Dez minutos depois, Isabela bateu à porta do quarto:- Posso entrar?- Pode.Ao entrar, Isabela viu Carina sorrindo timidamente e se virou- O zíper está atrás, não consigo alcançá-lo.- Eu ajudo você.A pele de Carina, muito branca e aliada à sua nobreza inata, fazia com que ela parecesse elegante e refinada no vestido longo azul.Isabela a conduziu até o espelho:- Veja, não está linda? - Enquanto falava, Isabela arrumou um rabo de cavalo solto em Carina e pegou um par de brincos de diamante da penteadeira. - Assim, não fica melhor?Carina, inicialmente tensa, gradualmente relaxou e finalmente sorriu, assentindo:- Sim, Felícia, você tem muito bom gosto.- Daqui a pouco farei sua maquiagem e escolheremos um colar e uma pulseira. Vai ficar perfeita.Os olhos de Carina se umedeceram ligeiramente:- Obrigada, Felícia.Isabela a ajudou a colocar os brincos, sorrindo:- O que é isso, não foi você que quis ser minha amiga?Lembrando disso, Carina baixou a cabeça, envergonhada:- Felícia, v
- Sim, é verdade. - Isabela estava um pouco surpresa. - Há algum problema?- Não... Não tem problema. - Tomás pensou rápido e tirou do bolso outro cartão de visita, entregando-o a ela. - Mas, como você sabe, o número que temos é um número privado, aberto exclusivamente para a Srta. Felícia. Se precisar entrar em contato por questões de negócios, pode usar este número.Isabela pegou o cartão e olhou rapidamente: - Tudo bem, vou avisar meu marido.Após um momento, Carina tocou no braço dela e sussurrou: - Por que você não dá diretamente a ele?- Se eu der diretamente, ele pode recusar. Mas Tomás não pode recusar a mim, então é mais seguro assim.Carina assentiu, pensativa: - E qual é a sua relação com esse senhor? Por que ele abriria um número exclusivo para você?Isabela pensou por um momento, sem saber ao certo como descrever, e então disse: - Ele era um cliente meu.- Oh? Só isso?- Ele também é uma espécie de benfeitor meu, me ajudou muito.- Oh...Carina prolongou o som, clarame
Antes que ela pudesse entender, Caio se virou de repente para ela: - O que você está pensando? Não falou uma palavra durante todo o caminho, achou chato?Isabela recobrou o pensamento e sorriu constrangida: - Provavelmente estava enjoada do carro, logo passa.- Então beba um gole de álcool, aqueça o corpo, assim não vai mais enjoar. - Dizendo isso, Caio lhe entregou um copo de bebida.Isabela ficou surpresa por um momento, pegou o copo e deu um pequeno gole.- Ah, lembrei de outra coisa. - Disse Caio.- Senhor, o que é? - Perguntou ela.Caio riu levemente: - É algo que com certeza vai te deixar feliz.Isabela ficou um pouco confusa: - Algo que vai me deixar feliz?- O diretor de design do Grupo Jóias do Rio viu suas obras e ficou impressionado, por isso quer te conhecer. - Disse Caio.- É verdade? - Disse Isabela.Internacionalmente, o Grupo Jóias do Rio era considerado uma nova estrela no mundo da joalheria, então receber o reconhecimento do diretor de design do Grupo Jóias do Rio
Dessa forma, restaram apenas Isabela e o Sr. Daniel no quarto, o que deixou Isabela um pouco desconfortável, até mesmo sua postura se tornou mais correta.- Srta. Felícia, pelas suas criações, consigo perceber que você é alguém com histórias para contar. - Dizendo isso, Sr. Daniel se aproximou um pouco. - A nossa empresa está pensando em criar uma coleção com base em histórias, projetando joias com esse tema. Você tem interesse em participar?Em seguida, o olhar dele caiu nas pernas de Isabela.Havia uma fenda na saia longa que ela estava usando, quando sentada, era possível vislumbrar suas pernas.Ao perceber isso, Isabela recolheu as pernas para dentro: - Eu tenho apenas um pequeno estúdio e não posso ser comparada a uma grande empresa como o Grupo Jóias do Rio. Além disso, meu nível de habilidade não se compara ao dos seus designers, parece que não tenho qualificação para participar.Sr. Daniel riu e deu um tapinha na mão dela: - Como assim? A ideia é que todos os designers intere
