porta é aberta. Ela está com o rosto e os olhos vermelhos. Olha-me com uma expressão de tristeza e raiva. Pega o envelope que estava nas mãos e j**a no meu peito. Ela tenta fechar a porta novamente, mas sou mais rápido e mantenho o pé para que ela não feche. — O que é isso, amor? — Pergunto entrando no quarto e fechando a porta. — Hipócrita. — Abro o envelope e vejo fotos minhas beijando algumas mulheres, assim como entrando no hotel com a Nina. — Posso explicar. — Não quero su

Joseph Já faz horas que Sarah foi para a emergência, estou ficando louco sem notícias, daqui a pouco furarei o chão de tanto ir de um lado para o outro. Estou completamente devastado. Me sinto culpado por Ian e Sarah estarem nesta situação, se não tivesse discutido na empresa, ela não teria saído para passear com Ian, e se não tivesse brigado, ela não teria visto aquelas fotos, e eu não estaria prestes a perder meu filho. Sinto que tudo é culpa minha. Como se tivesse falhado com eles. Minha mente girava, sendo confrontado por todos os acontecimentos que haviam levado a essa situação. Não consigo parar de pensar em Sarah e Ian, que se tornaram tudo em minha vida. Se pudesse mudar algo do passado, eu com toda certeza mudaria todo o dia de hoje, para que não terminasse aqui, nessa agonia e desespero. Por mais que eu tentasse ser forte, eu não conseguia, minhas lágrimas escorriam sem permissão pelo meu rosto, meu coração estava pesado por esse pensamento. Só esperava que eles pudessem p

Vitto Eu estava indo bem nos negócios de tráfico de mulheres, consegui enganar o Afonso Martinelli por anos, agora esse merdinha chega, e quer mexer onde não deve.Ele chegou ontem na organização, e acha que sabe e pode tudo, quando ele menos esperar a casa cairá, e ele perderá como Afonso perdeu.Eu deveria ser o capô, eu quem deveria ser chamado de dom, e para ajudar casa com uma divorciada, descumprindo todas as regras de casamento da máfia, já estou mexendo meus pauzinhos, ele perderá a esposa e o posto. Meu celular começa a tocar, vejo ser o Túlio, meu braço direito. — Chefe, moio o carregamento.— Como assim, eu já falei que preciso enviar essa carga agora, não tem como esperar, Joseph está em cima de mim, eu não posso deixar para outro dia, temos que fazer o carregamento agora. — Mas agora é perigoso, não tem como a gente levar todas essas mulheres de uma vez só no mesmo contêiner, chefe temos cinquenta mulheres, não tem condição de deixar todas elas no mesmo lugar, teria que

Melissa Saiu da sala do Vitto nervosa, estava com esperança de acabar com a Sarah hoje, mas aquela vaca sempre dá uma volta por cima. Eu me faço de fácil para o Vitto, aquele velho asqueroso, apenas pelo luxo e poder que ele me proporciona, mas isso também já está me cansando. Sei que minha família é milionária, mas o que Joseph libera por mês, não é suficiente. Entro no carro muito estressada, estou dirigindo meu carro em alta velocidade, tentando achar uma saída para tirar Sarah de dentro do hospital sem que o Joseph perceba.Sei que já tenho homens lá dentro, mas algo me diz que eles não são bons o suficiente e quando você quer que o serviço seja bem feito, faça você mesmo. Meu celular começa a tocar, olhei no identificador de chamada, vejo ser Joseph, meu sorriso abre de orelha a orelha. — Irmãozinho, — atendendo o telefone — Como você está? Fiquei sabendo que sua esposa está internada. — Não estou ligando para falar sobre Sarah, precisamos conversar, onde você está? — Estou

Joseph Saio da casa da minha mãe e vou para minha casa, jogo uma água no corpo, como um lanche rápido e volto para o hospital. — Oi, como ela passou o dia? — Pergunto a mãe da Sarah quando entro no quarto em que Sarah está e a vejo dormindo. — Joseph, ela passou bem graças a Deus, dormiu a maior parte do tempo. — Amor, onde esteve o dia todo? — Ela acorda ao ouvir minha voz. — Resolvendo algumas coisas, mas fiquei tranquila, que está tudo certo, consegui resolver. — Ela me olha desconfiada, e eu dou um selinho nela, minha sogra diz.— Vou ver o Ian, qualquer coisa me chama. — Acenando um sim com a cabeça, ela sai do quarto.— Que problema você foi resolver?— Esqueci isso, você me assustou meu amor! — Digo mudando o assunto, deito com ela na cama, sei que não pode, mas preciso senti-la perto de mim, só ela consegue me acalmar, ela faz carinho no meu cabelo, eu fecho os olhos.— Você não está bem, dá para perceber.— Quando estiver melhor conversamos. — Estou pensando no que fiz co

Sarah Assim que Joseph saiu, eu fiquei pensando no turbilhão que está minha vida, ela mudou de uma hora para outra. Estou com um sentimento de felicidade e, ao mesmo tempo, de preocupação. Feliz por ter me casado com Joseph, ele sempre foi meu grande amor, ainda mais agora que tenho um bebê no forninho e um príncipe deitado ao meu lado, eu os amos demais. Porém, me preocupa muito essa vida dupla de Joseph, ele diz que está nela apenas para descobrir quem matou o pai dele, mas mesmo assim, até que descubra, viverá na máfia, fazendo sei lá o que, tenho medo das consequências do que isso pode significar. Tenho que ser forte para apoiá-lo durante esses tempos, é meu dever como esposa. Estou determinada a fazer o que for preciso para garantir que não sejamos submersos nesse ambiente tóxico. Diogo Do lado de fora da porta.— Oi, cara, você vai ficar no posto agora? — O segurança na porta do quarto da Sarah me pergunta.— Vou, sim, pode tomar um café. — Miguel se afasta e eu fico na port