– Não vai dar muito trabalho? – perguntei, prendendo o cinto.– Não, não vai – Joe checou os retrovisores (como se mais alguém pudesse mexer naquela lata velha). – Você está muito velho para entrar na escola do bairro. As crianças iriam caçoar de você.Ele checou o porta luvas, suas aspirinas e minhas fritas estavam ali. Além de repelente, um sinalizador, documentos do carro e um guia de TV. – Eu sei, mas... Existe Internet e meios mais fáceis de fazer isso – apontei para o celular em sua mão. Ele me passou o aparelho junto há um risinho amarelo.– Então você não quer vê-los? – aquele olhar travesso manchou toda a silhueta de pai superprotetor que ele esbanjava há somente um segundo atrás.– Quero, quero sim. Só não quero dar muito trabalho – talvez eu seja o superprotetor.– Esse não é o papel dos filhos? Dar trabalho?– Aaaah, você me entendeu!
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