# Cristhopher A cidade do Rio de Janeiro era maravilhosa e possuia diversas opções de lazer, dentre elas algumas exclusivas para apreciadores de viagens de alto padrão. Também tinham algumas opções de passeios que eu fiz questão de fazer com a minha família, a Ana Júlia estava um pouco indisposta, já na reta final da gravidez, mas mesmo assim eu insisti e ela foi com a gente.Voamos de helicóptero sobre a cidade e vimos como ela era linda, sobre todos os ângulos, passando por pontos turísticos e praias como: Cristo Redentor, Jardim Botânico, Forte de Copacabana, Pedra da Gávea, Lagoa Rodrigo de Freitas, Arpoador, Ipanema, Copacabana, Leblon, Joá e etc.Também resolvi me aventurar de parapente junto com a minha irmã Milly. Aquela era uma atividade para turistas que apreciam esportes aquáticos e aéreos e embora eu já tivesse feito nos Estados Unidos, resolvi repetir a dose. O passeio de parapente é ligado a uma lancha e percorremos Ipanema e Copacabana, enquanto sobrevoamos o mar das p
# Ana Júlia A minha reconciliação com a Catarina foi melhor do que eu pensava, ela foi extremamente compreensiva comigo e saímos do hospital juntas. No estacionamento, o taxista ainda me esperava, então entrei no carro juntamente com a Cat e pedi para que ele nos levasse até o Copacabana Palace. No meio do caminho, notei que ele mudou totalmente a rota, estávamos no carro a mais de uma hora e em um bairro totalmente afastado de tudo. Comecei a ficar nervosa, quando ele parou o carro no meio do mato, um lugar precário e silencioso. Ele tirou o boné e os óculos e eu e a minha amiga logo o reconhecemos: era o Dr. Mark Ronald, o homem que tentou me seduzir no hospital e o ex namorado da mãe da Catarina, o cafajeste que tirou a inocência de uma menina de 14 anos.A Catarina era muito forte e ela não esboçou nenhuma reação ao vê-lo, embora eu acredito que ela tenha ficado em estado de choque.— Ora, Ora, Ora, eu fui sequestrar uma donzela indefesa e consegui duas! E você minha querida Cat,
# Cristhopher A minha vinda a São Paulo não tinha sido nada produtiva, a empresa falida tinha muitas dívidas e a documentação parecia falsa. Por isso não quis fechar o negócio. Antes de ir para o heliporto para pegar o helicóptero, liguei para a Ana Júlia e o celular estava caindo na caixa postal. Ignorei a pequena onda de preocupação que me invadiu e entrei no helicóptero, cumprimentei o piloto que não me respondeu e iniciamos o voo. No meio da viagem, sobrevoando a cidade de São Paulo, ele tirou o disfarce e eu logo percebi a armação, engoli a saliva e comecei a suar frio. Meu coração estava tão disparado que parecia querer sair pela boca.— Pronto Christopher, vamos fazer uma viagem inesquecível, estamos indo ao encontro do seu grande amor e você vai poder vê-la sendo torturada até a morte.A viagem de quase quarenta minutos foi uma eternidade, ele estava completamente descontrolado, mais do que ele já era.Possamos por uma pista de pouso improvisada, no meio de um matagal e ao s
# Ana Júlia Eu fiquei mais de um dia dormindo e ao acordar no hospital, minha cabeça estava dolorida de tanta medicação. Coloquei as mãos na minha barriga e senti um alívio, pois aquela mulher sem escrúpulos falou que ia fazer o meu parto sem anestesia. Ao me lembrar do filme de terror que eu vivi, comecei a chorar desesperadamente.— Calma meu amor, o pesadelo acabou. Todos eles morreram, menos o Patrick, entretanto foi ele que salvou a sua vida. Ele aplicou uma injeção na Léah que morreu com o seu próprio veneno e o Mark Ronald morreu com um tiro no peito. O Eduard tentou fugir, mas o helicóptero explodiu no ar. O Patrick também levou um tiro, está fora de perigo e se encontra em um hospital penitenciário. Ele vai ficar preso por um bom tempo e descobri que foi ele quem foi atrás do Bryan e o trouxe até o cativeiro. Ele também chamou a polícia, disse que te amava demais e que faria de tudo pra ficar contigo, mas acho que ele não estava preparado pra te ver morrer. Ele não queria o
# Ana Júlia Acordei assustada, olhei para a janela e vi que já era noite. Olhei para o lado e vi o Cristhopher de cabeça baixa, triste. Ele pegou nas minhas mãos, sem falar nada e ficou olhando nos fundos dos meus olhos até que eu resolvi perguntar para ele o que aconteceu no parto.