Justo quando as roupas de Isabela estavam prestes a serem rasgadas por completo, a porta foi chutada com força de fora.Sr. Daniel mal teve tempo de reagir antes de ser chutado para o lado.Gabriel tirou o paletó do terno, se inclinou e cobriu Isabela com ele.Nesse momento, Isabela ainda estava imersa no medo, quando algo se aproximou dela, ela instintivamente gritou e protegeu o peito.Gabriel franziu o cenho, se agachou e disse suavemente: - Não tenha medo, sou eu.Ao ouvir essas palavras, Isabela olhou para ele como se estivesse em transe e, depois de alguns segundos, finalmente abaixou sua guarda e obedientemente vestiu o paletó dele.Ao ver isso, Sr. Daniel tentou se levantar e correr, mas assim que chegou à porta, foi chutado novamente por Rodrigo e caiu no chão.- Acha que pode fugir? Está pedindo para morrer! - Rodrigo o segurou no chão e olhou para Gabriel. - Senhor, o que devemos fazer com ele?- Peço que seja misericordioso, Sr. Gabriel! Eu estava apenas bêbado e agi impul
Seguindo?Gabriel olhou para trás e confirmou que havia um carro os seguindo de perto.- Acelere, vamos nos livrar deles. - Disse Gabriel.- Sim. - Respondeu motorista.Isabela se sentou e, com a bochecha ardendo, perguntou: - Quem são eles?- Pode ser o pessoal do gordinho de antes. - Disse Gabriel.- Aquele Daniel? - Isabela estava confusa. - Ele teria tanta influência assim?- Com certeza há alguém por trás dele. Como você o conheceu? - Disse Gabriel.Isabela pensou por um momento:- O Sr. M.- O quê? - Perguntou ele.- O Sr. M, ele me levou para conhecer o Daniel. No meio do caminho, ele recebeu uma ligação e saiu. - Respondeu ela.O rosto de Gabriel mudou e ele disse friamente: - Eu sabia que esse homem não era simples! Você ainda acredita nele ingenuamente.- Gabriel, não fale besteiras. O Sr. M não faria isso comigo.- Isabela, você é realmente tola ou está cega por ele? Está pagando pelos erros dos outros! Ele te vendeu para aquele gordinho, acorde!- Isso é impossível! Absol
Numa estrada tranquila, ouviu-se um estrondo violento.Foi uma surpresa para os perseguidores, que não tiveram tempo de reagir antes de serem atingidos. Aceleraram com força em direção ao impacto.Mas um carro comum não seria páreo para um Maybach.Além disso, o motorista de Gabriel também tinha treinamento profissional e rapidamente virou o carro dos adversários, deixando-o capotado no chão.O estrondo ensurdecedor fez Isabela estremecer nos braços de Gabriel.Ele apenas deu um leve tapinha em suas costas e disse suavemente: - Não tenha medo, nada vai te acontecer.Embora suas palavras fossem sussurradas, seu rosto estava excepcionalmente frio.Lidar com ele não era um problema, mas Isabela ainda estava ali. Ele não deixaria impune quem colocasse em perigo a vida dela!Então, ele pediu ao motorista que parasse o carro, tranquilizou Isabela com algumas palavras e saiu do veículo com passos largos.Ele foi direto para o carro capotado e se inclinou para olhar dentro.O motorista estava
- Desculpe. - Disse Gabriel.- Desculpe? - Disse ela.Isabela riu ironicamente: - Se um pedido de desculpas resolvesse alguma coisa, por que precisaríamos de policiais? Por que precisaríamos de psicólogos?As coisas do passado eram algo que ela não queria lembrar.Mas, por mais que não quisesse, as memórias eram como raízes de uma árvore, profundamente enraizadas em sua mente.Além disso, as coisas dolorosas pareciam mais fáceis de se recordar do que as coisas alegres.Gabriel havia mudado, e ela ainda o amava de verdade. Ela tentou esquecer o passado, mas para quê?O abismo sempre esteve presente, eles nunca poderiam atravessá-lo.Gabriel saiu com uma caixa de remédios, pegou um algodão embebido em álcool e, de forma determinada, envolveu sua cintura com os braços, a puxando para perto de si.Isabela lutou para escapar, mas ele segurou sua nuca firmemente.- Não se mexa! - Com gentileza, ele colocou o algodão embebido em álcool em sua bochecha e começou a limpar cuidadosamente, como