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Capítulo 81
# Catarina Bônus Catarina Minha vida é uma catástrofe Clichê a minha vida não é, sou uma mulher irresponsável, inconveniente e inconsequente, e sou egoísta e mesquinha. Sempre ouvi isso das pessoas e doeu no fundo da minha alma ouvir essas palavras saindo da boca da Ana Júlia e da minha mãe.Durante quase toda a minha vida vi as pessoas fazendo de tudo para agradar aos outros, mais do que a si mesmo.Minha mãe por exemplo mudava radicalmente quase de um dia para o outro, ela sempre quis ser uma mãe perfeita, uma mulher independente.De modo geral, enquanto as outras mulheres se arrumavam mais, emagreciam, faziam cortes de cabelo e andavam vestidas de forma elegante, minha mãe mesmo sendo jovem, trabalhava muito para me sustentar.Basicamente ela se matava de trabalhar para conseguir pagar uma escola particular, mas que por alguma razão que eu não entendo, ela não era feliz. Arrumou vários namorados que não me aceitavam. Eu era uma criança rebelde e carente de amor de pai e ela semp
# Capítulo 82
Crise de síndrome do pânico da Ana Júlia.# Christopher Fiquei duas semanas trancado, dentro de cem metros quadrados em um dos meus apartamentos que ficava no mesmo prédio da minha cobertura. Tive sintomas de ansiedade, senti tremores e dores por todo o corpo e fiquei muito gripado, atordoado. A febre alta persistiu por três dias seguidos, mas logo passou graças à medicação.Trabalhei em home office, fiz reuniões por videoconferência. Todos os dias fiz videochamadas com minha família, Ana Júlia e com a nossa jujuba. Elas são tudo o que eu tenho de mais sagrado e era impossível ficar sem vê-las.Acordei animado, pois acabou meu martírio. Foram quatorze dias de sofrimento, um verdadeiro tormento que pareceu um pesadelo. Dias intermináveis que para mim, se comparavam há anos longe dos meus amores, sem exagero nenhum. Repensei toda a minha vida e decidi que onde eu for, vou levá-las junto a mim pois não quero ficar longe das minhas mulheres.Antes de voltar para o meu lar, refiz o teste
Capítulo 83
Crise de ansiedade # Ana Júlia Eu acordei com um aperto no peito, coração acelerado, falta de ar e vontade de chorar e gritar. Era um desespero tão grande que não consegui abrir os olhos, um medo irracional me assombrava, meu corpo inteiro doía, minhas mãos estavam formigando e parecia que fui atropelada por um trator.Ansiedade dói e dói muito.Dói quando seu coração acelera, a ponto de faltar ar nos seus pulmões. Dói quando seu emocional está descontrolado, totalmente abalado e você tem que aguentar firme pra não te chamarem de louca.Dói quando seu estômago vira do avesso, porque seu corpo pede por um minuto de paz e tranquilidade. Dói quando você realmente está cansada de sentir todos os dias a mesma coisa e nem com remédios você se acalma. Dói quando sua pele arrepia, porque sentiu mais uma palpitação no coração, falta de ar, tremedeira e um suor excessivo.Dói quando os pés e as mãos estão gelados e ao mesmo tempo suando. Dói quando memórias do passado te atormentam e hip
Capítulo 84
# Cristhopher Tristeza ou depressão?Devido os últimos acontecimentos eu tive que chamar o meu primo Bryan para atender a Ana Júlia com urgência, pois ela não reage, fica deitada o dia inteiro e mal quer comer. Estou morrendo de preocupação com medo de ser depressão.Ele veio rápido e trouxe uma psicóloga — Faz duas semanas que a Catarina foi embora sem se despedir da Ana Júlia e nem de ninguém, e o pior é que ela mudou de número de telefone, foi embora sem deixar rastros. Isso deixou a Ana totalmente abalada com uma tristeza absoluta, como identificar se é depressão?Agora ela estava dormindo tranquilamente, mas passou a noite inteira sem dormir chorando e se sentindo culpada.— Primo, eu acredito que não é depressão, é normal ela estar triste e com esse sentimento de perda.Entenda as diferenças e como identificar a depressão e a ansiedade:Os transtornos mentais mais comuns são a depressão e ansiedade, sendo considerados as doenças do século XXI e podem gerar consequências graves
Capítulo 85
