Alice despertou com o barulho de batidas na porta.Quando se sentou, ela sentiu sua cabeça latejando, e ouviu alguém a chamando com insistência na do lado de fora.Ela não teve tempo de entender tudo que estava acontecendo, até que uma das servas entrou sem permissão e anunciou:— A Srta. Ludov solicitou perante o Alfa que você fosse sua serva pessoal, portanto levante-se!Alice olhou nos olhos implacáveis da outra serva e não discutiu.Se levantou e se preparou para servir a outra fêmea, apesar de não saber quem era.Devia ser uma das inúmeras convidadas que acabaram se hospedando no castelo.Alice se sentia estranha, como se algo terrível tivesse acontecido a ela, e a sensação em seu coração não cessava.Havia uma parte em branco sobre a noite passada...Sua cabeça doía intensamente, e não se lembrar exatamente sobre a noite anterior era angustiante.Ela tocou em seu corpo dolorido e percebeu uma coisa.Havia dormido com as mesmas roupas, o que era estranho.Nem sequer retirou os sa

Alice observou Samanta se despir totalmente.A fêmea não era reservada com seu corpo, e não havia motivos para ser, era muito bela.A serva juntou seus pertences e se sentou em uma pedra, enquanto a outra fêmea nadava no rio.Alguns segundos depois a fêmea se voltou para ela e perguntou:— Diga-me Alice, você e o Oriedreh se conhecem desde a infância?Alice a olhou, e assentiu:Samanta ficou boiando nas aguas calmas do rio, seus seios visíveis através da agua.Ela nadou para mais perto da margem, se aproximando da outra fêmea, havia um brilho em seu olhar.— Diga-me como ele é. — pediu Samanta, seu sorriso de lado a deixava ainda mais bonita.Alice piscou algumas vezes, insegura sobre o interesse de Samanta sobre James.Mas não devia estar surpresa, ele era o Oridreh do Alfa de Armeni, do norte. Havia muitas fêmeas que o desejavam, embora isso a dilacerasse.Ela engoliu em seco, mas tentou se manter neutra. Não queria que aquela fêmea soubesse sobre seus sentimentos, então sorriu e res

Vlad olhou para a fêmea, Alice estava pálida.— Saia. Não tenho tempo para você.Ele percebeu que ela ainda não havia lido o papel, e decidiu dar-lhe tempo para isso.O macho levantou as mãos, e assentiu.Quando passou por ela, se inclinou em sua orelha e sussurrou:— Estarei na ala leste, meu quarto é o primeiro da esquerda.— Nada me fará procurá-lo. — respondeu ela, ríspida.Alice agradeceu em seu íntimo que ele não tenha protestado para sair, não queria lidar com ele naquele momento.Ela percebeu que esquecera de trancar a porta, e desta vez foi a primeira coisa que fizera.Alice caminhou em círculos pelo quarto, pensando no macho desconhecido, e se perguntando o que ele fazia no rio...Seu coração se apertou, ao imaginar James o caçando, aquele lobo parecia ser bem mais velho que ele, e com certeza era mais forte.Se James o encontrasse, o lobo o machucaria?Ela roeu todas as unhas pensando nisso, quando viu o papel misterioso de Vlad aberto em sua mesinha.A fêmea caminhou até e

Alice folheou as páginas do diário, e foi como ser levada pela tormenta de uma tempestade.Ela se viu em um outro mundo, sendo mergulhada no passado de Katherine.Castelo TurnerKatherine adentrou o salão de jantar acompanhada de Nate, ambos não se olhavam nem se falavam desde a noite que ele havia confessado que não a desejava, porém, essa noite era um jantar especial, receberiam o próprio Supremo Alfa e a sua companheira Rose Windsor.Era uma honra para qualquer clã receber o Supremo de todas as Alcateias e a sua companheira, quando Nate a conduziu na frente de todos os lobos da Alcateia Turner para se sentar ao seu lado ele fez isso com tal zelo que ela quase acreditou existir afeto entre os dois.Quando se sentou na enorme mesa e os seus olhares encontraram-se Katherine viu que ele parecia admirá-la, mas logo descartou essa impressão, não precisava ficar se iludindo daquela maneira quando o mesmo deixou bem claro o que sentia por ela.Talvez Nate tenha apenas mostrado tanto entusi

Katherine não acreditava que Nate estava dizendo aquilo após tudo que ela passou, via agora em seus olhos cheios de rancor e desconfiança que ele ainda acreditava que ela havia mentido no passado, sua vontade era de desferir um tapa no rosto e fazê-lo sentir ao menos um resquício de dor. Jamais poderia bater tão forte quantos as palavras dele, isso era um fato. Mas quando olhou para o bebê se obrigou a se acalmar e mudar seu tom de voz, precisava saber o que ele pretendia fazer com aquela criança. — Nate... por favor o que será daquela criança sem o pai e a mãe? Nate Turner viu a mudança drástica na expressão e no tom de voz de Kat, ele sabia que ela estava terrivelmente ofendida com o que ele dissera antes. Ainda assim havia se acalmado e perguntado novamente do destino do recém-nascido, ele respirou pesadamente e massageou as têmporas pensando no que faria, após alguns segundos disse: — Vou contar o que aconteceu aqui para o Clã Coltrane e lhes entregar o bebê. A expr