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Todos os capítulos do Estilhaços De Mentiras: Capítulo 11 - Capítulo 20
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PAIXÃO E PRECONCEITO
SARAH— Meu Deus! Você está um desastre!Eu ouvi as palavras da minha sincera amiga Brenda, enquanto descia a escada enrolada em um fino cobertor. Ignorando a presença dela e de Casey, fui direto para a cozinha. Precisava de um café antes da conversa, pois me sentia mesmo um desastre! Preparei o néctar dos deuses, conhecido como cappuccino e voltei para a sala.— O que diabos aconteceu com você? — Ela insistiu.— Alexandra Ayers, a cretina! Foi isso o que aconteceu comigo.— Ai meu Deus, ela está no seu quarto?— Não, sua idiota! — Atirei uma almofada nas duas e ouvi um protesto de Casey.— Ué! Com essa cara de pós-sexo, pensei que ela tivesse destruído você! — Brenda gargalhou.Acordei sozinha em plena madrugada, no sofá da sala, com minha intimidade coberta apenas com u
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PERMITA-SE
ALEXANDRAO primeiro comportamento agressivo que tive foi na escola, aos treze anos. Um carinha imbecil, durante uma discussão, jogou refrigerante em uma das minhas amigas, e nem mesmo vi o momento em que dei um soco nele. Logo, formou-se uma roda com vários adolescentes, gritando e incentivando a briga. O moleque ficou sem um dos dentes e eu acabei sendo expulsa.Naquele ano começaram os ataques e na maioria das vezes eram incontroláveis, afetando assim a minha e a vida de outras pessoas. Por esse motivo, meus pais me levaram a um psicólogo. Com o passar do tempo, comecei a me entender e a controlar minha raiva. Entretanto, quando aconteciam coisas mais graves eu precisava de ajuda para me acalmar.Após a tentativa falha da ioga, Henry me apresentou as artes marciais e assim tive uma melhora considerável. Em momentos de crise eu ia para o meu salão de lutas e descontava toda a fúria
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METAMORFOSE
DIAS DEPOISSARAHDecidi mudar o escritório para a AYERS e esse era o último dia da JKM. Casey, Brenda e April estavam ajudando com a mudança. Antes de retirarmos as últimas caixas, Alexandra entrou em minha sala sem que ninguém percebesse.Se eu e Alexandra não éramos ninfomaníacas, com certeza estávamos, no mínimo, viciadas em sexo.— Sarah!  Pelo amor de Deus, o que mais precisa fazer aí dentro? Vamos embora! — Brenda gritou e bateu com força na porta do escritório.— Vocês podem ir, eu... — Abafei mais um gemido no pescoço de Lexa enquanto ela me penetrava, entrando e saindo, rapidamente.Eu estava sentada, totalmente aberta para ela, em cima da mesa.— Eu vou depois Brenda. — Gritei de volta.— Mas que droga, Sarah! Ao menos diga se
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COINCIDÊNCIAS
Brenda desceu do meu carro no estacionamento do NYPD e me entregou a chave, contrariada por eu não querer a sua companhia. Eu entendia que ela estava preocupada e queria ficar ao meu lado, mas senti a necessidade de ficar sozinha por um tempo, então, saí do Departamento e dirigi sem destino pelas ruas de Nova York. Parecendo se compadecer do meu sofrimento, o tempo fechou deixando o céu cinza. A chuva fina que caía acompanhava o ritmo das lágrimas quentes que desciam por minha face, enquanto eu recordava os bons momentos ao lado do meu pai. Eu só queria poder abraçá-lo mais uma vez.Pensei em ir visitar a minha mãe e dizer o quanto eu sentia a sua falta e a amava, mas vê-la sem reação fazia com que eu me sentisse ainda mais impotente. O psiquiatra indicado pelo Dr. Gartner, havia me informado, há alguns dias, que o estado de saúde dela não tinha sofrido nenhuma alter
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DEPENDÊNCIA
Depois de uma semana no chalé, convenci Alexandra a voltarmos a tempo para a ceia de natal. Ela se recusava a me deixar sozinha, desde que tive um colapso em sua frente.Infelizmente voltamos a discutir sobre a minha assistente:— Eu disse a você que não havia necessidade de declarar o recesso tão cedo, Lexa! Não tenho culpa se não consigo encontrar a April. Já disse mil vezes que o celular dela está desligado! E quer saber? Não vou demiti-la no dia de natal! — Eu estava irritada com o assunto.— Não sabia que ela era tão importante assim para você!Estávamos a caminho da Cleveland Clinic. Queria visitar a minha mãe antes da ceia e Lexa fez questão de me acompanhar. Dentro do bugatti veyron, ela apertou com força o volante, controlando sua ira. Estava ficando cada vez mais difícil conversar com ela. Precisava anal
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RELACIONAMENTOS
