Maria Alice VieiraRelembrar a minha infância é como abrir uma velha caixa de memórias, algumas brilhantes, outras um tanto sombrias. Filha de um político extremamente reconhecido, cresci sob os holofotes, em uma casa cheia de segredos e responsabilidades. No entanto, essa visibilidade constante não impediu que eu encontrasse verdadeiras amizades e, entre elas, destaca-se a figura cativante de Avah.Nossos caminhos se cruzaram em uma situação curiosa. Lembro claramente do dia em que, estava falando mal de Noah para as meninas que estavam ao meu redor, até que um figura baixinha se pôs na minha frente e o defendeu dizendo que eu não poderia falar de uma pessoa que não estava perto para se defender, Avah me deu um sermão naquele dia fazendo com que as meninas que estavam ao meu redor se dispersassem. Esse incidente marcou o início de uma amizade verdadeira, uma conexão que cresceu ao longo dos anos.Hoje, enquanto me dedico à filantropia e aos serviços sociais, Avah permanece ao meu lad
Avah Telles Schmidt Mali saiu batendo a porta atrás de nós, Noah e eu nos encaramos e quando ele tentou conversar eu disse que não gostaria de conversar no momento, minha amiga jogou algumas verdades duras em minha cara. Fiquei o restante do dia deitada e quando deu 18:00h, resolvi me arrumar, quando desci já estava pronta e chamei Noah que dormia no sofá, então ele subiu e também se arrumou. “Você virá ao Sarau?” Li a mensagem de Fabrício e respondi com um sim. “Perfeito! Tenho um surpresa para você.” “E o que seria?” Estava curiosa. “Quando chegar você saberá.” Travei o celular ao mesmo tempo que Noah desceu, ele estava lindo vestido de preto. — Pare de babar em mim, Babyboo. – Ele ria. — Não seja idiota, vamos meu idiota favorito. – Noah é um típico badboy, mesmo quando ele não tenta ser. Entramos no carro e ficamos em silêncio cada um mergulhados em seus próprios pensamentos, até que o silêncio estava confortável, hora ou outra eu podia sentir o olhar de Noah em mim. — Q
Noah Schmidt Enquanto estava naquele evento chato pra caralho, as palavras de Maria Alice ressoavam na minha mente como um mantra. Era hora de confrontar Avah sobre isso, de esclarecer tudo e finalmente admitir o que eu vinha sentindo. O Sarau terminou, e Fabrício, cheio de dedos, se aproximou dela, o que só aumentava a minha irritação. Às vezes, precisamos de um empurrãozinho para admitir o que está bem diante dos nossos olhos.No trajeto de volta para casa, Avah e eu trocamos algumas palavras, e eu não perdi a oportunidade de expressar meu desconforto em relação a Fabrício. Avah, cabeça dura como sempre, disse que iria continuar a sua investigação.Chegamos ao nosso apartamento, e chamei Avah para sentarmos e ter aquela conversa que estava entalada na garganta. Ela me encarou, e eu respirei fundo antes de começar.— Babyboo, precisamos conversar seriamente. – Iniciei, buscando os olhos dela que me fitavam intensamente.— Sobre o que quer conversar, Ogro?Olhei para ela e percebi qu
Avah Telles Schmidt O sol se infiltrava pelas cortinas, deixando uma trilha de luz que iluminava suavemente a sala, eu havia acordado e estava repassando tudo o que tinha acontecido no noite passada Noah estava ao meu lado e dormia feito uma pedra, não sei como ele consegue? Estava observando o teto, quando um grito me fez levantar abruptamente. Dona Socorro, nos olhava com uma expressão de surpresa misturada com choque ao nos encontrar ali, despidos na sala.— Ai, meu Deus do céu! – Exclamou ela, levando as mãos à boca, como se temesse que suas palavras fossem despertar algum tipo de desastre cósmico. — Eu... Eu não vi nada! Sinto muito!Meus olhos se arregalaram instantaneamente, e o calor do constrangimento se espalhou por todo o meu corpo. Noah, ainda estava adormecido e com pânico o empurrei para longe.— Ai, Pimentinha! O que foi caralho! – Ele perguntou enquanto alisava sua cabeça. Apontei para ele dona Socorro e rapidamente Noah se levantou, mas ao invés de ficar constrangi
