Eles eram os assassinos de seu filho. Como ela poderia ter sentimentos pelo inimigo que matou seu filho? — Ramon não quer se divorciar, o que você planeja fazer? Você pode esconder a gravidez por um tempo, mas quando estiver mais avançada, não poderá mais esconder. — Lembrou Calisto. Daniela já tinha um plano em mente, mas não contou a Calisto, porque ele e Ramon eram muito próximos. Se Calisto soubesse, então Ramon também não estaria longe de saber. Ela fingiu não saber o que fazer: — Eu também não sei, vamos ver o que acontece. Calisto disse: — Talvez você devesse simplesmente fugir, deixar Ramon incapaz de te encontrar. Com o tempo, ele também a esquecerá. Daniela olhou para ele, com uma expressão sombria: — Você acha que, se Ramon quiser me encontrar, ele não conseguirá? — Parece que sim. — Calisto conhecia os métodos de Ramon. — Calisto, estou cansada, quero descansar. — Disse Daniela. Calisto se preparou para sair: — Tudo bem, se precisar de algo, me lig
Ramon se virou, olhou para Sandra e disse friamente:— Traga ele aqui.Nesse momento, Sandra ficou confusa, se sentindo um pouco em pânico:— Médico? Que médico?Ramon se sentou no sofá do quarto do hospital, cruzando as pernas elegantemente:— Você não disse que teve um aborto espontâneo? O médico que realizou o aborto cirúrgico simplesmente fugiu? Eu o trouxe de volta.Sandra quase caiu no chão de susto.Após o acidente de carro, ela foi a primeira a acordar. Ela gastou uma grande quantia de dinheiro para subornar o médico, para que ele dissesse ao secretário de Ramon, Hélio, que ela havia tido um aborto, então o médico fugiu com o dinheiro, mas esse médico foi capturado?Sandra disse:— Ramon, me escute...— Você terá sua chance de falar, não se apresse. — De repente, ele se inclinou para frente, uma sensação opressiva varrendo o ambiente.As pernas de Sandra enfraqueceram, e ela caiu no chão, tremendo e se arrastando lentamente para frente, cuidadosamente segurando a barra da calç
"Os fatos já estão diante dela, e ainda assim ela se atreve a contestar."Ramon tinha um sorriso frio nos lábios. Aquela mulher era tão irracional, que se atrevia a usar tal situação para tentar enganá-lo. Se não fosse pelo fato de que ela o havia salvo naquela noite, ele certamente não a deixaria escapar tão facilmente.Ramon disse: — Sandra, desta vez eu vou deixar você ir, mas não quero mais te ver no futuro. Minha paciência com você termina aqui. Se houver uma próxima vez, não serei tão leniente!Ramon se levantou e ordenou a Hélio: — Solte ela.— Certo. — Hélio acenou para que a soltassem.— Ramon... — Sandra correu até ele, chorando e implorando, lágrimas cobrindo seu rosto. — Eu não fiz de propósito...— Se você continuar me importunando, farei com que você não possa mais ficar nesta cidade! — Ele falou em um tom nem alto nem baixo, mas com uma autoridade incontestável.Sandra soltou suas mãos, desesperadamente caiu sentada no chão.Ela tinha planejado casar com Ramon fingindo
O quarto do hospital estava iluminado apenas por uma luz noturna, cuja luminosidade era tênue, conferindo ao ambiente um aspecto nebuloso e sombrio. Ramon se certificou de que Daniela estava dormindo profundamente antes de fechar a porta e caminhar até o lado da cama. Ele inclinou a cabeça. Nos últimos dias, Daniela havia recuperado um pouco de cor. Suas bochechas, delicadas e suaves como jade aquecido, os lábios rosados vibrantes como uma flor fresca, e seu cabelo preto desordenadamente espalhado, com uma mecha caindo sobre a sobrancelha, adicionavam um charme sedutor à cena. Ramon, incapaz de se conter, estendeu a mão para acariciar sua bochecha, sentindo a suavidade da pele ao toque. Ele franzia a testa. Talvez por causa da coceira, Daniela virou a cabeça ligeiramente. Ramon rapidamente retirou a mão. Daniela se virou, ficando de costas para ele, e continuou a dormir. Ao se virar, ela puxou o cobertor. Ramon ajeitou o cobertor sobre ela e se deitou ao lado, também
