Já fazia três longos e tediosos dias que Thamur, viajou. Se não fosse pelas suas ligações diárias de três vezes ao dia, e as milhares de mensagem. Não iria aparentar que ele entrou na minha vida. Mas a cada momento que me deito na cama e não sinto seu corpo ao meu lado, o sentimento de solidão me invade junto com a saudade. Me apaguei a ele de tantas formas, que algumas eu mesma não conseguria explicar.Suspiro passando uma mão por minha barriga, sentindo a mesma se moldar e tomar sua forma oval. Um dia depois que Thamur viajou Charlotte, veio me visitar. Conversamos bastante e tirei várias dúvidas que tinha sobre a Família Garson. Pelo o que ouvi da Charlotte eles são uma família perfeita! Eu concordo pós notei isso no jantar "surpresa" que Thamur fez, e eu estraguei. Charlotte também me tranquilizou sobre alguns fatores da gravidez, e me receitou vitaminas e alguns exercícios que terei de fazer por algum tempo. A mesma me acompanhará durante toda a gestação, me senti até mal quando

Ao abrir os olhos sinto o bom humor me invadir, sorrio comigo mesma ao ver os raios solares entrarem pela janela. Depois de longos e chatos sete dias, eu vou reencontra Thamur. Dou um salto da cama e vou direto para o banheiro, o entusiasmo que sinto é contagiante. Tomo um banho rápido e vou direto para o closet, tento achar algo que impressione Thamur. Talvez a Molly possa me ajudar com isso, ela entende tudo quando se trata de roupas e maquiagem. Aperto o roupão em volta do meu corpo e saio do quarto, bato três vezes na porta da mesma que abre a porta em poucos momentos.— Que horas são?Pergunta desorientada com os cabelos desgrenhado, e a face amassada.— Cedo! Mas eu queria que você pudesse me ajudar a encontra algo... adequado.Vejo o semblante da mesma brilhar, e sua expressão ficar mais alerta.— Entendi! Tá na hora da transformação. Só me espera escovar os dentes primeiro.— Não demora.Falo me afastando do quarto de Molly. Não sei quanto tempo fiquei trancada no quarto, Moll

Thamur vem em minha direção de forma casual, em passos lentos. Faço o mesmo indo em seu encontro, não consigo conter a alegria que sinto e sorrio abertamente. Ando um pouco mas rápido quando estou a poucos passos dele, lanço meus braços por seus ombros enlaço seu pescoço ficando na ponta dos pés. Thamur, passa meus braços por minha cintura e nos abraçamos de forma firme, como se tivessemos ficado séculos separados. Nossos lábios colidem em um beijo profundo, demostro toda e total saudade que senti dele. O cheiro da sua loção pós banho invade minhas naridas. Sua língua se entrelaça na minha, sinto o gosto amargo do café invadir minha boca quando nossos sabores se misturam.— Eu precisava disso.Ouço sua confissão quando nossos lábios se separam por frações de segundos. Quando sinto meus pulmões clamarem por ar, afasto meu rosto a centímetros do dele. Nossas testas estão grudadas, o hálito quente de Thamur se mistura ao meu. Nesse momento me sinto acesa como uma árvore de natal. Sinto s

Eu, e Thamur. Não trocamos sequer uma única palavra depois que Corine foi embora. Ele tentou se aproximar de mim enquanto preparava o jantar, mas o ignorei friamente. Eu precisava do meu espaço para pensar e refletir, se não acabaria explodido e falando coisas que talvez me arrependeria. Molly deve ter notado a tensão entre nós, e por esse motivo ficou afastada. Durante o jantar eu repassava a cena centenas de vezes na minha cabeça, até os mínimos detalhes. Corine descendo as escadas com o cabelo bagunçado, sem maquiagem e com o cheiro da loção pôs banho que Thamur usa, e que ele também usando no momento. Por mas que eu visse todos os sinais, não queria aceitar o fato de que Corine passou a noite aqui... com ele. Me questiono se no momento em que estavamos trocando mensagem, Corine estava com ele. Aquele sorriso vitorioso dela me matava por dentro, mas não mais que o fato deles terem dormido juntos.Isso me faz pensar que esse foi o motivo dele ter vindo primeiro, para ter mais tempo

Quando terminei de organiza as roupas, tirei as que estava vestindo e optei por um vestido justo de cor verde. Ao sair do quarto dou de cara com Molly, parada em frente a minha porta.— Eu vim perguntar se quer ajuda pra preparár a comida.— Eu iria pergunta a mesma coisa.Descemos as escadas, ao chegar na sala Zeus se levanta nos encarando. Vou até o mesmo e acaricio sua cabeça.— Bom Dia garotão.O mesmo late em resposta, como se entendesse o que perguntei. Me afasto de Zeus, que volta a deitar. Ando até a cozinha e lavo as mãos, abro a geladeira pegando os ingredientes.— Molly, coloca comida pro Zeus, e água.— Eu já fiz isso.Encaro a mesma que segura as tijelas, uma com ração e a outra com água. Observo Molly, ir até a porta da varanda e abrir a mesma com o pé. Zeus, vai atrás da mesma. Volto minha atenção ao que estou fazendo, Molly volta logo depois e me ajuda a cortar os legumes.— Então... eu vi uma mulher sair daqui quando estava vindo, quem era ela?Suspiro quando Molly to