Os fogos de artifício no réveillon visto de um barco, em um passeio, com vista para Manhattan, era algo espetacular de assistir. Tão maravilhoso quanto ver a bola gigante cair do edifício One Times Square atingindo seu ponto final marcando meia-noite. As comemorações eram de deixar qualquer um arrepiado! Sair em seguida à procura de uma boate para dançar também era algo que eu adorava! Porém, nada, absolutamente nada, se comparava com o réveillon que tive a sós com Alexandra em seu chalé.Contrariando a vontade dos nossos amigos, fugimos após as festividades de natal e nos escondemos em nosso refúgio. E lá, eu consegui ver fogos de artifícios, e ouvi os gritos, mas dos meus gemidos altos de prazer, misturados com os dela, que o sexo nos proporcionava.O chalé era no meio do nada e não tinha rede para o celular. Isso nos deixava em paz, ma
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MENTIRAS
ALEXANDRAEu sabia o quanto Sarah tinha se preparado para aquela apresentação. Após o réveillon, que decidimos passarmos a sós no meu chalé, ou "nosso refúgio", como costumava dizer, ela não fez outra coisa a não ser ficar com a sua amiga Casey e trabalhar no PH. No maldito projeto que eu tinha dado a minha palavra a ela de que o aprovaria e que agora não seria mais possível. No maldito projeto que estava acabando com a minha relação e comigo.— Você não pode validá-lo. Precisamos conversar. — Henry segredou em meu ouvido enquanto Casey seguia com a apresentação.Imediatamente neguei com a cabeça. Eu não iria acabar com todo o trabalho da Sarah! Ele voltou a falar baixo: — Lexa, nós já temos esse projeto com a autoria de outra pessoa. Andrew o com
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PRESSENTIMENTO
Acordei exausta, fraca, ainda sob efeito dos medicamentos. Uma sensação ruim se alastrou por todo o meu corpo. Me coloquei para fora da cama e sentei em uma cadeira próxima controlando a respiração. Ouvi o barulho do chuveiro e, enquanto Sarah estava no banho, desci para tomar um calmante. A casa estava silenciosa e deduzi que Casey e Brenda haviam saído. Provavelmente, elas queriam nos dar privacidade. Passando pela sala vi a bolsa de Sarah jogada num canto do sofá. Aproximei e, por estar aberta, vi metade da magnum dentro dela. Senti outro aperto em meu peito e fiquei ainda mais angustiada. Lamentei por ela ter a necessidade de levar a arma para qualquer lugar que fosse tentando sentir-se protegida.Dirigi-me para a cozinha e após tomar a medicação retornei para o quarto. Passando novamente pela sala, estranhamente a porta de entrada abriu-se. Franzi a testa confusa e, por instinto, tranquei.Sarah
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QUEDA
SARAHQuando saí da cama pela manhã com os meus sentimentos misturados eu tive a sensação de que tudo estava fora de controle. Observei por um instante Lexa adormecida e um aperto no meu peito deu o primeiro sinal de que alguma coisa muito ruim iria acontecer.Alexandra sempre foi misteriosa. Aceitei essa verdade desde a primeira vez em que cruzamos nosso olhar. Eu me apaixonei por ela justamente por causa disso. Nunca fui interessada em romances clichês e com ela nada era trivial. A minha vida saiu de uma rotina maçante depois que a conheci. Foi ela quem me salvou do ritual diário em que eu me submeti há meses, ela quem apareceu e deixou a maldita festa de halloween interessante. Foi Lexa quem me mostrou como sentir prazer de verdade, quem me ajudou com a empresa, quem me salvou do infeliz do Chris. Também foi ela quem me avisou diversas vezes sobre April e alertou sobre Emily. Era quem apa
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DÚVIDAS
Como Lexa conhecia o meu pai? Como April conseguiu aquela fotografia? Ela era mesmo detetive? Porque ela queria que eu matasse Lexa? Como ela sabia que Alexandra era a assassina? Como o projeto tinha autoria de duas pessoas e quem era a outra? Dúvidas eram tudo o que eu tinha.Eu continuava na sala de espera do hospital aguardando por notícias de Alexandra. Com o passar das horas e um silêncio profundo instalado os meus pensamentos mudaram em relação a ela e várias teorias surgiam, uma atrás da outra. Eu me permitir martirizar até entender o que a levou a cometer tamanha atrocidade.Uma mistura de paixão, medo e raiva corriam em mim. Queria sair daquele lugar e desaparecer, mas o meu lado apaixonado não permitia. Tive raiva de sentir medo do que poderia acontecer a ela. Não conseguia e não queria conversar sobre o assunto com ninguém, mesmo com Casey e Brenda insistindo.Ho
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