Verônica estava prestes a avançar, mas Calisto a deteve com um aviso:— Se você continuar fazendo escândalo, eu vou chamar a polícia!Só então Verônica se acalmou um pouco.— O que está acontecendo? Não disse que ajudaria você a ser liberada do hospital? Como você saiu por conta própria? — Perguntou Calisto, enquanto a conduzia até seu carro.Daniela, com a cabeça baixa, respondeu:— Eu queria sair do hospital mais cedo.Então ela mesma que resolveu os trâmites para a alta.— Agora devo levá-la para casa? — Ele perguntou.Daniela acenou com a cabeça afirmativamente.Durante o trajeto até a mansão, os dois permaneceram em silêncio.Ao chegar à porta, Calisto parou o carro e, hesitante, decidiu contar a ela:— Ontem, conforme você pediu, eu arranjei uma mulher para Ramon, mas ele não quis.Daniela, surpresa, levantou a cabeça e sentiu um misto de surpresa e alegria, que nem ela mesma tinha percebido antes. Porém, manteve uma expressão fria e distante:— É mesmo?Calisto acenou com a cab
"Berta geralmente é tão calma. Por que está tão agitada agora?"Daniela deixou de lado o que estava fazendo e perguntou: — Dona Berta, o que aconteceu?Berta estendeu o celular para ela: — Dê uma olhada.O olhar de Daniela pousou na tela do celular e, para sua surpresa, havia um vídeo de um incidente daquela manhã que alguém havia postado online, editado intencionalmente para retratá-la como uma mulher extremamente malvada.Ela imediatamente soube quem estava por trás disso. Verônica havia discutido com ela naquela manhã, e agora isso estava causando problemas, não estava?Afinal, com a internet tão avançada, fazer cyberbullying é fácil, basta estar disposto a pagar por popularidade. Os usuários de hoje não usam o cérebro, não pensam seriamente, acreditam em qualquer coisa que veem e nunca buscam a verdade dos fatos. Alguns, com uma moral distorcida, podem até levar uma pessoa decente à morte.Ela se lembrou de uma notícia recente sobre uma garota que havia pedido a um entregador p
Naquela noite, Ramon não voltou para casa, e Daniela não demonstrou grande preocupação. Desempregada, ela permanecia na mansão, atuando como consultora médica online, descansando e evitando deixar o quarto, desinteressada pelas notícias ou pelo próprio progresso.Por vários dias, Ramon não deu sinais de vida, e Daniela viu nisso a oportunidade perfeita para fugir, então, disse a Berta: — Me dê a ficha para pegar as roupas, vou buscar elas.— Deixe que eu busco para você. — Ofereceu Berta.— Quero dar uma saída, respirar um pouco de ar fresco e já trago tudo. — Respondeu Daniela.Na verdade, ela planejava pegar as roupas e ir embora diretamente.Berta entregou a ficha e, encarando Berta, Daniela a abraçou: — Dona Berta, vai ser tão difícil me despedir de você.Berta sorriu: — O que você está dizendo? Ainda vamos nos ver.Daniela não conseguiu explicar, apenas sorriu para Berta e saiu.Chegou à lavanderia quando seu celular tocou, e ela atendeu antes de entrar.— Dani, você ainda se
Originalmente, Ramon não estava interessado, mas após um lembrete de Walter, ele começou a observar o palco. Sob as luzes, uma figura encantadora estava sentada ao piano. Ele arqueou as sobrancelhas, surpreso tanto com a presença de Daniela naquele evento quanto com o fato de ela estar tocando piano. Walter comentou: — A Srta. Vieira é muito talentosa, minha esposa diz que ela também dança muito bem. O olhar de Ramon se fixou intensamente no palco. Daniela colocou seus dedos longos e suaves sobre as teclas, seu corpo relaxou, e com um leve pressionar de dedos, o primeiro som soou, seguido por uma sequência de notas ritmadas e tranquilas, formando uma melodia encantadora... Walter, que não entendia de piano, apenas queria compartilhar sua alegria com Ramon: — Gastei muita energia no desenvolvimento deste medicamento. Sem o seu grande investimento, não teríamos conseguido desenvolvê-lo tão rapidamente. — A presença de Ramon se devia ao fato de ele ser um investidor, com p
