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CINQUENTA E UM
×Albert×Os olhos de Alicia arregalaram-se automaticamente ao ouvir minha pergunta. Ela parece lembrar-se de algo._Eu lembro da Samyra estendendo a mão e algo me jogou no chão._Seus olhos perdidos encontram os meus._Albert, é possível a Samyra ter poderes sem ser sobrenatural?_Eu não sei..._Ponho a mão na nuca._Tenho medo de estar acolhendo algo que não sei o que é._Que algo me jogou ao chão provocando-me dores absurdas é certo. Só não posso afirmar se veio dela realmente. Você sabe que esse mundo sobrenatural é cheio de mistérios._Sei..._Me dirijo até a porta._Qualquer coisa que você perceber, me avise. Preciso ficar de olho na Samyra.Ela afirma e então eu saio do quarto. Se a intenção da Sabrinne foi colocar um pulga atrás da minha orelha, ela conseguiu. Minha cabeça está tão dividida com tudo isso. Uma parte se recusa a acreditar que a Samyra seja uma tr
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CINQUENTA E DOIS
×Samyra×Depois que saí do quarto do Albert, corri rapidamente para o meu quarto. Era evidente a minha felicidade por me dar o prazer de fazer aquilo que eu estava querendo. Mas meu coração estava partido. Eu precisava dizer ao Albert sobre tudo que está me acontecendo, mas eu não tenho coragem de contá-lo pessoalmente. Por isso resolvi fazer uma carta.Entrei no banho e vesti algo mais leve pois estava calor. Vi Vera na cama um pouco pensativa e resolvi não interrompê-la. Pego uma folha de papel e uma caneta para dar início a carta. Na metade da mesma, sinto a presença da Yanka._Tem certeza que quer fazer isso?_Ela senta-se perto de mim._Tenho. Ele disse que me ama e eu tenho que acreditar que esse sentimento é real._Digo sem tirar os olhos da carta._Serei injusta com ele dizendo que o amo e não contando a verdade. Sei que não conseguirei dizer na sua frente e então resolvi escrever.

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CINQUENTA E TRÊS
×Samyra×Eu fiquei tensa, pensativa. Isso estava estampado na minha face. Fomos pro jantar e sei que o Albert percebeu algo estranho em mim. Ele é bom em decifrar-me. Fiquei pela frente do Palácio esperando alguns minutos se passarem para que enfim eu pudesse dirigir-me até seu quarto. Um tempo depois, entro novamente no Palácio. Ao subir a escada, dou de cara com a Bruna._Onde vai, doadora?_Ela pergunta curiosa._Estou indo até o quarto do Sr. Albert a pedido dele._Respondo passando por ela.Bato na porta do quarto dele e logo ele abre. Entro rapidamente para não ser vista por mais ninguém.Justifico minha demora a ele no momento que vou entrando.Ele fecha a porta, aproxima-se de mim e me beija. Logo me solta._Você precisa dizer o que quer que eu prometa. Não sei se no próximo beijo eu me controlo._Ele puxa-me pra cama._Diz, SamyraFico tentando buscar
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CINQUENTA E QUATRO
×Albert×Pelo que percebi, a Samyra saiu do meu quarto fumegando. Jogo-me na cama bufando prolongamente. Por que as mulheres tem que ser assim, hein? Tem essa mania louca de querer dar nome a tudo. Se está rolando algo, tem que ser namoro. Se já faz tempo que está junto, tem que noivar. Urgh!Me direciono até a janela do meu quarto e vejo uma silhueta de alguém no jardim. Melhorando mais a minha visão, vejo que é a Samyra. Ela está com as mãos estendidas para o céu._Estranho._Sussurro.Não demora nada e ela cai no chão. Nesse momento eu pulo a janela e vou ao seu encontro na minha velocidade vampírica. Ela está muito pálida e fria. Parece até que está morta. Encosto o ouvido no seu peito e não ouço os batimentos do seu coração._Ei, não morre._Faço massagem cardíaca nela._Por favor, não morre.Quando uma ideia louca passou pela minha cabeça e eu estava prestes a colocá-la e
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CINQUENTA E CINCO
× A carta ×Querido Albert, perdão. Perdão, perdão pelas coisas que revelarei nessa carta. Assumo de imediato que fui fraca em não estar dizendo tais coisas na sua frente, mas você me desarma. Eu não consigo ser a Samyra pentelha e corajosa quando<
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CINQUENTA E SEIS
