Cecília Forchhmmer       Um dos meus maiores medo ao assumir a cadeira da famílie foi confiar em algo é ser traído, e levar como consequência todos que amo em direção à morte. Com o passar dos anos meu temor foi diminuindo, mas em contra partida me cerquei de poucas, mas fies não tendo medo de que algumas delas fossem me trair.       Nunca tive confiança em alguém do conselho além dos pais dos meus amigos, todos os outros membros sempre me passaram uma incerteza sobre seus caracteres. Não em trair a famílie para destruí-la, mas para salva-la da condenação que acham que se encontra em minhas mãos.        Quando meu avô me aconselhou a se forte percebo hoje que sabia mais do que demostrava naquela época, e se analisar um pouco mais suas palavras perceberei detal

     Você não começa a odiar alguém do nada, tem que ter um motivo por mais fútil que seja para esse sentimento nascer em sua alma e com tempo crescer criando raízes profundas, e futuramente frutos. No entanto, odiar alguém é um sentimento tão irracional que quem o sente se pensa-se não o sentiria, mas é pedir uma evolução muito grande da raça humana para compreender tal coisa.     Contudo, o ódio passado de geração a geração é o pior, ele é incapaz de deixar a evolução acontecer para extinção do sentimento. Você já nascer com um destino traçado, dificultando ainda mais uma possível mudança.      Há muitos anos um amor não correspondido foi a chave para uma raiva já plantada no coraç&atil

Cecília Forchhmmer     Aos poucos todas as certezas que possuía foram sendo destruída. As palavras de Michael durante todo o restante do dia ocuparam meus pensamentos, nem mesmo me atentei em procurar Damon preocupada demais em processar as últimas informações. Contudo, a noite fui em seu quarto, zelei seu sono duramente toda a noite ainda incrédula sobre sua possível identidade.     Ser um Negri, faz sentido, muito e ironicamente foi tudo o menos cogitei e o que mais faz sentido. Deitada em seus braços olhando seu rosto enquanto dormia perguntei silenciosamente quais mais seriam seus segredos, e sendo um Negri sei que seriam infinitos.       Negri, a casa mais temida entre as famílias mafiosas. Sua história foi construída encima de sangue dos seus, sua lealdade pode ser fatal. Se um Negri jurar lealdade a alguém eles mo

     A mansão Forchhmmer se encontrava em um silêncio mortífero, como se imagina-se que em poucos minutos suas paredes seriam as únicas testemunhas do estava prestes a acontecer. Os guardas estavam menos atentos especialmente na ala das celas, como se estivessem fazendo vista grossa, principalmente na cela onde um homem acusado de traição se encontrava dormindo tranquilamente sem imaginar que em poucos minutos seus gritos mesmo altos seriam mudos para escutar, um acerto de contas estava prestes a acontecer e alguém se importava, sim, ansiava por ele.    A calmaria da madrugada  rompida só era por som de passos de guardas ao longe se afastando cada vez mais do cômodo que o invasor tinha como destino, deixando o caminho livre para ele quem quer que fosse invadir a sala como deseja-se, e acertar conflitos antigos que em seu ver demorou até demais.     Mesmo s

Damon M. Negri      Escolhas erradas no passado não só minhas, mas como de pessoas ligadas a mim me perseguem até hoje. Escolhas que se transformaram em pesos, carmas que carrego como uma maldição.       Não nasci livre, mas sim com um destino traçado forçado a fazer escolhas que mudariam mais que só a minha vida. Fui obrigado por bem maior e amor me afastar de todos que amo, não vi momentos especiais que serão sempre perdidos. Não vi meu irmão crescer como gostaria, não vi minha mãe tanto como queria, me afastei ainda criança de Cecília não estando do seu lado quando mais precisava, nem tive ao menos chance de ser seu amigo, tudo por amor, é culpa do meu sangue.       Diferente do que muitos acreditam os Negri não são mais a maior maldição existente, há vinte e nove anos nasceu uma pior. Eu nasci. Sou fruto de um segredo, de um amor perigoso e a união de duas famílias fatais. Alguém mantido escondido do m

Cecília Forchhmmer        Tenho total consciência que condenar alguém por ações dos pais é errado. Entretanto, não posso fazer nada. É um defeito da humanidade, e eu sou humana estou sujeita a ser imperfeita cometendo esse erro diversas vezes, e piora por viver no mundo das máfias onde desconfiamos da própria sombra.      Não possuo o direito de condenar Klaus por ações de seu pai, pelo menos não até que tenha provas em mãos do contrário. Enquanto esse dia não chega tomarei cuidado. Podemos nos conhecer há várias anos, contudo, diante do passado conturbado de sua família não poderei confiar em si como um dia confiei. — Klaus! — acho que deixei evidente pelo tom áspero na voz que não quero conversar. Klaus escolheu o pior momen

    Dor. Senti dor. Cecília em vários momentos da sua vida conviveu com perdas, sentiu dor em diversas intensidades, mas nunca uma tão intensa. Ver um membro da sua famílie morrer dói, mas ver o homem que sem permissão ocupou seu coração morrer destruiu um pedaço seu, condenou sua alma à um mundo de dor e escuridão.      Ainda era assustador pensar que nunca mais o veria, que não sentiria em sua pele seus toques aquecedor. Dói pensar que não o verei, e que aos menos pôde dizer ama-lo antes de partir. Sim, ama-lo, agora que ele se foi o sentimento não ficou claro só  para sua mente para, como coração.      Sentada aos pés do túmulo de Damon Cecília derramava todas as lágrimas que se recusou durante seu velório, lágrimas que não liberavam nem um terço da sua dor. Seus gritos angustiados doíam em qualquer um que ousassem parar para ouvi-los, seus pais parados a poucos passos de si dando privacidade a seu momento se co

    Não fazia muito tempo desde o atentado contra Damon, apenas uma semana, setes dias que foram calmos demais na visão de Klaus Fries. O loiro de olhos claro e sorriso prepotente sentia que alguma coisa não estava certa, a calma e despreocupação na expressão de todos era a anunciação que algo nada bom aconteceria.       Tudo se mostrava estranho demais, principalmente no fato que não se preocuparam em fazer um enterro para Damon, muito menos a dizerem uma justificativa. Em sua mente rondava o pensamento que era porque o Negri não teria morrido, mas isso em sua visão seria impossível, Ivan disse pessoalmente que só saiu do local da explosão quando não restou “nada" do carro, quando teve certeza que todos que estavam em seu interior morreram carbonizados ao ponto da identificação dá grande trabalho. — O que tanto pensa? — Cecília que bebericava seu café indaga curiosa sobre o olhar perdido do amigo. — Nada interessa