Naquele momento, ela repentinamente se lembrou que Ramon era o investidor do marido de Amanda e que certamente estaria presente naquela noite.Ela segurou a testa, como pôde ter esquecido isso?— Rápido! — Ordenou a pessoa do outro lado da linha.Ela respondeu:— Eu sei.Após desligar, ela disse ao homem de óculos:— Desculpe, tenho outro compromisso e preciso ir agora.Logo que terminou de falar, ela caminhou rapidamente em direção ao carro estacionado à beira da estrada.Quando estava prestes a tocar na maçaneta da porta traseira, Ramon disse:— Se sente na frente.Daniela, relutantemente, se sentou no banco do passageiro.Assim que se acomodou, Ramon começou a falar, com um tom ligeiramente resignado:— Daniela, você não pode ficar quieta um pouco?Daniela franziu a testa, sentindo que ele estava sendo ridículo.O que ela tinha feito de errado?O que ela tinha feito para incomodá-lo?— Não crie problemas onde eles não existem. — Disse ela, enquanto colocava o cinto de segurança.Ram
Ramon sabia que a pele de Daniela era branca, mas só ao tocá-la percebeu quão delicada e suave era.Seu coração parecia ser acariciado por uma pluma.Ele ansiava por essa sensação, que o cativava profundamente.Daniela, assustada, arregalou os olhos, com as pupilas tremendo. O que ele estava fazendo?Não, com sua condição física atual, definitivamente não poderia ter relações sexuais com um homem.No entanto, Ramon estava cada vez mais audacioso, e ela não conseguia se desvencilhar de sua mão firme, decidida, mordeu os lábios dele, que provocavam tumulto em sua boca!Ramon sentiu a dor e relaxou um pouco o aperto, e ela aproveitou para empurrá-lo.Ela o encarava furiosamente e perguntou: — Ramon, o que isso significa? O que você pensa que eu sou? Acha que sou uma mulher que pode ter relações sexuais com qualquer homem?Ramon a olhava, sua expressão mesclando deslumbramento com perplexidade: — Não é?Daniela quase levantou a mão para dar a ela um tapa, mas se conteve. Ela não podia, e
Daniela desviou o olhar e baixou a cabeça. Uma emoção fugaz atravessou seus olhos, mas rapidamente se dissipou. Em meia hora, ela preparou a refeição, com pratos caseiros simples, nada de especial. Ramon se sentou à mesa e, ao notar que havia apenas uma porção, perguntou: — Você não vai comer? Daniela respondeu: — Não estou com fome. Mesmo sem comer, ela se sentou à mesa, apenas para acompanhá-lo. Eles era um casal, afinal? Apesar de possuírem apenas uma certidão de casamento, em nada mais pareciam um casal, mas naquele dia estavam surpreendentemente harmoniosos. ... No dia seguinte, tomaram café da manhã juntos. Ramon disse: — Vou à empresa e posso te levar ao hospital. Daniela, sem contar que não trabalhava mais no hospital, com a cabeça baixa enquanto comia, respondeu: — Hoje não vou ao hospital. Ramon pensou que ela ainda não estava bem de saúde e não prosseguiu com o assunto: — Posso fazer de você uma médica oficial do Hospital Central... — Não pr
Era Hélio quem ligava, ele já havia verificado e disse: — Não há nenhum registro de compra de passagem para ela. Daniela pediu a Jandaia que saísse primeiro, ela certamente não usaria nenhum meio de transporte que exigisse identificação real ou que tivesse registros de compra de passagens. Ela já havia se preparado, comprou um carro usado muito antes e o deixou estacionado no subsolo do shopping, planejou a rota para evitar todas as câmeras e desapareceu silenciosamente. Ela optou por partir do shopping porque, primeiro, havia muitas pessoas no local, e ela se disfarçou para escapar das câmeras de vigilância. Encontrar seu rastro era simplesmente impossível, mesmo se alguém tentasse, não saberiam por onde começar. Ramon revisou todas as câmeras de segurança do shopping, mas não encontrou nenhum vestígio dela. Hélio e o motorista não ousavam falar, apenas baixavam a cabeça. O semblante de Ramon estava frio como gelo, ele não proferiu uma palavra, mas a pressão no ambiente e