×Albert×Encontro Bryan e Soraya conversando na sala. Eles se calam ao sentir a minha presença._Alguma notícia da Samyra?_Bryan pergunta ao me ver._Iria perguntar a mesma coisa._Digo estranhando a sua expressão._Nenhuma notícia?_Nada._Soraya responde._Seu tio que tinha comunicação com o hospital. Deve ter o número de lá no escritório dele.Assinto e caminho em direção ao escritório do Inácio. Procuro em cima do gabinete, mas não acho nada. Abro a primeira gaveta e nada. Ao abrir a segunda, deparo-me com um papel estranho contendo meu nome.Sento na cadeira e começo a lê-lo. Meu cérebro recusa-se a acreditar no que meus olhos leem. Não é possível que o tio Inácio juntamente com meu pai tenha feito isso. Contrato de casamento com uma vampira da família Valdemont?Deixo o papel no mesmo local e acho na mesma gaveta a agenda telefônica. Disco o número no telef
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CINQUENTA E SETE
×Salim/Samyra× (Agora que tudo vai começar)Abro os olhos lentamente piscando algumas vezes pra me acostumar com a escuridão do ambiente. Logo uma luz é acesa e isso prejudica um pouco minha visão._Vejo que despertou._Uma mulher madura aparece no meu campo de visão._Bem vinda, Salim. Estávamos à sua espera.Levanto-me e sento na grande pedra em que eu estava deitada Parece um tipo de altar de sacrifícios. Conheço bem pois na época em que fui viva se usava muito._Quem é você?_Falo desconfiada._Foi você que me invocou?Levanto e chego perto dela. Seus olhos são cor de mel e sua aparência parece muito vulgar para sua idade._Eu s
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CINQUENTA E OITO
×Salim/Samyra×Yanka tinha os olhos vidrados em mim e parecia que estava com medo. Talvez porque ela nunca me viu tão obstinada em algo. Foram séculos planejando minha vingança que ao meus olhos nunca iria acontecer._Salim, o Héctor já deve saber da sua existência._Ela aproxima-se._Seu corpo atual não é resistente. Provavelmente não aguentará muito tempo. Ainda queres seguir com vingança?_Você não entende!_Berro com as mãos na cabeça._Elas sabem onde meu filho está. Você não sabe o que é ser mãe. É sacrificar-se só pra saber que o filho está bem. E eu topo qualquer sacrifício.Yanka assente de contragosto e senta no chão. Meus olhos estão inundados de lágrimas. Se não fosse aquele miserável...Nesse momento a porta é aberta e a tal Claire metida a besta aparece._Já tem sua resposta, Salim?_Ela cruza os braços._Sim, tenho._Caminho lentamen
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CINQUENTA E NOVE
×Albert×Me vesti e saí em direção a ala dos doadores. Precisava da ajuda de Emilly, ou sei lá qual seja seu nome. Encontro-a na frente do grande portão como se me esperasse._Podemos ir vê-la agora._Ela diz assim que chego perto.Apenas assinto e ela me segue entrando no carro. Logo estávamos saindo do Palácio._O que você é de fato?_Pergunto curioso._Um espírito protetor disfarçado de criança._Ela fala sem tirar os olhos do caminho._Pode me chamar de Yanka._Hm... Yanka. Gostava mais de Emilly._Opino._Por que não usa sua forma normal?_Pra não levantar suspeitas._Ela diz meio óbvio._Agora coloca esse carro pra correr. Preciso saber se Salim está bem._E a Samyra também.Dirijo o mais rápido que posso cometendo algumas infrações. Mas quem poderia multar um vampiro numa cidade dominada por eles?Chegamos rapida
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SESSENTA
×Albert×Vi Vera indecisa depois que falei que iríamos viajar. Se caso ela não quiser, eu vou. Nem que seja sozinho._Tudo bem. A questão é me deixarem ir com você._Ela anda de um lado ao outro agitada._Isso eu resolvo. Arruma algumas coisa que eu já volto pra te buscar. Deixa o resto comigo.Ela assente e então volto para o Palácio. Pego o celular e disco o número do tio Inácio. Depois de chamar mais de quatro vezes, ele me atende._Péssima hora pra ligar, Albert._Sua voz parece receosa._Preciso avisar que estou indo pra Romênia._Falo vendo meu pai que estava na sala espantar-se com o que digo._Salim está indo atrás do Héctor e eu não posso deixar ele machucá-la._Como?_Meu tio praticamente berra ao telefone._<
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