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Todos os capítulos do Psicomal: Capítulo 11 - Capítulo 14
14 chapters
A Suicida Adorada
Eu não podia suportar toda aquela violação e dor, mas as palavras de Madame Noar estavam talhadas em minha cabeça. — Espero que não envergonhe o nome dos Noar. — Ela era tão linda, eu desejava um dia ter a metade da beleza e graça que ela possuía. — Escute bem, você fará TUDO que eles pedirem. Entendeu? Essa foi a última vez que vi minha ma... Quer dizer... Foi à última vez que vi madame Noar. O treino com os Doze era incrível, mas doloroso. Eu passava horas recitando conjurações e esconjurações. Invocava tulpas de sonhos esquecidos e dava animações a esculturas. Dobrava e manipulava a entropia, e fazia e refazia o tempo.  Não havia ninguém da minha idade no monastério dos Doze, mas fiz amizade com uma serviçal cega que me ajudava com os afazeres diários. Muitos deles temiam que eu fosse a profecia e por isso criaram feitiços que reduziam meus poderes e pactos que me permitiam usar no máximo trinta por cento do meu poder, antes
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A Manipuladora de Mentes
Era uma manhã calma quando abri as portas da escola infantil para crianças da elite de Teran. Mas algo estava deixando meus pelos da nuca arrepiados. Era um pressagio, eu sabia. Abri todas as janelas como fazia nos últimos cento e cinquenta anos. Aguei às plantas, algumas extintas atualmente, e recitei alguns feitiços para ampliar a aprendizagem e o bom comportamento. Tudo feito soou o sino e as crianças chegaram. Elas se sentaram em seus lugares colocando seus canalizadores mágicos sobre as mesas e me esperaram. Encarei-os por um longo tempo recitando agouros de boa fortuna e de sucesso, era um desejo real e verdadeiro.  Seus rostos estavam cheios de medos e apreensão sobre o futuro. Isso era bom, enquanto se questionassem eu podia invisivelmente  manipular suas mentes e fazê-los perderem o sono e a fome, pois todo o futuro deles dependia das minhas avaliações. — Bem, — Comecei. —  Futuros membros da elite de Ter
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A Exilada Azul
Eu me lembro de que estava dormindo, havia passado horas na Espiral tentando entender como o lugar mais seguro do mundo ardia em chamas, quando do nada fui lançada da minha cama para o chão. Levantei correndo, mesmo que desnorteada pela pancada, e abri a janela, o que vi nunca, nunca mesmo saiu da minha memória. Ligência estava pegando fogo, não era um fogo normal, era um fogo multicolorido. Cada labareda trazia uma tragédia e uma peste. O fogo verde fazia vermes saírem das pessoas, o fogo azul congelava, o fogo negro queimava a alma das pessoas deixando seus totens, o fogo rosa explodia os corpos membro a membro, e fora as cores que não eu conseguia distinguir. Além do fogo havia monstros horríveis e totens espectrais voando e correndo pela vila.  Era uma visão que não poderia existir em Teran. Vesti rapidamente um vestido azul, o último presente que Shen me deu. Glacy apareceu voando sobre minha cabeça lançando penas de gelo em um monstro que surgiu em
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Epílogo
Um beep me desperta. É hora do café da manhã. Ainda estou sonolenta e exausta dos treinamentos mentais da noite anterior. Mas já consigo viajar astralmente nessa dimensão. Levanto alisando minha camisola e tentando ajeitar meus cabelos pretos da melhor forma possível. Por algum motivo essa realidade não permite fluidez de cor e textura, ela é meio barbara.  — Eu vou te encontrar Shen. — Falo determinada para o meu reflexo percebendo que minhas olheiras estão piores. — Eu sei. — Ele responde no fundo da minha mente. A porta se abre revelando a enfermeira Joyce com a bandeja de poções, que ela chama de remédios. Ela é simpática e não aperta meu traseiro como fazem alguns enfermeiros. — Bom dia. — Diz sorrindo, seus dreads cheios de elásticos coloridos a fazem parecer uma Medusa alegre. — Hoje quem está na luz? — Quem mais estaria? Apenas eu, Sol. — Respondo sentando na ca
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