— Christopher, cade os nossos filhos? Pelo amor de Deus, não me fala que o pior aconteceu!— Anaju calma, sua pressão subiu muito, você teve hemorragia e precisou de uma transfusão de sangue que eu mesmo doei. Agora você está bem e a nossa princesa nasceu abaixo do peso, está na uti neonatal e o nosso filho nasceu com estenose pulmonar valvar e precisou de uma cirurgia bastante invasiva. Ele também precisou de doação de sangue e a Milleny doou. Minha mãe realizou a cirurgia e ele já está na UTI neonatal ao lado da irmã e da filha da Catarina. Os três estão estáveis e agora é só esperar para ganhar peso.—Eu quero ver os meus filhos e a minha afilhada. E a Catarina? Meu Deus Cris, não me fala que a minha a
# Ana Júlia "Dias difíceis" é a expressão que resume a pandemia. Mal sabem as pessoas que nós, mães de gêmeos, tivemos que nos acostumar a viver em um isolamento total com os recém nascidos.Não podemos sair, fazer um passeio e se é complicado com um, imagina com dois! Temos também que ficar de olho na mudança do tempo, se esfria, se chove ou se faz sol, afinal, o medo deles adoecerem é gigantesco. O pior é quando eles choram todos juntos, principalmente quando dão as temidas cólicas da madrugada… é uma verdadeira orquestra sinfônica de tanto choro! Pra ser sincera, todos romantizam a maternidade, mas poucas pessoas falam a verdade nua e crua.Não conseguir trocar muitas vezes de ambiente dentro da própria casa, querer ir ao banheiro e não poder, é um martírio. Às vezes tenho que levar os bebês confortos junto comigo, para o banho, caso contrário, nem isso eu conseguiria fazer.Tentar preparar na cozinha uma comida, enquanto eles choram, se tornou algo apavorante. Dois é difícil, t
# Cristhopher Eu já me sentia o pai da jujuba quando chegou o Júnior. Os dois estavam grandes, e diferente do que se é falado, ser pai não é uma tarefa fácil. É ter que ajudar a mãe em todos os momentos, desde a troca de fralda, o banho dos bebês, até revezar as mamadeiras. Infelizmente só os seios não estavam dando conta daquelas criaturinhas famintas e quando a Ana estava descansando eu ficava acordado para que ela pudesse dormir. Também a ajudava nas benditas cólicas, principalmente quando os três bebês acordavam chorando de madrugada, era uma tortura! O amor era incondicional, confesso, porém a maternidade não deveria ser romantizada, pois as mães sofrem e não é pouco! Homens de verdade não são aqueles que somente fazem filhos, mas também aqueles que cuidam, ajudam e suprem a necessidade da mãe.Apesar de a depressão pós-parto na mulher ser mais abordada, tal quadro também pode manifestar-se em homens. Também chamada de baby blues masculina, a depressão pós-parto em homens afeta
# Ana Júlia 2 anos depois O tempo passou, foram dois anos difíceis enquanto eu via a Catarina se recuperando lentamente e vivendo em cima de uma cama. Ela acordou do coma sem reconhecer ninguém, mal falava e vivia em um mundo só dela. Todos os dias eu acordava, fazia a minha higiene pessoal e ia até o quarto dos meus filhos para lhes dar um bom dia animado. Em seguida, eu seguia para o quarto da Ana Victoria e a levava para ver a mãe, sempre em um ritual rotineiro.Comecei o meu curso de medicina e já estava trabalhando na administração do meu hospital do câncer, que há poucos meses ficou pronto. Ainda não tinha licença para exercer a minha profissão pois faltava alguns anos para me formar. — Bom dia meu amor, acorda seu preguiçoso.O Christopher me puxou com tudo em cima dele, começou a me beijar e é claro que eu não consegui resistir àquela tentação do meu marido gostoso logo pela manhã.Ele foi beijando o meu pescoço e eu sentei em cima dele e comecei a cavalgar, pois eu adorava