Ela nunca tentou entender quais eram os pensamentos dele, o que ele realmente queria. Ele desejava sucesso, mas será que isso era o mesmo que ela querer se tornar uma médica militar? Eram sonhos que pertenciam somente a eles?— Eu quero desenvolver ainda mais nossa família Vieira, quero que minha filha também possa se tornar uma moça rica. — Getúlio, sabendo que Daniela era um tanto sentimental, continuou a tentar convencê-la.Ela apertou os lábios e questionou:— Você me sacrificaria pelo seu sonho?Com paciência, Getúlio argumentou:— Como assim "sacrificar você"? Ramon é feio? Ele não tem dinheiro? Quantas mulheres gostariam de se casar com ele, mas não têm a chance? Nós temos essa oportunidade, por que não aproveitar? — Ele fez uma pausa antes de continuar. — Mesmo que você não se case com Ramon, que tipo de homem você acha que poderia encontrar? Melhor do que ele?Daniela ficou sem palavras. Ela sabia o quão desejável Ramon era. Também tinha ouvido que muitas mulheres gostavam d
Se não fosse pelo fato de ela estar ferida, Ramon teria estrangulado ela sem pensar duas vezes.Ela se casou com ele e ainda se sentia tão injustiçada?Daniela fingiu não ouvir, mas seus cílios tremendo revelaram que, a todo momento, ela não estava dormindo.Ramon fechou os olhos por um instante, tentando conter a raiva.Ele respirou fundo para aliviar a pressão no peito e se sentou ao lado da cama, estendendo a mão para tocar o rosto dela. Daniela não resistiu e virou o rosto.Ramon sorriu:— Você não vai mais fingir?— Fingir o quê? Eu acabei de acordar. — Disse ela, se espreguiçando propositalmente. — O que você veio fazer aqui?— Você é minha esposa, é claro que eu vim ver você. — Ele ainda sorria. — Dona Berta tem cuidado bem de você?Daniela acenou com a cabeça.Berta tinha sido realmente incrível, atendendo ela em tudo, Daniela só conseguiu se recuperar tão rápido graças a Berta.— Quando você vai receber alta? — Perguntou ele.Daniela preferia ficar no hospital a voltar para a
Ela sabia que Sandra se importava com Ramon, e naquele momento, estava usando Ramon para provocar Sandra intencionalmente.Como esperado, ao ouvir suas palavras, a raiva reprimida de Sandra explodiu, e ela avançou para estrangular Daniela:— Você roubou meu lugar, você deve morrer. Se você morrer, Ramon será só meu.Daniela só queria provocá-la, sem intenção de brigar, pois seu corpo não permitiria.Daniela disse:— Sandra, pense bem, se Ramon te visse tão terrível assim, ele gostaria de você? Homens gostam de mulheres gentis, nenhum homem gostaria de uma mulher tão assustadora.Suas palavras surtiram efeito, pois Sandra se importava com a imagem que Ramon tinha dela.— Sra. Mendes...Berta veio trazer a comida, viu Sandra estrangulando Daniela, colocou a marmita de lado e foi separá-las, repreendendo Sandra:— Você sabe quem ela é? Como você ousa ser tão rude com ela? Acredita que se eu contar ao Sr. Ramon, ele virá te punir?Sandra olhou para Berta, que estava protegendo Daniela ao l
Daniela o observava, sempre desconfiada de que ele não tinha boas intenções.Como era de se esperar, Ramon sorriu levemente e disse:— Ver você frustrada me alegra.Daniela ficou sem palavras. Ela respondeu com ironia, nem calorosa nem friamente:— Seus gostos são realmente peculiares, alguém desinformado poderia pensar que há algo errado com sua cabeça.Então, ela se sentou na cama.Se sentia muito melhor, havia caminhado um pouco naquele dia e agora também estava cansada. Olhou para o relógio, já eram quase nove horas. Então disse:— Você não vai embora?Quanto mais ela tentava mandá-lo embora, mais ele insistia em ficar.— Se você está aqui, para onde eu iria? — Ele se inclinou para trás, relaxado.Daniela o ignorou e foi direto para a cama dormir.Ramon falou com ela:— Esta noite, eu vou dormir aqui.Ela agiu como se não o ouvisse, se enrolou no cobertor, se protegendo bem para evitar que ele fosse disputar o cobertor.Ramon observou sua ação e sorriu, achando o comportamento del