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Todos os capítulos do O Livro dos Desejos: Capítulo 101 - Capítulo 110
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C - A garota no bar
Os olhos da garota ainda estavam fechados. A vontade de permanecer como estava, o corpo relaxado, cozinhando de preguiça naquela manhã era enorme. O som na janela denunciara o clima antes mesmo que despertasse. Chuva, aquele barulhinho dos respingos no vidro. Maravilhoso para dormir, terrível para qualquer outra atividade. E um dia de chuva em Dreamfield implicava em muitas pessoas andando para lá e para cá dentro da residência. Embora amasse paz e tranquilidade – razão pela qual seu quarto e escritório tinham revestimento acústico – Sky sabia que em breve, tudo aquilo seria apenas um sonho distante, quando o hotel começasse a funcionar. A voz conhecida a fizera abrir os olhos lentamente, atraída pelo aroma vindo do café quente na bandeja. Jordan havia acabado de entrar no quarto, tirando a moça de seus sonhos e devaneios. Ao menos a presença do namorado parecia tornar o dia um pouco melhor. Café na cama também ajudava. —Outro dia de chuva… –
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CI - Katherine Silverglade
Sky tentava processar o que acontecia.Era preciso admitir, fora pega de surpresa. A garota que entrava no PUB era simplesmente perfeita em todos os aspectos. E aquela entrada? Aquilo parecia alguma cena de um filme ou como os leitores imaginam a protagonista surgindo na cena final de um romance intenso.Mas no mundo real as coisas eram diferentes.Estranhamente, era como se o mundo tivesse sofrido uma pausa enquanto a loira aparecia. Tudo parecia congelado, exceto por ela. E o sentimento que Sky tinha definitivamente a fazia pensar no Sexy Notes e suas capacidades.Haveria alguma ligação?A escritora sentira quando o ar voltara a entrar em seus pulmões e os demais clientes no bar voltavam a se mexer. O som, que também havia parado, voltara às caixas em todos os cantos. Sky reconhecia aquela música, Tell Me What's on Your Mind, na voz de Resident e Fudasca. Aquela m&uacut
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CII - Sangue frio
Chega um momento na vida de todo ser humano em que desejamos a morte simples e pura de um semelhante. Nem sempre isso implica que a pessoa possa ser algum tipo de psicopata homicida, mas sim, que seus sentimentos ainda são como os de qualquer outro de sua espécie.É impossível que alguém viva toda sua vida sem jamais se irritar com outras pessoas. E mesmo que não declaremos abertamente, há sempre aquele alguém que consegue nos tirar do sério muito além dos nossos limites.E desejar que tal criatura simplesmente desapareça é bastante normal. Sky entrara na cozinha cantarolando algo que ninguém entendera. Se vestia com um shortinho jeans e camiseta branca com estampa da Hello Kitty, sinal de que havia acordado de bom humor. Sequer olhara para as outras pessoas, fora direto à geladeira e apanhara bananas, mamão e leite. E ent&atil
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CIII - Quem canta…
O Renegade novamente deixava Dreamfield com sua dona ao volante. Dessa vez, havia uma longa viagem a aguardando pela frente, mas era algo que a ruiva adorava fazer. Sky amava dirigir, outra das manias que tinha herdado de Melody e nunca deixava uma oportunidade passar. Quando Isadora dissera para a escritora que precisaria viajar por alguns dias a fim de ir visitar a mãe, a anfitriã de imediato indagara se poderia a levar, afinal, era a oportunidade de conhecer lugares novos, respirar ares diferentes e sair um pouco da rotina antes de entrar de cabeça no controle do hotel. A mulata explicara que pretendia ir de ônibus, pois odiava voar e voltaria em seu próprio carro, qual ficara guardado na garagem de seu apartamento em San Dimas. Sky sugerira irem no Renegade e trazerem ambos veículos na volta. Era complicado argumentar quando Serenity Sinclair desejava alguma coisa. Isadora ainda resistira. Não estava indo confraternizar com a mãe e nem iri
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CIV - Talentos escondidos
Sky e Isadora tinham afinidades para serem grandes amigas. Todo escritor era, de certa forma, um geek de carteirinha considerando suas inúmeras horas gastas em pesquisas. Da mesma forma, a maioria dos nerds era geek. E no caso das duas, ambas tinham pais que eram geeks assumidos. Geek era todo aquele público com paixão incontestável pela cultura pop em geral, cinema, séries de TV, livros, quadrinhos, jogos eletrônicos. Quando o tema era algo que estava na moda entre adolescentes, lá estavam os geeks de todas as idades. Diego, pai de Isadora, dizia que Geek era uma orientação mental. Resumindo, todo geek nascia geek e morreria geek. A ruiva apenas não tinha paixão por jogos como Isadora. A escrita exigia que seus autores se doassem completamente ao que faziam, usando para isso, todo o tempo disponível enquanto não estavam dormindo. Isa explicara que, como programadora, seu tempo também era c
