Jandaia perguntou casualmente a Daniela:— Quando você conseguirá resolver suas questões e vir para cá?Refletindo sobre sua situação atual, Daniela respondeu:— Logo. — Com hesitação, ela perguntou. — Mãe, você não quer vir pra cá?Jandaia questionou:— O que eu faria aí?Daniela desejava que ela encontrasse Getúlio, que agora estava nos seus últimos dias.Daniela disse:— Talvez, ainda possamos viver juntas na Cidade da Queda das Folhas...— Eu acho que estou bem por aqui. — Jandaia respondeu.Ela já estava acostumada com a vida lá, sem muitas preocupações, apenas cuidando bem de Anjinho.Daniela não insistiu mais, decidiu falar com ela pessoalmente e continuou a conversa, perguntando sobre Anjinho.Após encerrar a chamada de vídeo, desceu as escadas, sentindo uma leve fome.Na geladeira, encontrou um pedaço de bolo. Pegou uma colher e saboreou um pedaço, a textura era macia, e o sabor, cremoso com toques de fruta.De repente, a campainha soou.Como Berta não estava em casa, ela colo
Verônica soltou um bufo de desdém:— Você é mais esperta do que eu pensava.Verônica não disfarçava suas intenções.Diante da ameaça de morte de Verônica, Daniela respondeu com calma:— Você quer me matar? Isso é um crime.— Se eu decidi fazer isso, é porque tenho certeza de que não deixarei provas. Além disso, mesmo que eu acabe presa ou condenada à morte, eu garanti que meu filho vai herdar toda a fortuna da família Vieira. Ele não vai precisar se preocupar com dinheiro na próxima vida. Eu não estou perdendo nada. — Ela disse com um sorriso frio. — Meu filho é o único herdeiro! Getúlio não tem escolha senão deixar o dinheiro para o Caio.— Caio é filho dele, como ele não deixaria a herança para o próprio filho? Você está pensando demais. — Daniela tentou convencê-la.— Ele nunca pensou no Caio. Se Getúlio realmente se importasse com seu filho, ele não teria se recusado a se divorciar de sua mãe a qualquer custo! — Verônica estava ressentida e tinha queixas contra Getúlio.O que Getúl
Verônica disse, incrédula: — Daniela, você é realmente cruel. Ele é seu pai, afinal de contas.Daniela respondeu com desdém e até ódio: — Meu pai? Tudo o que ele fez foi me usar. Quando foi que ele me tratou como filha?Verônica, ainda desconfiada, questionou: — Mas agora vocês não estão se dando bem?Daniela imediatamente rebateu: — Desde quando estamos bem?— Naquele dia na entrada do hospital, vocês não estavam sendo educados? Você até agradeceu a ele e procurou um especialista para tratá-lo, sabendo que ele não viveria muito mais, não era isso? Você queria agradar ele para obter uma parte maior da herança? — Verônica então percebeu. — Você está dizendo isso para me enganar? Quase caí na sua armadilha!Daniela saiu às pressas, sem levar o celular.Agora ela não tinha opção.Seu tornozelo mal havia curado, e se pulasse do carro, provavelmente ficaria realmente incapacitada!Ela só podia esperar para ver onde Verônica a levaria, então pensar em como se salvar. Pular do carro em mo
Daniela, obediente e submissa, seguiu o caminho determinado. Quanto mais ela obedecia, mais o homem parecia relaxar sua vigilância. Ele começou a desamarrar seu cinto enquanto apressava Daniela a se despir! Daniela concordou com a cabeça, se despindo lentamente, com seus olhos constantemente buscando algo que pudesse usar como arma. Naquele lugar, não havia nada além de ervas daninhas e pedras. Ela avistou uma pedra com arestas afiadas, adequada para ser uma arma, e pisou firme no chão, dizendo: — Deitar aqui não vai machucar. O homem, desavisado, continuava a elogiá-la por sua espirituosidade. Daniela, com um sorriso forçado, propôs: — Que tal você tirar suas roupas e usá-las para forrar o chão? O homem respondeu: — Certo. Ele estava disposto a se despir, pois uma bela mulher havia sugerido aquilo. O homem magro concordou alegremente. Daniela aproveitou o momento em que ele se despia, se agachou para pegar a pedra, segurando ela firmemente em sua mão. Se aproximo