Ao chegarmos à casa da minha mãe, usei minha chave antiga para abrir a porta e fui recebida por uma cena inusitada. Maciel, o motorista de Noah, estava sem camisa, tomando uma cerveja na sala. A expressão de surpresa e constrangimento dele ao nos ver ali foi impagável.— Opa, Maciel, não sabia que hoje era dia de festa aqui. – Comentei, sorrindo enquanto Noah soltava uma risada.Maciel, claramente sem saber o que dizer, coçou a cabeça e gaguejou algo ininteligível. Eu o tranquilizei, dizendo para relaxar, afinal, estávamos todos em casa.— Relaxa, Maciel! Hoje parece ser o dia oficial do constrangimento, não é, Noah? – Brinquei, relembrando do flagra que dona Socorro nos deu essa manhã. Noah concordou, ainda rindo da situação, e isso só aumentou a descontração no ambiente.De repente,minha mãe saiu da cozinha com uma expressão curiosa. Seus olhos se arregalaram ao ver a cena na sala, e ela soltou um "Que zona é essa?" que fez todos rirem ainda mais.— Oi, mãe! Surpresa! – Cumprimente
Ao sair do trabalho, Noah, esperando por mim como sempre. Assim que entrei no carro, seus lábios encontraram meu pescoço em um beijo suave, enviando calafrios pela minha espinha. — E aí, Pimentinha, como foi o seu dia na redação? – Ele perguntou, mantendo a mão no volante enquanto dirigimos para casa.— Normal, nada demais. A única novidade é que a Luiza está grávida. – Falei, observando a reação de Noah.Ele arqueou uma sobrancelha, claramente surpreso.— Grávida? Isso é sério?— Segundo as fofocas do café, sim. – Ri da expressão dele, que parecia mais chocado do que eu esperava.— Coitado do bebê e do pai da criança. – Noah soltou uma risada.— Acho que não estou preparada para lidar com a Luiza grávida. Isso vai ser um desafio, ela ainda não contou pra ninguém, mas se tem alguém que sabe de todas as fofocas que rolam ali na redação é Bianca, ela está doida pra descobrir quem é o pai. Pelo jeito que Luiza falava com Marco hoje tenho quase certeza que ele pode ser pai, claro que nã
— Caiu da cama gata? Por que está tão arrumada? – Bianca perguntou e entreguei café para ela. — Hum! Trazendo café de uma cafeteria cara, o que houve?— Você faz perguntas demais, linda, apenas beba enquanto está quente e como esse muffin também, você vai se viciar. Deixei um copo na mesa de Claudia e outro na mesa de Fabinho, depois entrei na sala de Luiza e peguei a lista de perguntas que Luiza deixou preparado, li algumas perguntas e meu queixo caiu quando eu li as perguntas sobre um bar gay que ele frequenta todas as quintas, será que é por isso que Luiza não quis entrevistá-lo? Não acho que não é isso, ela estava com a voz bem fraca, será que realmente está grávida? Saindo da sala de Luiza esbarrei em Marco que estava com uma cara péssima, acho que os boatos são verídicos, e tenho quase certeza que estou certa em relação a Marco e Luiza. Deixando aquilo de lado por um momento fui para minha mesa e encontrei Claudia saboreando o café que deixei. — Valeu Avah, você é o cara… Quer
Chegando na recepção peguei meu crachá de visitante e subi no meio do caminho encontrei Aaron e ele me abraçou. — Veio ver o cabeça oca do seu marido? – Ele perguntou. — Sim, e você como está cabeça oca número um? – Aaron gargalhou e conversamos brevemente antes de continuar o meu trajeto e pedi a ele que parasse de brigar com Noah. — O seu marido é muito irritante Avah, mas a Flor ralhou comigo sobre ficar brigando com ele. Após a nossa conversa fui para a sala de Noah quando cheguei cumprimentei o seu secretário que me encarava. — Davi, o Noah ou não? – Perguntei mais uma vez e ele se desculpou sem jeito. — Sei que a minha beleza te deixou sem palavras. — Desculpe senh… — Nem comece com o senhora, sou apenas Avah. – Ele sorriu e fez menção para que eu entrasse, agradeci e entrei. Noah estava concentrado com as folhas a sua frente, ele nem me viu entrar, sentei em sua frente e o fiquei encarando. Até que trabalhando ele não parece o bad boy que eu conheço, na verdade parece