Cinco anos depois.Rodando na cadeira giratória de Antonino, na nova filial da Goldacci Indústria Farmacêutica, Enzo, agora com nove anos, balançava as pernas e sorria. Quando desceu da cadeira estava tonto. Antonino apareceu na porta, atravessou o cômodo e guiou o filho até a enorme parede de vidro. Era sábado e ele havia passado apenas para pegar alguns documentos. O prédio estava quase deserto; só uns poucos funcionários trabalhando. Ficaram olhando a rua lá embaixo e Antonino virou-se para Enzo e disse:— Tudo isso aqui vai ser seu um dia. — Verdade, papai? Eu vou ser assim como você? Vou ficar palestrando para um monte de pessoas dentro de uma sala fechada? — o garoto perguntou com empolgação.Antonino riu e passou a mão pelo cabelo do filho bagunçando os fios, enquanto Enzo lhe fazia uma pergunta atrás da outra. Fisicamente Enzo era muito parecido com ele, tinha os mesmos cabelos escuros e lisos de fios grossos e a sobrancelha cheia.Durante toda vida Antonino amara aquele lu
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