aceitar? Ou não?

### Capítulo 3

Tento processar as palavras que acabaram de sair da boca de Ben. A tensão no ar é palpável, e meu coração dispara, batendo forte como se quisesse escapar do meu peito.

— Luna? Você sabe que pode simplesmente dizer não. Mas, para ser sincero, seria difícil encontrar alguém tão perfeita quanto você, e o tempo está se esgotando.

Ele diz isso com um sorriso confiante, os olhos brilhando com uma intensidade que me faz sentir exposta. Sinto um frio na barriga, um misto de nervosismo e excitação.

— Por que eu, Ben?

Ele dá um passo à frente, o sorriso se alargando enquanto analisa cada detalhe do meu rosto.

— Em primeiro lugar, você é o tipo do Marco. Tem aquele olhar inocente, mas um corpo que é simplesmente... sexy como a porra do inferno.

O calor sobe ao meu rosto, e uma onda de vergonha me invade. As palavras dele têm um efeito inesperado, como um toque suave que me eletriza. Ben se inclina mais perto, e consigo sentir sua respiração quente na minha pele, um aroma envolvente que me deixa atordoada.

— Não fique tímida, é apenas a verdade. Apesar de você ficar ainda mais irresistível assim.

Ele se aproxima tanto que nossas bocas estão a poucos centímetros de distância. Minha respiração se torna irregular, cada inalação uma luta contra a expectativa crescente.

— Se eu te beijasse agora, você aceitaria, Luna?

Fecho os olhos, a expectativa faz meu coração acelerar. Mas, em vez de um beijo, ele sussurra em meu ouvido, com a voz baixa e sedutora.

— Se você aceitar o trabalho, teremos que treinar seu autocontrole.

Sinto meu rosto queimar com a sugestão implícita. O que ele quer dizer com isso?

— Além disso, preciso de alguém em quem confiar. Alguém que eu possa controlar de fora, e que não tenha mais nada a perder. Não é todo mundo que tem coragem de mexer com a família Cortez.

— Entendi, então eu caí como uma luva.

— Exatamente. Então, Luna, o que me diz?

— Você está certo, não tenho nada a perder. Eu aceito, mas como isso vai funcionar? Como vou me aproximar dele?

Ele sorri, claramente satisfeito com minha resposta.

— Não se preocupe, eu cuidarei de tudo. Como disse, você será apenas minha marionete. Vou controlar suas decisões e ações.

— Mais alguma coisa que eu possa saber?

Ele me lança um olhar penetrante, um misto de desafio e desejo.

— Você acha que é capaz de seduzir um homem, Luna? Você sabe como deixar um homem louco por você?

Minha respiração novamente se prende na garganta. Ele se aproxima ainda mais, o calor entre nós quase palpável.

— Você sabe manipular alguém ao ponto dele fazer qualquer coisa por você?

— A resposta, querida, nós dois sabemos que é não. É por isso que vamos nos encontrar frequentemente para eu te dar umas aulas.

— Aulas? ** Falo com um olhar de espanto**

— Exatamente. Passe seu número, e eu entro em contato.

— Certo, então é isso? Estou contratada para seduzir uma pessoa. Vamos assinar um contrato ou algo assim?

— É melhor não. Não sei até que ponto Marco está me vigiando. Sem provas do que estamos prestes a fazer. Agora, aproveite a noite.

— Obrigada, até mais, Ben.

— Até mais, Luna. E, Luna...

— Sim?

— Não esqueça, você não pode falar sobre isso com ninguém.

— Pode deixar. Respondo com firmeza.

Desço para a área VIP e avisto Letícia em um canto privado, cercada pelo barman e um cara que não conheço. Eles trocam beijos intensos, a cena é quase hipnotizante.

— Ah, oi amiga! Estava te procurando. **Letícia fala com um sorriso sacana no rosto**

— Estou vendo. ** Respondo em um tom sarcástico **

_Esse é o Lucca; ele é dono da boate.

— Olá, é um prazer! Gostaria de se juntar a nós?**

Fico surpresa com a proposta, hesito enquanto observo a interação deles.

— O quê?** Falo com espanto**

— Adoraríamos!** O barman reforça, sorrindo de forma convidativa**.

— Eu não me oponho,** Letícia completa, piscando para mim com um brilho travesso nos olhos**.

— Obrigada, mas vou dispensar.

— Tudo bem, fica pra próxima. Meu intervalo acabou mesmo. Até mais, meninas!** Letícia se despede, dando um último sorriso enquanto o barman se afasta**.

— Também preciso resolver algumas coisas da boate,** Lucca diz, levantando-se e ajeitando a gravata.

— Vê se me liga, Letícia.

— Pode deixar.

Ele se afasta e olha pra ela em estado de choque.

**— Amiga, o que foi isso?

_Estava ficando com dois caras super gatos! Ué, vai dizer que nunca fez isso?

— Não! Meu Deus, como isso funciona?

— Não dá pra explicar, miga. Só tendo dois homens ao mesmo tempo pra entender.

A ideia me provoca uma onda de excitação, uma curiosidade que me faz sentir viva.

**Dois homens ao mesmo tempo? Por que essa ideia me deixa tão... intrigada?**

Sou interrompida por Letícia, que parece ter lido meus pensamentos.

— Oi... Você está aí? E onde você se meteu?

Lembro da advertência de Ben, e decido não mencionar nada.

— Fui procurar um banheiro e acabei me perdendo. Esse lugar é enorme!

— Sério? Que pena! Achei que você estava se pegando com um gatinho ou uma gatinha.

— Kkkk, você é doida!

— O bom é que a noite mal começou. Se você não pegar ninguém, eu pego você.

— Haha, fechado! Vamos nos divertir. **Falo com entusiasmo **

— O que aconteceu? Estava tão depressiva. Tem certeza de que não estava se pegando com ninguém? ** Ela fala com um tom de desconfiança**

— Não é nada. Vamos beber! ** Vou para a pista de dança para desviar do assunto**

Passamos a noite nos divertindo, a música e as risadas nos envolvendo como uma onda, cada momento se transformando em uma memória efêmera.

No dia seguinte, acordo com uma ressaca brutal, a luz do sol se infiltrando pelas cortinas como uma lâmina afiada.

— Nossa, nem parece que a noite realmente aconteceu. Que loucura!

Ainda consigo sentir o cheiro de Ben perto de mim, um perfume que me fascina e me atormenta. Ele é uma perdição.

— Deus, preciso me concentrar. Tenho um trabalho complicado pela frente. Quando será que vou começar?

Graças a Deus, hoje é minha folga. Como Ben prometeu me ajudar, decido renegociar minhas dívidas.

Pego meu celular e começo a mexer nos aplicativos de banco. Para minha surpresa...

— Está tudo pago? Eu não devo mais nada? Como assim?

A incredulidade me invade. Quero perguntar a Ben se ele teve alguma coisa a ver com isso, mas me lembro de que ele não me deu o número dele, apenas pediu o meu.

— Droga.

Decido esperar ele entrar em contato; não tenho outra opção.

Passo o dia assistindo séries, aproveitando meu dia de folga, a mente ainda confusa.

— Adoro dias preguiçosos.

Nesse momento, a campainha toca.

— Quem será? Só pode ser a Letícia.

Abro a porta e, para minha surpresa...

— Ben? O que faz aqui?

_Olá luna.

A expressão dele é de determinação, e eu sinto que, a partir deste momento, minha vida nunca mais será a mesma.

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