Ellis nuca teve uma vida boa. Na verdade, sempre teve uma vida ruim. Seu principal passatempo era brincar com um baralho velho que tinha. Não era um baralho luxuoso e nem esses de mágicas. Sempre quis ter um Rambler, mas as moedas dos seus bolsos diziam que não. Sempre se contentou com aquele que tinha em casa, não sabe ao certo como ele foi parar ali, mas sabia que era seu. Ninguém mais queria aquele baralho. Apesar de bonito e luxuoso, não tinha mais a caixa, e faltavam algumas cartas. Mas para o menino Ellis, era o melhor baralho que poderia ter. Sempre levava o baralho para onde ia, para a escola, para a igreja, para qualquer lugar. Manuseava as cartas de vários jeitos, de cima para baixo ou vice e versa, as vezes tirando um pouco de baixo e colocando em cima. Cortava o baralho e tentava adivinhar que carta estava no topo. Quase nunca descobria, mas não parava de tentar. Na escola sempre foi bom aluno e tirava notas altas, sua mãe nunca reclamou muito disso, o que mais e
Ler mais