Início / Adolescente / A Mandrágora na Areia / Capítulo 1 - Capítulo 3
Todos os capítulos do A Mandrágora na Areia: Capítulo 1 - Capítulo 3
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O Crononauta
Sentia os olhos arderem enquanto se abriam com alguma dificuldade. O ar parecia impregnado de uma estranha acidez e Andreas demorou ainda mais alguns segundos para se dar conta de que não estava acordando atrasado para o trabalho. Uma forte expectativa contraiu seu estômago com uma agradável dor. Seu coração saltou no momento em que se deu conta de que espécie de torpor se recuperava e antes que houvesse terminado de abrir os olhos, um arrepio de esperança percorreu-lhe a espinha.Como estaria o CERN agora? O que não saberiam seus colegas do futuro?! Oh, infinito! A tecnologia, o conhecimento, os novos costumes, e... e o SEU nome numa reluzente placa dourada! Tudo isso passou-lhe num raio pela mente. Ele sabia que havia vencido! Sabia que sua pesquisa estava correta e que sua máquina funcionara como esperado. Claro, havia aquela minúscula partícula de dúvida, mas ela estava tão fundo ago
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O Sonhador
Era o Estrangeiro, indubitavelmente. Como inúmeros na cidade, ele trajava uma capa acinzentada muito suja, com um capuz que escondia quase todo o rosto, mas Hoven podia ver seus olhos cor de ratazana e seus cabelos claros empoeirados do deserto. Tinha uma cicatriz funda que partia da sobrancelha esquerda e parava próxima ao maxilar. Não se lembrava de alguma vez ter visto olhar igual àquele: era alerta, desconfiado e uma chama muito viva brilhava nele. Aquela chama que faltava às pessoas do Mundo.Ele sentiu um arrepio na espinha, um pulso elétrico perpassando-lhe o corpo quando o avistou. Era o estrangeiro que todos estavam esperando temerosamente, aquele que traria a Praga e a Guerra, do qual o clarividente prevenira o Imperador havia dois meses. Tentou gritar, alertar as pessoas e chamar os guardas, mas a voz não queria sair, o coração pesava como se fosse cometer um grande erro e os olhos do Estrangeiro queima
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A Fugitiva
Ela estava com problemas. Muitos problemas. Muitos problemas GRANDES.Seu pai chegara no quarto aquela tarde com uma expressão preocupada e hesitou muito antes de contar-lhe o que estava acontecendo. O inventor-chefe do Ministério da Tecnologia andara se preocupando demais com ninharias e o Imperador resolvera refrescar-lhe a cabeça mandando que os mercenários fizessem-lhe um buraco para o ar entrar. "A pólvora entra e o sangue sai. Simples assim.", conforme diria Lotório, o Ministro da Alimentação, um frequentador assíduo dos aposentos de Kelmon. E agora era a vez dele.Felizmente seu pai tinha muitas amizades e fora avisado da decisão do Imperador, tendo a chance de empacotar seus pertences e dar o fora da cidade. Mas ele não podia condená-la a viver no deserto, sem a certeza de ter o que comer, sem um abrigo contra o sol ou contra os predadores. E se encontrasse fanáticos? Ou
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