Edu: *Balada hoje?*- Helô manda no grupo. Nos falamos pouco desde aquele telefonema. Tenho estado atolado de trabalho e o pouco que falamos ainda não tocamos nesse assunto.Ela não falou nada e acho que estou com medo de perguntar e a resposta não ser eu. *Partiu*- Sofi responde. *Opa, estou dentro.*- Amanda responde. *Eu e Ju vamos.*- Lucas responde. Aos poucos todos foram respondendo. Preferi não responder, não estava muito animado pra sair hoje. Sentei na cadeira, de frente pra piscina e fiquei olhando para o sol que já estava indo embora.Ele foi se pondo e aos poucos o céu foi ficando rosa, tão lindo, e tudo que eu pensei foi em como eu queria dividir esse momento com Heloísa. Sou um idiota apaixonado.&

Helô:2 meses depois: Devem estar se perguntando o que aconteceu nesses dois meses?Bom, não aconteceu muita coisa. Eu e Dona Luiza começamos a sair todos os sábados, cada semana eu levava ela para um lugar diferente, até no orfanato nós fomos e levamos doações.Eu sinto que ela está bem melhor do que estava quando eu a conheci e fico muito feliz por estar conseguindo ajudar. Claro que ela ainda não se curou, isso leva tempo, mas creio que estamos no caminho certo. Eu e André não nos vimos e nem nos falamos mais desde aquele telefonema, acho que ele decidiu que seria melhor para nós dois se ele mantivesse distância. Eu e Eduardo estamos mil maravilhas, ainda não tivemos nenhuma discussão séria, estamos puro romance. Temos passado bastante tempo na cama, se é

Helô: Sai da mansão e entrei no Uber que tinha ficado me esperando do lado de fora. -Para onde agora?- o motorista pergunta Pra onde vou?Não quero voltar para casa. -Me deixa na rua Andrade por favor.- digo Coloque meus fones de ouvido e fico olhando a rua em silêncio enquanto a música toca. Assim que chegamos eu guardo o celular e pago a viagem. -Obrigada- digo -Eu que agradeço. Sai do carro e andei até a porta, toco a campainha e aguardo. -Heloísa?- ouço uma voz familiar. Olho para trás e vejo o motorista do Uber, o Samuel. -Oi Samuel.- digo -Me chama de Sam. -Achei que trabalhasse nesse horário.- digo&

AlertaEste capítulo pode conter gatilhos sobre suicídio. . Edu:Sábado: É hoje o dia do casamento de Sofia e Rafael.Tomei banho, coloquei meu terno azul marinho, os sapatos, dei uma penteada no cabelo e pronto.Hoje posso dizer que estou bonitão. Peguei o carro e fui buscar minha mulher, quando ela saiu por aquela porta eu a olhei de cima a baixo.Que mulherão eu fui arrumar, como dei tanta sorte?Se ela já não fosse minha eu ia querer que fosse.Que Deusa.Imagina então como ela vai estar linda no dia do nosso casamento.Ela usava um vestido de cetim vinho ombro a ombro, com um decote em V, longo com uma abertura que pegava no começo de suas coxas. Pra acompanhar um salto preto, brincos e um colar dourado como acessórios. -Tá um gat

Edu: Helô já estava demorando demais.Será que aconteceu alguma coisa?Melhor eu ir ver se ela está bem. Levantei e fui em busca do banheiro feminino, de longe vi ela e Larissa, as duas sentadas na porta do banheiro. Me aproximei mais e percebi que as duas estavam chorando então fui correndo até elas. -O que fez com ela?- pergunto para Larissa e ela se levanta. -Minha mãe morreu Eduardo.- ela diz -O quê?- pergunto sem acreditar. Olho para Helô e a mesma está em prantos.Eu sei o quanto ela se apegou a Luiza, até mais do que eu. Puxo ela para mim e a abraço o mais forte que posso. -Eu vou deixar vocês a sóis.- Larissa diz -Sinto muito pela sua mãe, sei o que deve estar sentindo-