# Ana Júlia Nossa viagem para Europa Nossa viagem para Europa foi tranquila e assim que chegamos na Inglaterra, ficamos no apartamento do Christopher em um bairro nobre de Londres. Eu ainda estava tendo crises de ansiedade, a notícia da morte do crápula do Eduard e da mocréia da Leah me deixou mais tranquila, entretanto ainda tinha o Patrick que foi solto da prisão. Acredito que ele não seja tão perigoso, porém alguma coisa me dizia que ainda estávamos correndo perigo. Eu estava tendo pesadelos constantes, sentia um medo que predominava a minha mente e o meu coração estava vivendo apertado. Não era só a ansiedade, era o meu sexto sentido e por conta disso, eu não conseguia me acalmar. Christopher chegou de repente me abraçando por trás e me beijando.— Ana, eu tenho uma surpresa para você!— Fala logo.Ele entra com um menino lindo, loiro e de olhos azuis.— Esse é o Giovanny Glecory Junior, ele vai ser o nosso filho primogênito! Depois de tantos meses consegui adotá-lo.O menino e
Capítulo 86
Passeio para a Disney.# Cristhopher As crianças estavam eufóricas com a viagem e mal tiveram tempo para discutir, graças a Deus! Chegou a hora do nosso voo e uma felicidade plena pairava no ar: estávamos todos juntos, em família e o fato de ser a primeira vez da Ana na Disney, tornava tudo muito novo para ela, era como se ela tivesse voltado à sua infância. O sorriso estampado em seu rosto tornava isso muito claro e eu estava extasiado por estar prestes a realizar o seu sonho. Pegamos o meu jatinho particular e em poucos minutos estávamos partindo em direção ao mundo da fantasia. — Crianças não quero mais brigas entre vocês dois — disse Ana.Minha mãe e minha irmã também foram com a gente e pra minha tristeza, o mala do tal do Leonardo também foi à tiracolo. Ele não fazia falta, na verdade eu nem conseguia entender porque raios ele tinha que nos acompanhar em todos os lugares.Pouco tempo depois de decolar, as crianças já estavam dormindo. Coloquei ambas dentro de uma cabine que j
Capítulo 87
Capítulo extra Sofrendo por amor # Catarina Ouvindo Only Love can Hurt like this.Eu vim para o Brasil fugindo de mim mesma, o medo me definia e naquele momento não pensei em me despedir de ninguém, nem da Ana Júlia, muito menos da minha mãe. Também não quis saber do resultado de DNA, pois as únicas pessoas que realmente me importavam, já estavam comigo, me apoiando nesse momento tão difícil. O Rick me ajudou e me deu um abrigo, eu estava na casa da mãe dele, no Brasil. Ela não sabia que ele era gay e estávamos fingindo que éramos namorados para que a família dele não desconfiasse de nada. Consegui um emprego de auxiliar em um hospital público no Rio de Janeiro e eu já estava com sete meses de gravidez. Minha bebê me traz paz e me lembrar das últimas palavras que o pai dela me disse antes de eu ir embora, me fazia sofrer tanto que eu nunca imaginei que amar alguém poderia destruir tanto uma pessoa. Era uma dor devastadora. Antes de ir embora, beijei o Bryan nos corredores do hospit
Capítulo 88
# Ana Júlia Todo mundo diz que gravidez não é doença, mas o último trimestre da gravidez é intenso, o corpo inteiro dói, principalmente as costas. Carregar essa dupla do barulho não está sendo nada fácil: um parece jogador de futebol e a outra uma lutadora de MMA. São chutes, pontapés e socos para todos os lados, sem falar na indisposição, enjoos, dor de estômago, azia, queimação e má digestão.É a ansiedade que domina a situação. Tenho medo de nascerem extremamente prematuros, medo de morrer no parto, ou de nascerem com algum problema que não foi detectado no ultrassom. Não posso tomar remédios para depressão, tenho que cuidar da alimentação para não me transformar em um animal em extinção, e ainda tem a insegurança que passa pela nossa cabeça, com medo do marido procurar na rua. Até aquela vontade sexual passou, não tem posição pra dormir imagina pra transar! Minha gravidez é de risco e exige muitos cuidados pois um dos bebês tem sopro no coração. Fizemos um ecocardiograma fetal e
Último capítulo