Verônica estava de bom humor, mas o que ela não sabia era que Daniela não estava morta. O local onde Daniela pulou tinha águas profundas, suficientes para amortecer a queda, e, como ela aprendeu a nadar desde pequena, possuía habilidades aquáticas excepcionais. Ela não estava familiarizada com o ambiente ao redor e queria chegar à costa rapidamente, mas temia sair da água nas proximidades, receosa de que Verônica ainda estivesse por lá. O dia já começava a clarear. De repente, uma luz brilhou sobre ela, acompanhada por uma voz: — Tem alguém aqui? Daniela se assustou. "Será que Verônica veio atrás de mim?" Ela nadou desesperadamente, mas, por mais rápido que nadasse, não era mais rápida que um barco. Tiago gritava: — Sandra? É você? Logo a luz iluminou o rosto da pessoa no mar, mas não era Sandra. Tiago franziu a testa, visivelmente decepcionado. Nilton já tinha partido com sua equipe, e não encontraram Sandra durante toda a noite. Havia uma grande chance de Sandra
Tiago não acreditou nela. Tiago riu zombeteiramente: — Você acha que sou idiota? Tão fácil de enganar? Daniela forçou um sorriso, tentando agradá-lo: — Eu não estou mentindo. Estou falando a verdade, porque também tenho problemas com Ramon. — Que problemas você poderia ter com Ramon? — Tiago ainda desconfia das palavras dela. Daniela explicou com paciência: — Você disse que sabe qual é o meu relacionamento com o Ramon, então me diga, qual é nosso relacionamento? Ela fez essa pergunta para sondar a atitude de Tiago e também para testar o quanto ele sabia sobre ela e Ramon. Assim, ela podia pensar em um plano. Tiago arqueou uma sobrancelha. Ele não tinha clareza sobre a situação entre Ramon e Daniela, apenas ouviu algumas coisas por meio da Sandra. Se não fosse por um lembrete de seus subordinados há pouco, ele nem se lembraria. — Qual outro relacionamento poderia ser? Claro que é um relacionamento amoroso. — Ele respondeu. "Ramon não é casado, mas tem uma mulhe
Daniela falou em voz baixa:— Calisto, você não deveria beber mais.— Por que não posso beber? Ela já me traiu. — Ele riu ironicamente, uma mistura de decepção, tristeza e incredulidade.— Calisto, escute, eu só me lembrei do seu número, então te liguei. Estou sendo retida em um hotel, entende? — Daniela não terminou de falar, quando a porta do quarto de repente fez um barulho.Ela se assustou e rapidamente desligou o telefone.Do outro lado, Calisto estava extremamente bêbado, incapaz de ponderar sobre as palavras de Daniela.A ligação foi cortada abruptamente, e ele ficou confuso.Daniela se vestiu antes de ir abrir a porta, e a pessoa na entrada era Tiago.Ele havia retornado repentinamente, provavelmente pensando que, no hotel, ela poderia ter acesso a um telefone para se comunicar com o exterior.Ele entrou, olhando para o telefone em cima da mesa, e perguntou:— Você contatou o Ramon?Daniela não se lembrava do número de Ramon, caso contrário, já teria entrado em contato com ele.
Daniela sabia que Tiago, um herdeiro abastado que nunca enfrentou adversidades, temia profundamente a morte.— Me deixe ir — Disse ela, com uma expressão fria e um tom direto.Tiago resistiu:— Não acredito que você teria coragem de me matar.Ele supunha que Daniela, por ser mulher, não possuísse tamanha coragem.Mas desconhecia que Daniela, enquanto médica, era corajosa o suficiente para manejar um bisturi!Daniela pressionou a lâmina afiada contra a pele dele.Tiago sentiu dor e, ao tocar o sangue quente e pegajoso, se horrorizou!— Você... Você realmente tem coragem? — Gaguejou ele, nervoso.— Se você pensa em me destruir e eu não reagir, então eu mereço ser destruída, não é? — Daniela, habilidosa com bisturis, controlava a força em suas mãos com precisão, causando intensa dor e sangramento a Tiago. Embora a situação parecesse grave visualmente, na verdade, não ameaçava sua vida, isso se devia ao local escolhido por ela, pois, como médica, ela conhecia bem a anatomia humana e sabia