Helô: Olho para Edu enquanto ele acariciava meus cabelos. Ele está cuidando tanto de mim e sei que não deve estar entendendo nada, acho que ele tem o direito de saber. -Eu tinha um irmão gêmeo, ele morreu a 6 anos.- digo do nada -Sinto muito- ele diz -Éramos tão grudados e depois que ele morreu eu sofri tanto, tanto, que prometi pra mim mesma que nunca mais iria me apegar daquele jeito a ninguém, mas Luiza era tão doce e gentil igualzinho ao meu irmão...- Seco as lágrimas que já insistiam em cair e continuo- Eu não pude impedir a morte dele mas eu podia impedir a dela, eu podia ter feito mais, eu podia Eduardo, mas Larissa me proibiu de ajudar a mãe dela e uma semana depois ela morreu, nem ao enterro eu tive a chance de ir porque ela me privou disso. Meu travesseiro já estava en

Edu:Sexta: Tem 4 dias desde que Helô veio morar aqui em casa. Tenho notado que desde o falecimento de Luiza ela está meio pra baixo e não sei o que fazer para tentar animar ela. As vezes ouço ela chorar durante o banho. Queria poder fazer alguma coisa. Agora são 20:00 horas, ela já devia ter chegado do trabalho a muito tempo mas até agora nada, já liguei umas 8 vezes e ela não atende, estou muito preocupado. Cansado de esperar, peguei a chave do carro e quando ia sair de casa meu telefone toca, era ela. -Helô, onde você está?- pergunto preocupado -Eu estou com tanta saudade do meu irmão e hoje faz uma semana que Luiza morreu.- Dava pra perceber pela sua voz que estava bêbada.- Eu já tinha superado a morte dele, mas quando ela se foi parece que eu perdi os dois juntos.- ela

Helô:1 mês depois: Sim, eu comecei a terapia, e sim, ela está me ajudando muito.Já não sinto mais vontade de chorar todos os dias, claro que as vezes ainda choro escondido, mas é uma questão de tempo até as coisas começarem a mudar para melhor, assim espero. Neste momento eu estou a caminho da mansão, isso mesmo, estou indo para a casa de Larissa.Estou indo a pé mesmo, são uns 40 minutos andando, mas eu queria andar e aproveitar esse tempo para pensar em tudo o que eu ia dizer pra ela. Espero não esquecer nada! Assim que cheguei, parei diante à porta e respirei fundo. -Vai lá e arrasa!- digo para mim mesma. Toco a campainha e o moço abre a porta. -Sim? -Eu quero falar com Larissa. -Quem

Helô:3 anos depois:Sábado: Termino de me arrumar e me olho no espelho.Eu e Eduardo combinamos de ir visitar meus pais hoje. -Está linda!- Edu diz -Obrigada, você também está maravilhoso.- digo e o beijo. Demos as mãos e fomos para a garagem, quando ia entrar no carro meu celular toca. -Alô- atendo -Heloísa, preciso da sua ajuda.- era a voz da Sofia e ela parecia desesperada. -Sofi onde você está?- pergunto -Vou te mandar o endereço, mas por favor não demora, preciso de você.- ela diz e desliga Segundos depois ela me manda a localização. -O que foi?- Edu pergunta preocupado. -Entra no carro e dirige porque Sofi precisa de mim.-

Helô:Se eu sou feliz? Sim, muito mesmo.Sempre vi todos exercendo a felicidade, mas nunca achei que um dia conseguiria. Achei que aquilo não fosse para mim.Mas agora percebo o quanto eu estava errada.Com o homem que eu amo mais que tudo ao meu lado e a minha filha que daria a minha vida por ela, do outro eu sinto que posso qualquer coisa.Se a minha felicidade dependeu de um homem?Não!!É óbvio que ele me ajudou muito e eu me sinto imensamente grata por tudo o que ele fez por mim, mas seria uma enorme loucura depositar toda a minha chance de felicidade em uma pessoa, seja ela quem for. Depositar toda a sua expectativa de alegria em alguém é o mesmo que pedir para se decepcionar.Não que Eduardo tenha me decepcionado até agora, mas o que eu quero dizer é que devemos ser nós mesmos os principais causadores de alegria em nossas vidas, porque as pessoas falham, elas nos machucam sem mesmo notar e transf