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CV - Diferente é bom
O almoço fora tranquilo e farto. Jordan já não mais se surpreendia ao ver as mulheres comendo mais que ele próprio. Mais impressionante era que as duas, mesmo com o apetite que tinham e atacando a todos os pratos como se fosse o último dia de suas vidas, não engordavam além de padrão.Os planos matinais de Sky compreendiam comer, dormir e pegar a estrada novamente à noite, contudo, após comer como se não houvesse amanhã, a ruiva se sentia mais disposta que nunca e optara por voltar a dirigir e deixar o repouso para a noite. Jordan e Isadora não se opuseram. Isa alegara que, caso sentisse sono, poderia facilmente dormir no banco de trás.O casal rira, embora a mulata tivesse razão.Diferente de antes, dessa vez as garotas não tinham entrado no assunto do karaokê. Aparentemente, barriga cheia e música não combinavam. A ruiva ainda n&a
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CVI - A volta da ninfa
Sky sentira a consciência voltando ao mesmo tempo em que era tomada por um calor intenso e familiar. Sequer abrira os olhos, apenas desfrutando daquele torpor conhecido possuindo seu corpo. Tesão, simples e puro. Era uma sensação natural, acordava quase todos os dia assim. Até poucos meses atrás era incapaz de permanecer mais que três dias sem sexo, chegando a transar com completos desconhecidos. Acordava frequentemente fora de casa, em camas e apartamentos que sequer sabia a quem pertenciam. Estranhamente, diferente de outras ninfomaníacas, nunca se sentira culpada ou suja após suas aventuras sexuais. Talvez tivesse feito um acordo de paz com sua súcubo interior ou quem sabe apenas abraçado o demônio da luxúria. O fato era que Sky aceitava o sexo como algo essencial e importante em sua vida. Não era sua culpa se para muitos não era prioridade. Estavam errados. Naquele momento, a ruiva se sentia tão relaxada que era como se estivesse deitada sobre nuv
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CVII - Sensações
Jordan tinha a expressão séria e um sorriso malicioso nos lábios. Para a ruiva, aquela era uma personalidade inédita no namorado. O amante costumava ser dominador, carinhoso e atencioso, mas ela mandava no show. A cena agora sugeria uma completa inversão de comando. A escritora estava deitada no centro da cama completamente nua, a barriga para cima, a vasta cabeleira vermelha se espalhando pelos lados como se fosse um grande sol. Tinha as pernas abertas, totalmente submissa e vulnerável, como o admirador pedira que ficasse. O olhar da jovem, no entanto, se concentrava no objeto que o parceiro tinha na mão direita, um pênis de silicone quase do tamanho de seu próprio. Espiando os armários do amplo quarto, o casal encontrara diversos acessórios para todo tipo de fetiches. E Sky jamais esperava aquele tipo de desejo daquele amante. O garanhão de olhos azuis era um homem grande, forte, másculo. Boa parte de sua vida fora educado e doutrinado pelas regras
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CVIII - Novos prazeres
Sky abrira os olhos preguiçosamente. Havia desmaiado? Dormido? A visão diante de si era como a de um deus personificado como um homem, simplesmente lindo e sedutor. Aquele par de olhos azuis a encaravam curiosos. Jordan erguera uma taça em direção da escritora e só então, quando tentara a apanhar, ela notara que continuava algemada à cabeceira da cama. Suspirara se recordando dos últimos momentos. Aquele jogo ainda não havia acabado. —Aceito a bebida – dissera a moça sorrindo – Mas preciso de uma ajudinha. O desejo fora atendido, champagne. A ruiva provara um gole de leve e pedira para repetir. Embora a porcentagem de álcool naquela bebida fosse mínima, era melhor que nada. E Sky necessitava de álcool em seu organismo. —Podemos continuar? – sussurrara o amante ao ouvido da mulher. —Claro… – respondera a ruiva mordendo o lábio inferior. Claro que eu gostaria de me soltar e tomar um longo banho quente. Mas va
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CIX - Lábios doces como chocolate
Quando Sky saíra do banheiro na madrugada da maravilhosa transa com o namorado no motel, Jordan a aguardava com uma garrafa de Tequila, um fardo de cerveja, refrigerantes, sucos e a melhor surpresa da noite, chocolates. A garota rira indagando se tudo aquilo era para ela e o sujeito explicara que, após aqueles momentos tão intensos de poucos minutos atrás, duvidava que ela fosse mesmo beber algo forte. O refrigerante e suco eram opções leves para um fim de noite perfeito, mas a escritora acabara optando por dividir as Heineken. E claro, abraçara a todos os chocolates como uma onça protegendo filhotes. A cama estava impecavelmente arrumada e Sky recebera uvas verdes e frias banhadas em chocolate direto na boca antes de adormecer. Jordan não apenas era atlético, lindo, tinha olhos azuis como o mar e um sorriso de derreter qualquer coração, como também era o par romântico ideal. Sky acordara eram ainda sete e meia da manhã. O trio de amigos combinara de
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