Após comermos Thamur, me ajudou com a louça enquanto Molly foi trocar de roupa para ir a praia, brincar com Zeus.— Você também não quer nadar?Ergo os ombros entregando um prato ao mesmo que o seca e guarda.— Nunca vesti um biquíni na vida.Confesso não dando tanta importância, afinal já estou acostumada com minhas roupas tampando meu corpo. Nunca tive vontade de exibir meu corpo, afinal sempre me falaram que eu não ficaria bem em um biquíni. O próprio Luke, me disse isso uma vez quando vesti um maiô para ir a praia com ele e sua família. Ouvir aquelas palavras me destruio por dentro, me fazendo lembra do que meu Pai me dizia. Com o tempo nem me importei mas. Já que nunca saia para praia ou qualquer lugar que me obrigasse tirar a roupa e exibir meu corpo.— Como isso é possível?Thamur, pergunta me encarando com descrença, lavo minhas mãos e seco as mesmas.— Bom... meu Pai sempre me disse que nunca ficaria bonita de biquíni, aquilo me magoou. Mas quando conheci o Luke, dei uma nova

Quando Thamur, voltou para o quarto já era noite. Ele nem sequer tinha descido para jantar, me pergunto se ele recebeu alguma nova notícia sobre seu irmão. Ainda não tenho coragem para questiona-lo sobre isso, dizer que invadi sua privacidade por conta da minha incontrolável curiosidade está fora de questão. Talvez algum dia eu fale a verdade, quando ele estiver mas aberto a falar comigo sobre tal assunto. Desde aquele dia vários pensamentos me rodeiam, a pergunta crucial do por quê ele não me dizer sobre isso é impactante, por mas próximos que estejamos vejo que isso não é realmente verdade, o fato de Corine, saber uma coisa bastante íntima de Thamur, me incômoda. Pois estou completamente as cegas! Mais uma vez Corine, está um passo a minha frente.— O que incomoda tanto você?Ouço a voz de Thamur, afastando meus pensamentos, ergo minha cabeça ainda apoiada em meu punho e encaro o mesmo.— O que?Falo baixo para não acorda Luz, que dormi tranquilamente entre mim e Thamur. Rapidamente

Depois que Thamur, saiu para ir a empresa peguei minha bolsa e saí logo em seguida. Deixei Luz, aos cuidados de Molly, e Nick. James, para o carro em frente ao orfanato em que Thamur, esteve com seu irmão. Antes de vir fiz uma pequena busca para saber se aqui é realmente o lugar. Agora entendo o por quê dele não querer deixar essa cidade, ficar aqui só aumentaria suas chances de achar seu irmão. E pensar que ele trocaria isso para ficar comigo, os sentimentos de Thamur, por mim são reais. Sinto um pensamento de culpa me tomar.— Senhora Garson?A voz de James, me tira de meus pensamentos. Encaro o mesmo que abriu a porta do carro para mim, e está com uma mão estendida em minha direção. Seguro sua mão aceitando sua ajuda para descer do carro.— Obrigada.Agradeço ao mesmo que sorri. Respiro fundo prendendo o ar nos meus pulmões.— Se me permite pergunta, o que nós viemos fazer aqui?Solto o ar e encaro o mesmo, que sustenta uma expressão desconfiada e confusa.— É um segredo! Thamur, n

Penso que deveria ter avisado a Thamur, que viria a empresa. Mas já que estou aqui vou entra. Passo pelo hall indo diretamente para a recepção. A mulher uniformizada me encara sorridente.— Em que posso ajudar?— Vim falar com meu marido, Thamur Garson.— Oh!A mesma ergue as sobrancelhas escuras surpresa, sinto seu olhar me avalia desde os pés a cabeça.— Vou liga para informa que a senhora está aqui.Fala pegando o telefone do gancho.— Não precisa, Madison.Sinto meu corpo instantaneamente ficar rígido ao ouvir a voz feminina atrás de mim. Conheço muito bem a voz ríspida e o sarcasmo que ela carrega. Giro em meus calcanhares dando de cara com Corine, a mesma me encara com o queixo erguido. Os braços cruzados em superioridade. Noto seus olhos descerem para o meu ventre e fixarem lá. Tem algo em seu olhar que não consigo decifra, mas como sei de sua paixão platônica por meu marido, suponho que ela pensou que isso tudo não iria para frente. Ainda mas depois de ter armado aquele "teatr

Me sentia frágil diante do seu olhar severo, é nítido que está irritado. Sei dos seus motivos para está assim, mas ainda sim, não consigo sufoca a mágoa dentro de mim. O que quero é está o mais distante possível de Thamur, sei que se ficar mais um segundo ao seu lado vou dizer coisas que não devo e não quero. Me ergo e passo por ele indo em direção as escadas, ao entra no quarto vejo que ele veio atrás de mim. Me dispo jogando o vestido sobre a cama.— Bellinda, precisamos conversar!Fala rude com ambas as mãos na cintura, ele observa cada movimento que faço. Lembro da decisão que tomei enquanto vagava pela cidade, as consequências que elas carregam. E sei que estou preparada para tudo isso, eu quero ficar ao lado de Thamur, mesmo com todas as mentiras e segredos. Mesmo que isso signifique ter Corine, ao nosso redor pelo resto das nossas vidas. Eu me apaixonei perdidamente por Thamur, como alguém que caí em um sono profundo e bom, e jamais quer acordar. Em questões de meses me apaguei